Capítulo 52

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Os dias se passam. Carolina estava mais animada com o tratamento. Estava cheia de esperanças. Quando voltou ao médico depois da conversa com a mãe Annie, ela fez inúmeras perguntas sobre a irmã ser sua doadora, os médicos surpresos com as perguntas inteligentes de uma menina de 11 anos respondem tudo da forma mais simples possível, mesmo não entendendo algumas coisas Carolina fica ainda mais confiante sobre a sua cura.

Como agora moravam na mesma rua que Annie, sempre que estava em casa ia para casa de Annie para ajudá-la com algumas coisas para a irmãzinha.

Haydée e Annie começam a comprar as roupinhas da filha com a ajuda de uma exigente irmã mais velha de primeira viagem, que bate o pé querendo ir com elas nas lojas, mesmo não sendo recomendável sair para lugares públicos como shoppings, mas Carolina era teimosa e as convenceram levá-la junto. Mas antes Annie marca uma consulta com o médico que cuidava de Carolina para perguntar se podia levar a menina para fazer compras, após alguns exames rápidos e de algumas indicações como: o uso de mascara, ele libera Carolina para ir ao shopping pedindo para que a mesma não faça muito esforço.

Annie e Haydée já tinham comprado algumas coisas, mas faltavam muitas outras coisas.

Elas passeiam pelas principais lojas dos shoppings. Carolina começa a escolher algumas roupinhas para a irmã e para o desespero de Haydée todas que a menina pegava era rosa, mas não um rosa bebê e sim rosa Pink. Annie acha graça de Haydée discutindo moda com Carolina, que a olha de cara feia e corre para a mãe Annie perguntando se elas podiam levar as roupas. Como não conseguia dizer não para Carolina, Annie acaba aceitando algumas, ou melhor, muitas peças rosa Pink. O que deixa outra pessoinha com um bico gigante.

Enquanto Carolina estava pedindo algumas peças para a vendedora Haydée para do lado de Annie com cara feia.

-O que foi bicuda? – pergunta carinhosa, mexendo nos cabelos de Haydée.

- Nada – responde permanecendo de cara feia.

-Está assim por causa das roupas rosa? – pergunta Annie rindo.

-Você viu aquele macacão rosa Pink? – se vira para Annie - meus olhos doeram só de olhar para aquilo.

-Amor relaxa! – diz Annie carinhosa – é só não vestirmos ela com essas cores quando estivermos sozinhas – sorri sapeca.

-Tem que mandar ela parar de compra então, ou teremos que aturar nossa filha vestida só de rosa – diz Haydée apontando para Carolina que estava rodeada de conjuntinhos rosa Pink.

-Ai Meu Deus! – exclama Annie indo até Carol - Bonequinha chega de rosa, já separamos mais de 10 roupas nessa cor, vamos ver alguns tons mais claros, sim? – fala carinhosa.

-Só mais dois, ok? – perde com cara de cachorro sem dono.

-Ok! Só mais dois – diz Annie decidida.

Haydée bufa e sai de perto indo ver outras roupinhas.

Annie olha para o céu, respira fundo e vai ao encontro de Haydée.

-Amor para de ser infantil, você está parecendo um bebê mimado – fala Annie seriamente.

-Eu não estou agindo como um bebê, você que não sabe falar não para a Carolina – reclama.

-Amor para que eu vou brigar com ela por causa de roupinha para a nossa filha? – pergunta Annie.

-Eu não quero discutir com você – resmunga Haydée voltando sua atenção para as peças brancas – Era para nós estarmos escolhendo juntas as roupinhas da nossa filha, ao invés disso estamos brigando por causa das malditas peças rosa Pink que doem os olhos.

-Que esposa mais ciumenta que eu tenho – diz Annie dando um beijo na bochecha de Haydée – Vamos fazer uma coisa? – pergunta travessa.

-O quê?

-Vamos falar que eu estou cansada, compramos as peças que ela separou e vamos para casa.

-E o resto das roupas? – pergunta Haydée – só vamos levar as rosas? – arregala os olhos.

-Não – sorri Annie – Nós a deixamos em casa e voltamos para o shopping. O que você acha?

-Acho uma ótima ideia! – sorri Haydée.

Elas caminham até Carolina e avisam que já vão embora.

-Mas nem compramos muita coisa – diz triste.

-Mas é que os meus pais vão trazer várias roupinhas, e também não podemos comprar tudo agora porque ela vai perder tudo bem rapidinho – diz Haydée – E a Annie está com dores nos pés.

-Ok! – diz Carolinase dando por vencida.m

Elas pagam as roupas e vão para casa de Marisa. Ficam um pouco e depois falam que vão para casa e voltam para o shopping.

-Me sinto uma adolescente fugindo dela – ri Annie – Mas o que eu não faço pela minha esposa bicuda?

-Ninguém merece é ter que aturar aquelas roupas rosa super chamativas – diz Haydée.

Haydée e Annie compram várias roupinhas em tons claros, de vários tamanhos. Elas se divertem escolhendo algumas peças.

-Amor eu estou com fome, vamos parar para comer? – pede Annie.

-Vamos, só um minuto – Haydée vai até a vendedora e pede para que ela separe tudo e fechar o pedido.

Annie vai para o caixa onde Haydée está. Haydée paga as compras e pede para que os homens de preto levem tudo para o carro, enquanto elas vão comer.

-Não sei por que ainda temos que andar com seguranças – reclama Annie.

-Nunca se sabe amor. Melhor prevenir, nunca se sabe o que pode acontecer – diz Haydée – Onde quer comer? – pergunta.

- Vamos ao Starbucks coffee? – sugere.

-Vamos! – Aceita Haydée.

Elas caminham para a cafeteria, fazem os pedidos e conversam algumas amenidades.

- Vamos à livraria depois? – pergunta Haydée tomando um gole do seu frappuccino Java chip.

-Vamos! Estou precisando compras alguns livros sobre bebês – diz Annie enquanto abocanha um muffin de chocolate.

Elas saem da cafeteria e seguem para livraria da travessa.

Annie escolhe alguns livros sobre maternidade, e Haydée vai para a sessão de literatura estrangeira, estava em busca de alguns livros de suspense e policial.

CicatricesOnde histórias criam vida. Descubra agora