06 | Nossa Família.

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SETE MESES DEPOIS.

  
Anna está deitada sobre a minha barriga nua enquanto dorme serenamente. Eu acaricio seu pequeno corpo vestido apenas com uma frauda enquanto assisto um filme qualquer de comédia romântica. Ela já tem sete meses e é a coisa mais fofa e querida que pode existir. Tem dois grandes olhos verdes, assim como os do pai, e a pele branca. Ela é gordinha e tão amável, que eu estou sempre a apertando. Anna vive rindo das coisas e só resolve chorar durante a madrugada; ela é uma criança viva e feliz, exatamente como era Anna. Eu amo minha filha, mas devo admitir eu estou cansada. Definitivamente, estou exausta. Eu cuido de Anna e Jack e Jack cuida de Anna e de mim, mas, aparentemente, eu preciso de mais cuidados que um bebê... é verdade. Anna com quase um ano de idade, me acorda todas noites, tem dificuldades de dormir e de comer, mas estamos dando um jeito de fazer o melhor para ela. Ser mãe é mais difícil do que eu esperava, porém mais gratificante também.

Ouço o barulho da porta ser aberta e a voz de Jack anuncia que chegou. Ele sempre aparenta estar feliz, porque sempre está. E eu amo isso. O sorriso dele é brilhante e a sua felicidade deixa tudo melhor e bem mais bonito. A felicidade dele me deixa tão feliz e é só vê-lo que tudo se torna maravilhoso e certamente menos difícil de lidar.
 
— Fale baixo. — Eu sussurro quando ele se aproxima do sofá e se senta no chão, ao meu lado. — Ela está dormindo.

— Oh, isso é um milagre. — Ele sorri e se inclina para beijar a testa de Anna e depois os meus lábios. — Como você está? — Ele acaricia meus cabelos.
 
— Cansada. Eu não trabalhei muito hoje. Passei maior parte do dia brincando com ela, tentando ensinar as letras e os números. Ela aprendeu meu nome.
 
— Sério? Você gravou? — Ele sussurra, empolgado.
 
— Sim. — Sorrio. — Eu quase chorei, na verdade. Ela me chama de ma e eu amo ser chamada assim, mas quando ela aprendeu meu nome, fiquei muito feliz.

— Imagino. — Ele contorna meu rosto com seu dedo. — Amanhã eu irei ficar em casa e trabalhar aqui. Na verdade, pelo resto da semana.

— Vai ficar com ela? — Eu continuo acariciando Anna.
 
— Sim. — Ele sorri. — Nosso casamento está chegando. Eu ainda não acredito. — Ele suspira.
 
— Eu sei. Eu escolhi meu vestido depois de bastante tempo.
 
— Você irá ficar tão linda em seu vestido de casamento. — Ele sorri. — Quero finalmente poder te ver de noiva e poder me casar com você. — Ele sorri.
 
— Pra você, eu fico linda até quando acordo, Jack. — Reviro os olhos.
 
— Porque você é linda até quando acorda. — Ele ri. — Incrivelmente linda quando eu chegava em casa e você estava com os cabelos em pé, andando com aquela barriga de um lado para o outro, só de sutiã, calça e meias de pares diferentes, com a boca toda suja de chocolate. — Ele ri. Rio junto, fazendo minha barriga tremer e Anna se remexer.
 
Ela abre os olhinhos e boceja. A ponho sentada sobre a minha barriga nua e ela olha para mim e para Jack. Anna ri subitamente e eu e Jack rimos também.
 
— Oi, meu amor. — Eu sorrio, acariciando seu rosto.
 
 — Ma — Ela diz amavelmente.

— Ela é tão fofa. — Jack fiz e estica os braços para pegar Anna. — Oi, querida. — Ele a pega no colo, levando-a ao ar. Ela adora isso. Anna gargalha e eu sorrio.
 
— Como eu amo vocês...

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora