Aqui esta o café, é bem simples... Ora... Essa não!!!
Fernando ainda estava no sofá. Uma perna estirada rente ao assento a outra dobrada, o torço meio torto enfiado no encosto, a cabeça segura na mão com o cotovelo enfiado no “braço” do sofá apoiando-a. Ele ronronava feito um felino exausto depois de andar pelo telhado do mundo. Dormia profundamente como se estivesse numa grande cama em uma suíte de luxo de um renomado hotel.
A primeira vontade de Aurélia foi acordá-lo aos berros, era o que ele merecia, não era?
Ela se aproximou e deixou a bandeja em cima da mesa de centro. Sentou-se na frente dele e pôs-se a observá-lo com atenção.
Ele é lindo meu Deus, ele realmente é um espetáculo. É até indecente alguém ser tão perfeito assim! Olhos, nariz, boca, tudo perfeito, simétrico.
Havia umas pequenas rugas de expressão no cantinho dos olhos, mas que lhe conferiam um semblante distinto.
Espero que o Senhor saiba o que esta fazendo colocando um cara deste na minha sala. Ultimamente até deixei de pensar no assunto. Primeiro me aparece aquele tal de Gerald, ele até é bonito e tudo, mas fiquei firme nem me abalei aí o Senhor me manda este outro, lindo, rico e ainda por cima na minha casa, adormecido no meu sofá! Isto é que eu chamo de senso de humor! Não quero pecar, e nem meter os pés pelas mãos, mas preciso da sua ajuda urgente! E agora o que é que eu faço!? Acordo o homem ou o deixo dormir e acordar sozinho?
Fernando continuava dormindo, nem sequer se movia da posição que se encontrava.
Ele é alto e de compleição atlética por isso não deve estar se sentindo muito confortável. Aurélia então toma uma decisão. Vou deixá-lo dormindo, afinal uma porção de gente viu ele aqui comigo, ele é chato mas é do bem. Quando acordar ele vai embora, disse que não dormia há algum tempo por isto deve ter desmaiado de sono e exaustão.
Ela vai até o quarto pega um edredom e leva até a sala deixando-o de lado coloca as duas pernas de Fernando no sofá, tira-lhe os sapatos italianos, ele se acomoda melhor sem nem abrir os olhos, ela arruma as almofada na cabeça dele e o cobre com o edredom.
Percebe que as pernas ficam mal acomodadas no espaço, mas não tem solução já que seu sofá não foi feito para acomodar alguém do tamanho dele. Dá mais uma olhada e sai para seu quarto apagando a luz da sala.
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A decisão
RomanceEle deletou o amor de sua vida. Foi convencido, há muito tempo e de maneira profunda, que o mais importante era ter poder. Dinheiro, conhecimento, principalmente das fraquezas humanas, era tudo que ele achava precisar para conseguir algo parecido co...