Capítulo 8

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Na manhã seguinte acordei feliz, pois tinha sonhado com ele novamente. Levantei e fui ao banheiro e parei de imediato quando meus olhos encontraram o meu reflexo no espelho totalmente diferente. Meu rosto não aparentava mais várias noites sem dormir por causa dos pesadelos.

Logo depois, arrumei meu cabelo e coloquei uma touca azul marinho, e voltei ao meu quarto para me vestir. Quando desci para pegar um copo d'água na cozinha minha mãe logo apareceu e disse:

-Bom dia meu filho! -ela tentava puxar assunto comigo mas nunca dava certo, porque quando eu era mais novo ela não me dava muita atenção, já o meu pai começou a me odiar desde o dia que me assumi.

Acontece que essa foi a minha escolha, melhor ainda, eu nasci assim e isso não me deixa diferente das outras pessoas. A gente brigou feio e desde então não temos uma conversa civilizada porque ele sempre solta piadinhas de mau gosto e que acaba em discussão.

-Espero que seja, tchau -respondi fechando a porta logo atrás de mim. Fui caminhando ao som de Stone Sour.

Cheguei no colégio e lá estava ele, com aquele sorriso encantador e logo que me viu, veio em minha direção.

-Bom dia Jay! -disse me abraçando na frente de todos, e ainda me deu um apelido.

-As pessoas estão olhando para nós -disse envergonhado.

-Desculpa não aguentei -disse ele se afastando. -Toda vez que te vejo meu coração reage de tal forma que eu tenho que te abraçar, para não fazer outra coisa... -sorriu maliciosamente.

-Tipo o quê? -perguntei já sabendo a resposta mas queria ouvir ele dizer. Ele então chegou mais perto e disse em meu ouvido:

-Te beijar até perder todo o meu ar -respondeu sorrindo.

-Bobo -disse sem graça.

Depois fomos para a sala e desta vez ele sentou-se ao meu lado, claro que todos estranharam a atitude dele mas ele nem ligou. Assim se passaram todas as aula, ele olhando e piscando pra mim, mandando beijo, etc. Na hora da saída ele me deu uma carona até minha casa e, eu claro o convidei para entrar e fomos para o meu quarto.

-Estava com saudades do seu beijo -disse se aproximando de mim e eu apenas assenti. Sua respiração estava calma e pude sentir seu hálito de menta devido à bala bem próximo de mim.

Até que ele me beijou. Nunca tinha sentindo uma paz tão grande dentro de mim como eu sentia quando nossos lábios se encontravam. No início era um beijo calmo, até ele colocar a língua pedindo passagem e eu acabei cedendo. Definitivamente foi o melhor beijo da minha vida. Quando nos separamos estávamos sem ar, ele estava ofegante e eu tentava achar um lugar para me esconder de tanta vergonha, foi então que eu o abracei, colocando minha cabeça no seu pescoço e sentindo seu cheiro, que me levava para outro mundo.

Depois de alguns minutos ali abraçados sem dizer uma única palavra, eu me afastei e me sentei na cama. Daniel veio logo depois e sentou -se ao meu lado.

-O que foi? -perguntou.

-O que vamos fazer? -perguntei preocupado em como nossas famílias reagiriam ao descobrir.

-Não sei ainda, o que eu sinto por você é muito forte e não quero que acabe -respondeu segurando em minha mão.

-Também não quero -disse de cabeça baixa mas ele segurou em meu queixo e levantou -o.

-Não fica assim, nós vamos dar um jeito -disse ele todo confiante e depois me deu um selinho. -Agora levanta! -ordenou de pé e com a mão estendida.

-Pra quê? -perguntei me levantando.

-Nós vamos sair um pouco -respondeu.

-Para onde nós vamos Daniel? -perguntei curioso.

O Emo Apaixonado (Romance Gay) [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora