32 | Dia de praia.

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UM ANO DEPOIS
 
| J a c k |

  
— Sete anos. — Emma diz ao abrir seus olhos claros.
 
— Sim, sete anos. — Sorrio e prossigo a acariciar a pele macia do seu belo rosto.
 
— Eu nem acredito. — Seu sorriso aparece em seu rosto. — Há doze anos estávamos iniciando um namoro e, há sete, nos casando. — Ela olha fundo em meus olhos.
 
— Nem eu. — Sorrio. — Eu te amo tanto... — Aproximo-me para beijar seus lábios.
 
— Eu te odeio mais, Hayes. — Ela diz entre o beijo. — Quero passar o resto da minha vida com você. — Emma beija minha testa, meu nariz, minhas bochechas, meu queixo, minhas têmporas e, enfim, minha boca.
 
— Está pronta para o seu presente? —  Arqueio as sobrancelhas.
 
— Não precisa me dar um presente. Já me deu tudo o que poderia me dar. — Ela arruma meu cabelo bagunçado na testa.
 
— Eu posso dizer o mesmo, mas quero. — Emma sorri. — Espero que goste do que eu preparei para nós. — Sorrio.
 
— Mas e as crianças? — Ela franze o cenho.
 
— Elas passarão o dia com a gente. Nosso dia as envolve. Mas, à noite, ambas ficarão com a babá. — Semicerro os olhos e abro um sorriso malicioso.
 
— Eu gostei disso. — Emma ri. — Aonde vamos? — Ela questiona calmamente.
 
— Vista o seu menor biquíni: vamos à praia.
 

(...)
 


— Anna, fique perto. Você pode se perder. Se quiser ir na água, me chame.— Emma diz. Ela tem pavor de água quando se trata de Anna.
 
— Tudo bem, mamãe. — Anna só assente.
 
A praia não está cheia, o que é estranho para um sábado. Ben, com seus quatro anos, está rindo. Seus cabelos de um louro escuro são brilhantes contra o sol. Os olhos dele são de um mel claro da mesma cor que os de Emma e sua pele é pálida. Ele é tão parecido com ela e é bom. Os cabelos de Anna, agora, estão maiores que o normal. Ela disse que gosta assim. Anna se parece mais comigo e eu adoro isso. Mas há muito da Emma na Anna. É confuso.
 

| E m m a |

Retiro o short de Anna e a deixo apenas em seu maiô azul com melancias estampadas. Prendo seu cabelo em um coque e passo protetor na sua pele clara.

Deixo Ben apenas de sunga de monstrinhos e passo protetor solar pela sua pele pálida. Ele sorri para mim e beija meu rosto. Eu amo tanto esse garotinho... É como se eu fosse uma rainha para ele. Benjamin me idolatra e eu idolatro sua idolatria. Ele é um doce.
Ambos correm pela praia vazia e se sentam na areia, um tanto longes da água. Anna estava a carregar um baldinho com vários brinquedos dentro.
Retiro minha blusa e meu short, jogando-os sobre minha bolsa de praia. Jack está olhando para mim.
 
— O que foi? — Sorrio.
 
— Amo seu corpo. — Ele diz ao retirar sua blusa. — Gostosa. — Ele joga sua camisa sobre minha bolsa e envolve seus braços ao redor da minha cintura.
 
— Também amo o seu, sr. Hayes. —  Semicerro meus olhos com um sorriso no rosto. — Olhe essas estrias... Evidente que parece que tive dois filhos. — Jack revira os olhos.
 
— Não me chame de sr. Hayes, James. — Ele desce suas mãos até meu traseiro e o aperta. — Não consigo me controlar. — Ele beija a linha da minha clavícula.
 
— É mesmo? — Arqueio as sobrancelhas e fico na ponta dos pés para poder colar meus lábios aos do meu marido.
 
Isso sempre soará bem.
 
— Mamãe! — Anna grita e me afasto de Jack para poder olhar para ela. — Me ajuda a fazer um castelo de areia?

(...)

Depois de uma incrível tarde na praia com a minha linda família, fazendo castelos na areia, correndo pela praia, jogando bola com as crianças, estamos indo pra casa. A babá disse que não poderá ficar com as crianças porque a mãe dela está doente. Tudo bem, por mim. Eu gosto de passar todo o meu tempo livre com meus filhos, mesmo que Jack se desculpe pelo imprevisto que nem é sua culpa.

As crianças estão dormindo no banco de trás e eu decido passar toda a viagem de volta observando as lindas crianças no banco de trás. Ben, meu lindo garotinho, pegou uma cor. A pele pálida dele está mais corada e o deixa ainda mais querido que já é. Anna, a mesma coisa. Seu cabelo molhado está preso em um coque no topo da cabeça e seu rostinho está vermelho. Ambos estão cobertos por um cobertor que havia no porta malas, porque é fim de tarde e está frio, ainda mais eles estando molhados.
 
— São lindos, não é? — Ele diz calmamente com um sorriso no rosto.
 
— Eles são tão queridos. As vezes me custa a acreditar que são nossos filhos. — Olho para Jack.
 
— Se eles são lindos, têm que ser nossos filhos. Porque eu sou o cara mais gato que você conhece, e você é a mulher mais linda do mundo. — Ele põe uma das suas mãos sobre a minha coxa.
 
— Você consegue ser metido e fofo ao mesmo tempo. — Seguro sua mão.
 
— Assim que é bom. — Ele sorri.

(...)

Jack está vestindo Ben enquanto dou banho em Anna. Ela me molha por completo enquanto brinca com os navios na banheira. Suspiro e a tiro. Visto-a calmamente e a deito na cama.

Jack vem até o quarto de Anna com Ben no colo.
 
— Ele quer uma história. — Jack diz e deita Ben ao lado da Anna na cama.

Jack se senta na poltrona branca e eu sento no braço da mesma, com as pernas sobre as dele.
 
— Quero que o papai conte. — Anna diz. — Vocês podem contar a história de vocês?
 
— Ok. — Jack diz e pega minha mão. — Era uma vez, uma linda garota. Ela era a menina mais bonita do mundo, mas as pessoas não gostavam muito dela. As pessoas tinham inveja, porque ela era inteligente, um pouco irritada e incrivelmente linda. Também havia um garoto, mas ele não era isso tudo. Ele era um pouco bonito e um bom artista, mas ela era incrível. Ele se apaixonou por ela e por toda a sua gentileza e ironia e ela, estranhamente, se apaixonou por ele. Ele achava que era um bobão e não era bom os suficiente pra uma menina como ela... ela pensava o mesmo. Mas ela o amava tanto e era tão bonito de se ver, que ele só simplesmente conseguia amá-la mais. Eles tiveram uma linda filha. Uma garotinha tão queria e um pouco metida, parecida com o pai. Ela era a alegria do dia deles, então, ela disse que teria outro filho, e isso só os deixou ainda mais felizes! O menino nasceu bonito, forte e saudável. Ambas as crianças se tornaram as razões as quais eles davam a vida, que os deixavam vivos. Eles amavam aquelas crianças e amavam um ao outro. Eles sabem que vão amar um ao outro até o fim da vida de ambos e também amarão aos seus filhos. E ele ama muito aquela garota. — Ele olha pra mim por uns instantes. Consigo ver o brilho no seu olhar mesmo com apenas a luz do abajur aceso.
 
— E ela ama muito aquele garoto. — Beijo sua testa.
 
Quando olho para os meus pequenos, ambos estão dormindo. Jack me puxa pela cintura e escorrego para o seu colo. Suspiro e pego sua mão.

Então, ambos adormecemos assim. Os braços dele ao redor da minha cintura, meu corpo sobre o seu, minha cabeça pousada em seu ombro e meus braços ao redor do seu pescoço.
E de todos os aniversários de casamento que tivemos até hoje, nenhum foi tão bom quanto esse. Nós não precisamos de um jantar formal, de presentes materiais ou sexo. Nosso dia com nossos filhos e toda a alegria que transborda em nós quatro é bem mais gratificante que qualquer outra coisa.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora