Para proteger a vida de seu pai e de seu amado, Leonor é obrigada a barganhar sua vida.
Ao escrever esse capitulo, lembrei-me dessa musica. Acho que serve direitinho para nosso vilão.
Leonor estava sentada na cama sendo atendida por D. Eugenia quando D. Constâncio entrou no quarto,
A moça deu um grito:
- Vosmecê?! Saia daqui!
D. Eugenia levantou-se da cama e dirigiu-se a D. Constâncio
- Constâncio, meu irmão. Leonor ainda está muito abalada, eu acho que seria melhor...
Ele olhou friamente para ela.
- Não estou interessado no que vosmecê acha ou deixa de achar. Quero falar com minha noiva a sós. Saia. Agora! - ele ordenou. D. Eugenia o olhou horrorizada.
- Não, D. Eugenia. Não me deixe com ele.
- Sinto muito, filha. Eu não posso...
A senhora saiu quase correndo do aposento, deixando Leonor sozinha com o homem que mais odiava sobre a terra.
- Eu tenho uma proposta para vosmecê.
- Nada que venha de vosmecê me interessa.
- Ah, mas vosmecê vai se interessar. Porque diz respeito ao seu inglês.
- Thomas? Onde ele está? O que vosmecê fez com ele?
- No que me diz respeito, ele está bem seguro. Mas por pouco tempo.
- O que quer dizer?
- Bem, ele cometeu um crime bastante grave. É claro que o destino dele é a forca.
- Não! – Leonor começou a chorar.
- Mas eu posso salvá-lo.
- Como?
- Com a viagem de D. Brás e seu pai estando preso, eu sou o homem mais poderoso da vila. E sendo assim com o poder de barganhar. Posso comprar a liberdade do seu inglês.
- Pode fazer isso?
- Claro. Sou um homem muito rico, Leonor, Eu compro a liberdade dele e o coloco em um navio para a Europa. Ai lá ele decide para onde ir. Mas só se vosmecê casar comigo sem hesitação.
- A liberdade de Thomas pela minha...
- E a do seu pai também. Será que a vida deles não vale a pena? Então? Temos um acordo?
- É claro que vale. Por isso você quer esse acordo?
- Eu sou um comerciante, querida. Sei quando devo abaixar o preço e quando devo aumenta-lo. O que me diz? Devo avisar ao padre... Ou ao carrasco?
Leonor olhou pela janela. Às aves voavam acima do mar livres como o vento. Ela também havia se sentindo assim. Livre. Uma pena que jamais iria sentir essa sensação novamente. Mas nenhum sacrifício seria grande demais para salvar a vida dos dois homens mais importantes de sua vida
- Bem, o senhor não me deixa outra escolha, D. Constâncio. Me casarei com o senhor está noite.
***
- E então? Já está tudo pronto?
- Sim, señor. - respondeu Francisco. - O patíbulo foi erguido. Um laço só como o senhor pediu.
- Ótimo. Vou presenciar primeiro a morte desse pirata desgraçado e depois vou me enforcar nos laços do matrimônio.
- O señor foi muito esperto em esconder as tatuagens, El cuervo.
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A Terra e o Mar - o encontro de dois mundos
Historical FictionLeonor vivia sua vida simples e ordenada no seu pequeno paraíso. Corajosa, vivia com o pai e cuidava dos irmãos com desvelo de mãe. Mas, durante um ataque pirata à cidade em que vivia, tudo mudou quando cruzou o caminho de Thomas Horton, um dos coma...