33 | Mais um halloween.

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UM ANO DEPOIS.
 
| E m m a |

 
— Mas como assim? Eu comprei justamente porque é parecida com a do desenho. — Eu digo, um tanto quanto perdida enquanto seguro a fantasia de princesa em minhas mãos.
 
— Mamãe, eu quero ser um samurai. —  Anna cruza os braços e se senta sobre a cama.
 
— Mas eu quero ser a Elsa. — Ben diz calmamente, pulando sobre a minha cama.
 
— Uma princesa? — Jack arqueia as sobrancelhas, saindo do closet. — Mas você é um menino. — Ele meio que se pune batendo a mão contra a testa depois de dizer isso porque sabe que não é certo.
 
— E qual o problema? — O garotinho de seis anos pergunta, cruzando os braços.
 
— Nenhum. Você pode ser o que quiser. — Jack se corrige calmamente.
 
— Então eu quero ser uma princesa! —  Ele exclama, pegando o vestido da minha mão. — Eu posso, mamãe? — Ele inclina sua cabeça para o lado.
 
— Claro que pode. — Dou os ombros. — Mas eu vou ter que comprar outra. Essa é grande para você. — Beijo sua testa. — Você... tem certeza? — Arqueio as sobrancelhas.
 
— Sim, eu gosto de princesas. — Ele sorri.
 
— E eu de samurai. Você viu aquele filme, pai? Foi sinistro! — Ela ri, agarrando o urso em suas mãos.
 
— Foi sim, querida. — Ele se senta ao lado dela.
 
— Mamãe e eu vimos A Pequena Sereia. — Ben sorri e se pendura nas costas do pai. — E depois Barbie e depois um filme de terror sangrento. A Anna ía gostar.
 
O filme de terror era Tom e Jerry.
 
Anna gostava desse filmes quando tinha a sua idade. — Jack se levanta e gira com Ben nas costas, que gargalha.
 
— Agora eu gosto de Jogos Mortais. — Ela ri.
 
— Você a deixou assistir Jogos Mortais, seu idiota? — Bufo. — Ela só tem nove anos. Não quero que Anna vire uma psicopata.
 
— Mamãe, você é dramática. — Ben diz, ainda rindo. — Papai quem disse.
  
— Vocês estão em um complô contra mim? — Semicerro os olhos.
 
— Sou muito mais persuasivo, querida. — Jack diz quando Anna pula em seu colo e ele tem os dois filhos sobre ele.
 
— Você é muito mais idiota. — Reviro os olhos. — Você irá se vestir de quê?
 
— Eu pensei em homem mais lindo do mundo, mas essa é a minha fantasia o ano inteiro. — Ele diz e Anna e Ben riem.

— O papai é bonito. — Anna sorri.
 
— Quanto ele te deu para falar isso? —  Reviro os olhos.
 
— Um dólar. — Ela ri.
 
— Eu também quero um dólar. — Ben sorri. Lhe falta um dente.
 
— Sabe o que eu irei dar aos dois? — Jack diz. — Cócegas! — Ele consegue jogar os dois em nossa cama e encher ambos de cócegas, que riem da forma mais amável possível.
 
— Papai... papai, está... está... — Anna tenta dizer.
 
— Irá matá-los. — Eu sorrio, puxando-o pela camisa para trás.
 
— De risadas? — Ele se vira para mim, e põe a mão na minha cintura. — Você está linda hoje, sra. James.
 
Jack cola seus lábios nos meus rapidamente e consigo ouvir as crianças proferirem um "ew" em uníssono.
 
— Ah, o que foi? Quando vocês tiverem um namorado ou namorada, vocês não vão fazer esse barulho. — Eu digo quando afasto meu rosto do dele.
 
— Eu não quero ter namorado. O papai só deixa a mamãe brava e faz muita bagunça. Imagine só! — Anna se joga na cama novamente.
 
— Mas o papai é legal. Somos amigos desde muito tempo. — Beijo a bochecha de Jack. — E ele não só faz bagunça. Ele também é carinhoso, fofo, amoroso e amável, mesmo que bagunceiro e irritante. — Sorrio.
 
— Papai é chato. — Anna cruza os braços.
 
— Me devolva meu dinheiro. — Ele semicerra os olhos.
 
— A mamãe é chata. — Ela diz.
 
— Ei, sua subordinadinha! — Rio. — Você está influenciando meus filhos.
 
— Só seus, né? — Ele revira os olhos.
 
— Mamãe, você também vai de princesa? — Ben pergunta. Caminho até a cama e pego meu garotinho no colo.
 
— Eu não sei bem de que eu irei, mas eu queria ir de abelha. Vamos comprar a fantasia em cima da hora, então não sei se terá.
 
— Por que não a chapeuzinho vermelho? — Jack ri.
 
— Porque não quero que procure um anjo, prostituta. — Sussurro apenas para que Jack ouça.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora