Alfonso Herrera
Eu me enchi de prazer só de ver a empolgação de Anahí com cada detalhe do nosso quarto de hotel.
Ele tinha uma vista deslumbrante para o mar e uma varanda agradável. Era de tarde e ela já usava um biquíni, pronta para correr pela a praia. E foi o que fez. A minha esposa rodopiou me pegando pelos braços obrigando que o forte sol me tocasse. A maré estava em enchente e nossos pés se afogaram na água salgada, sendo bem mais dolorosa experiência dela. Mesmo assim isso não impediu ou sequer tirou o sorriso daquele rosto. Anahí permanecia alegre.Brincamos ao redor do mar, nos jogamos sobre a água, trocamos carícias e beijos. Foi um momento descontraído que a muito tempo eu não. Eram apenas visitas e mais visitas em hospitais.
Entramos no quarto para tomar e banho e jantar e foi ainda mais divertido compartilhar a banheira.De frente um ao outro, nossos olhares se miravam enquanto os pés lisos e macios dela espalhavam espuma ao percorrer meu abdômen.
Meu dedo indicador e médio penetrava seu sexo sempre lhe arrancando gemidos altos.
Anahí estava fogosa e não demorou muito para que eu lhe agarrasse com força contra a porcelana.
Beijei todo o seu corpo, dando atenção para cada detalhe. Eu quis memorizar aquele gosto até não poder mais. Eu a ama tanto que cada pedaço meu parecia se arrancar de mim só de imaginar alguém mais ter de sentir aquele prazer. Apenas eu queria senti-lo. Apenas os meus lábios deviam sugar os dela, seus seios e seu orgasmo. Queria arrancar-lhe tudo.Eu a fodi bem ali, com toda a minha força e vigor que ainda restavam, até sermos separados pela minha falta de fôlego. Não deixei ela perceber que aos poucos ia desfalecer. Virei Anahí de frente a mim e lhe dei um abraço. Ela estranhou a ação, mas correspondeu.
- O que houve?
- Só preciso sentir você assim.
Ela me segurou com mais força e enterrou sua cabeça em meu pescoço.
- Eu te amo.
Meus olhos apertados seguraram a dor enquanto soltei o ar recuperando a estabilidade.
Ainda não era hora para interromper aquele momento, mas Anahí se afastou rapidamente de mim ao som de uma pergunta nervosa.- O que é isso Alfonso?
Seus olhos carregados de puro pavor encaravam a água cheia de fios de cabelo. E eram meus. Tive certeza disso porque logo em seguida passei a mão sobre a cabeça e a mesma retornou coberta deles.
- Calma. Vamos sair daqui.
- Você precisa ir ao médico agora!
Mesmo resistente pelo choque eu consegui tirá-la de lá e envolver seu corpo na toalha branca que estava pendurada ao nosso lado. Ainda nu, olhei através do espelho e era nítida a quantidade exorbitante de cabelo por todo o meu ombro. A principio senti certo receio, mas era necessário manter a calma ou ela também entraria em desespero. Precisávamos viver aquela lua de mel.
- Alfonso? Olha pra mim!
Meu transe impediu um bom raciocínio. A única coisa em que consegui me concentrar foi na minha imagem refletida. Era duro admitir que algo me vencia diariamente. Lento e ao mesmo tempo rápido demais. A vontade de chorar se propagou, mas eu a engoli. Seco e áspero.
- Estou bem - disse tranquilizando-a falsamente. - é apenas efeito colateral dos remédios.
- Mas...
- Meu amor, acredite em mim. Está tudo bem. Porque não vai se trocar enquanto eu termino de limpar isso tudo.
- Eu ajudo.
- Anahí, você demora mais a se arrumar é melhor que vá antes. Já falei que está tudo bem.
Ela não ficou feliz com a minha contestação, e mesmo saindo para fazer o que pedi seu semblante era temeroso. Esperei despista-la totalmente para trancar a porta e, chorar. Meu corpo deslizou pela parede, desamparado. Depois de alguns segundos de aflição, peguei o celular de cima da bancada e fiz um telefonema para Milão.
- Herrera, o que aconteceu? - a voz do médico era assustada. Todos pareciam reagir da mesma maneira comigo. Isso era desagradável.
- Meu banheiro está cheio de cabelo Colins. Você disse que isso iria demorar mais a acontecer.
A ligação ficou muda por um tempo, me deixando ouvir apenas o som da respiração dele. Afogado no sufoco, o tom da voz de Colins ficou ainda mais sério quando tornou a falar.
- Não sei o que dizer.
- Quero que seja sincero comigo - rebati determinado - Quanto tempo?
- Pouco - disse torturante - Está avançando mais rápido do que calculamos e você sabe que a sua situação agora é mais complicada.
- Não tem uma data ou dia?
Minha voz travava desacreditada no que eu mesmo pronunciava.
Isso não é possível.
- Impossível. Não é tão simples assim.
- Então o que acha que eu devo fazer? Voltar! Não posso fazer isso com Anahí.
- Não volte. Meu conselho é que viva Alfonso. Cada segundo. Isso não vai te abater amanhã, mas será em breve.
Desliguei a ligação quase lançando o aparelho na parede para quebrar de uma vez e libertar mais um pouco da minha ira, mas com certeza aquilo chamaria a atenção dela.
Anahí.
Olhei para as minhas mãos pálidas e detestei perceber também que o meu corpo já não era mais tão atraente ou definido. Os músculos pareciam ter se perdido no meio da magreza. Eu não estava tão magro, mas já fui mais forte que aquilo. Era duro ser derrotado por você mesmo.
Me recompus e sai de dentro do banheiro tentando agir naturalmente. O lugar permaneceu sujo, mas me certifiquei de que uma arrumadeira se encarregasse do problema sem que Anahí soubesse.
Tentei fazer o passeio ser o mais agradável possível para dispersar as dúvidas dela sobre tudo o que acontecia comigo.
No meio do caminho que fazíamos de pé, avistei uma barbearia e sugeri que fôssemos até lá. Ela me acompanhou curiosa até eu entrar e sentar na cadeira do barbeiro.- O que vai fazer? - perguntou me olhando ainda perdida.
- Resolver o problema dos cabelos perdidos.
Dei uma risada amarga internamente e olhei para o homem com a barba impecavelmente desenhada, continuando.
- Pode passar a maquina no um.
A maquina desceu e subiu pela minha cabeça, deslizando e levando o resto do cabelo escuro que carreguei por tantos anos. Anahí segurava na minha mão como se de alguma maneira aquilo me magoasse. De certa forma sim.
Terminado o corte, paguei e saímos para dar continuidade ao percurso. De mãos dadas, chegamos ao restaurante e uma bela mesa já estava posta, com vinho e uma entrada a moda da casa. O metre se encarregou de colher todas as recomendações feitas na reserva. Ao nosso lado havia uma lareira, aquecendo o clima frio da noite.
Levantamos as taças de vinho e fizemos um brinde. Anahí me olhou por longos segundos antes de dar seu primeiro gole. Ao ingerir a bebida, sua boca desocupou e a respiração retornou, me presenteando com uma voz suavemente agradável .
- Que momentos como esse se eternizem.
"Sim meu amor. Eu vou eternizá-los até mesmo quando não houver mais vida em mim".
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Olá amoras! Como estão todos?
Gzuis eu já estava com muitas saudades ^^ Bom me deixem perguntar uma coisinha intrigante... Cadê meus leitores participativos? :'( Sinto falta da empolgação de vocês nos comentários. tantos views ocultos, sem voz. Ouvi-los é sempre bom. Sei que tenho uma parcela de culpa por tantas ausências, mas não são propositais.
Aos que continuam participando da história, obrigadaaa de coração! e aos que só lê e se calam... Também agradeço muitooo por lerem \o/
Beijos de Luz ***
S A M I A G R E E N
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Possession
Fanfiction*Fanfic Ponny (Concluída) Madness... Foi esse o nome que Anahí admitiu após sua vida se perder no mundo e em meio a prostituição de luxo. Ela era apenas uma garota quando isso aconteceu e nada foi capaz de impedi-la de se tornar tão impetuosa, reque...