12 | Onde está Anna?

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UM MÊS DEPOIS

 
— Mamãe, posso ir para o papai? — A garotinha pergunta agarrando seu ursinho de pelúcia.

Minha garotinha, já com dois anos e meio anos, fala tudo. Vem aprendido palavras difíceis para a sua idade e me sinto a mãe mais orgulhosa e babona do mundo. Ela está tão bonita e curiosa. Com seus olhos verdes esbugalhados observa tudo ao seu redor e vem aprendendo as letrinhas e números com facilidade enquanto brinca ou eu leio para ela. Ela é espirituosa e cheia de vida. Aventureira e brincalhona. Eu estou totalmente apaixonada por essa criacinha.

Quanto a eu e Jack, parecemos chiclete. Um grude só. Nosso amor só se concretizou durante todos esses anos e nada mudou. Talvez estejamos mais próximos que nunca e sempre juntos. Parece que somos perfeitos um para o outro, sem dúvidas. E eu o amo com tudo o que eu tenho, assim como tenho certeza que ele também.

E além de ser um marido incrível, é um pai maravilhoso. Ele está sempre conversando com Anna, assistindo filmes de animação com ela, brincando e desenhando. Eles são o modelo de pai e filha mais querido que se pode existir. E o que me deixa mais feliz, é o fato dele não ser igual a Tom. Quase nunca trabalha na empresa, sempre em casa para poder ficar conosco. E sempre que está aqui, tenha terminar o trabalho rapidamente. Eu, geralmente, tenho mais de 8 pacientes por dia, o que desemboca mais de oito horas de trabalho. Mas quando chego em casa, tudo o que eu quero é ficar no puff no canto do seu quarto, lendo e o ajudando enquanto ele se embola com os demasiados números e Anna brinca com Hate e Love no chão. Eu estou mais feliz que um dia pudera supor que seria.

— Claro, meu amor. — Sorrio, dando-lhe uma garrafinha com suco de uva.

— Sabe da Bella? — Ela se refere à sua boneca super-heroína.

— Não, filha. — Digo, olhando por cima das coisas para ver se a encontro. — Vou te levar no papai, pôr a roupa para lavar e eu procuro para você, tudo bem? — Ela assente. — Deve estar no meio dos seus brinquedos. Enquanto isso, brinque com a dra. Ursa por enquanto ou eu de tou lápis de cor para desenhar, tudo bem? — Ela leva o suco a boca e ri. — Venha, querida. — Sorrio, pegando-a no colo.

— Mamãe, posso subir sozinha? — Ela pergunta assim que paramos na frente da escada.

— Você pode se machucar, filha. — Passo a mão por sua franja para arrumá-la.

— Eu consigo, mamãe! — Ela diz, animada. Amo ver esse sorriso amável em seu rosto.

— Tudo bem, mas eu posso subir atrás, caso a senhorita caia? — Pergunto.

— Sim, sim! — Ela diz, batendo palmas da forma mais querida possível
 .
 


(...)
 


 

— Anna! — Ouço Jack gritar minha garotinha do andar de cima enquanto estou na cozinha.

Ué, mas ela não está com ele?

— Emma, aonde Anna está? — Ele pergunta calmamente assim que entra na cozinha. Ele anda até mim e me beija, sorrindo.

— Não está com você? — Arregalo os olhos. — Jack, como assim? Está brincando? Ela disse que estaria brincando no escritório. — Digo, um tanto nervosa. Merda!

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora