Capítulo 38

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-Mark

Abri os olhos naquela manhã fria depois de uma noite muito mal dormida. Depois da burrice que cometi ontem não consegui pregar os olhos por medo do que pudesse ter acontecido com Eloise. Estávamos juntos há tanto tempo e eu nunca tinha encostado um dedo nela, mesmo nas terríveis discussões que já tivemos. O meu sentimento era de arrempendimento por ter machucado Eloise e, de raiva, porque só fiz aquilo por causa do Jason. O seu atrevimento em me desafiar me deixou totalmente fora do controle. E ao vê-lo indo embora fez com que eu respirasse aliviado, porque com certeza eu faria um besteira sem pensar nas consequências futuras que isso me causaria, sem esquecer a que cometi a Eloise. Tomei um banho bem demorado até que todo o cansaço do meu corpo fosse ralo a baixo.

Voltei ao quarto e me arrumei. Me vesti bem casualmente e desci para comer alguma coisa. Cheguei na cozinha e pedi que a empregada fizesse meu café. Ela prontamente me serviu e ficou me olhando.

-O que foi? -perguntei sério.

-O que aconteceu aqui? Eu cheguei e tinha vários cacos de vidro espalhados pelo chão -perguntou ela.

-Que tal você apenas fazer o seu serviço? -falei enquanto bebia uma xícara de café e ela servia os outros pratos.

-Pode guardar isso tudo, ninguém vai tomar café da manhã hoje -falei.

Ao terminar de comer, levantei-me para ir ao banheiro antes de sair. Escovei os dentes e me olhei no espelho. Eu precisava conversar com Eloise, saber se estava bem e me desculpar pelo o que tinha feito. Desci a escadas e fui até porta. Me dirigi até a garagem e entrei em meu carro. Coloquei o cinto e pensei: "Em qual hospital ela poderia estar se aqui existe vários?" Segui a lógica e fui em direção ao hospital mais próximo de nossa casa. O caminho durou em tornou de vinte minutos e por sorte achei uma vaga pra estacionar bem depressa.

Entrei no prédio e fui até a recepção, onde me informaram que Eloise tinha dado entrada ontem à noite. Uma secretária falou o número do quarto e eu fui até o elevador. Caminhando entre os corredores até chegar em seu quarto me passava diversos pensamentos pela cabeça. Talvez ela pudesse sentir raiva de mim e me impedisse de falar assim que me visse. Coloquei minha mão esquerda na maçaneta da porta e a abri. Tive a infelicidade de encontrar o quarto cheio de pessoas, algumas delas nem pretendia encarar tão cedo.

-O que está fazendo aqui seu covarde? -disse Jason se levantando do pequeno sofá que ali tinha.

-Mark? -falou Eloise me encarando.

-Sai daqui agora -falou Jason um pouco alto. Ele perdeu com certeza o juízo por estar alterando sua voz comigo.

Eu respirei fundo e comecei a caminhar em direção a cama onde Eloise estava mas Jason se fez de corajoso e parou na minha frente.

-Não vou deixar que encoste mais um dedo nela -falou me ameaçando e eu comecei a perder a paciência.

-O que o viadinho vai fazer? -perguntei o desafiando.

-Está mesmo me substimando? -perguntou ele e deu uma pausa. -Eu mudei muito, pode acreditar que eu terei coragem o suficiente pra te denunciar a polícia -completou ele com uma voz firme.

Na boa, esse muleque está me testando só pode. Ele precisa ser corrigido de alguma maneira pra ver se volta aquele garotinho sem atitude nenhuma, que abaixava a cabeça pra todos e principalmente pra mim. Eu fui até lá super calmo e disposto a me acertar com Eloise mas ele conseguiu estragar tudo novamente.

-Tente fazer alguma coisa comigo seu muleque que eu te coloco no seu lugar bem rápido -falei entre os dentes e o encarando.

-Ninguém vai fazer mais nada aqui -deu uma pausa. -O que você quer? -perguntou Eloise defendendo o viadinho do filho. Logo, o mesmo ficou acompanhado pelo namoradinho que eu ignorei até o momento. Fazendo de sua presença o mais insignificante comparado a uma formiga.

O Emo Apaixonado (Romance Gay) [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora