Capítulo 34

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Alfonso Herrera

Depois de me deixar levar pela emoção, Anahí ajudou a me recompor e rapidamente nos limpamos. Eu peguei suas roupas que haviam sido jogadas longe, ajudando a acomoda-las no corpo dela.
Retornamos para a festa, visivelmente abatidos, pelo esforço físico de minutos atrás.
Aparentemente ninguém percebeu e assim levamos o resto da noite.
Anahí deu uma curta volta pelo salão em busca da sua amiga, mas ao notar sua face desapontada, deduzi que a procura tinha sido sem sucesso.

- Onde Dulce se meteu? - perguntou vindo em minha direção.

- Tenha calma, vamos perguntar para a Maite. Geralmente ela sempre vê tudo. - enfatizei admitindo a 'qualidade' inapropriada da minha irmã mais nova.

Assim que nos aproximamos dela, as suas expressões carregadas pela bebida foram visíveis. Com uma gargalhada alta, ela se soltou do braço do marido e andou para perto de nós dois.

- Olha quem reapareceu! Seus danadinhos!

- Deixa de ser inconveniente Maite.

- Sempre cortando o clima, não é, irmãozinho. - rebateu bebendo mais um gole de vinho.

- Precisamos saber se você viu a amiga de Anahí.

- A que estava com nosso irmão? - disse surpresa como se devêssemos saber. - Eles saíram ha algum tempo. Pensei que soubessem.

Nos entreolhamos e Anahí pareceu surpresa.

- Tem certeza Maite? - questionou Anahí.

- Ela pediu para avisarmos você - Christian entrou na conversa ao segurar a esposa impedindo que ela caísse. - Maite não está em condições de dar as informações certas, mas ela disse que iria para casa. É o que sabemos.

- Leve ela para cima antes que aumente o vexame. - ordenei, farto dos chiliques de minha irmã.
- Quero ficar Alfonso! Deixa de ser chato!

- Maite, vá com seu marido.

- Meu Deus, a diversão nessa casa tem sempre que ser regrada? Não me divirto assim há anos!

Balancei a cabeça em negação olhando para a forma como Anahí segurava a risada com as mãos sobre a boca. Ela se controlou, dando um abraço em Maite antes de Christian levá-la.

- Não seja maligna. - falei arrancando de vez a risada dela.

- Não sou maligna! Apenas apoio o fato da sua irmã se divertir. A final, acabamos de fazer o mesmo.

- Nossa diversão foi diferente.

- Quem lhe garante que ela não tenha feito o mesmo hoje?

- Por favor! Poupe-me das suas sugestões. - retruquei sentindo arrepios só de imaginar.

- Ciumento! - rebateu ela, rindo descontroladamente.

Fingi não ter ouvido aquela acusação absurda. Como ela disse estar cansada e já beirava as quatro da manhã, nos despedimos de alguns familiares e eu a levei até o carro para a sua casa. No meio de percurso Anahí falava sobre como todos os integrantes da minha família pareciam diferentes do que eu teria deixado de pré- aviso. No fundo até mesmo eu estava surpreso por não ocorrer nem uma confusão naquela noite. Era um santo milagre da família Herrera.

Resolvi subir com para deixa-la devidamente na porta de casa, e Anahí pareceu gostar. Ele me abraçou e fomos agarrados, dizendo coisas bobas e sem importância. Assim que entramos no apartamento, as luzes estavam apagadas e a presença de duas pessoas foi revelada quando decidimos acendê-las. Christopher e Dulce estavam deitados sobre o sofá. Ambos despidos e cobertos apenas por um fino lençol branco. Anahí ficou atônita, rindo como de costume.

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