45 | Primeira vez.

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| A n n a |
 

— Você está gostando? Acho que nunca fomos a um encontro assim, em um restaurante. — Max sorri. — Naquele dia nós fomos patinar no gelo. Menti para o seu pai. — Ele diz e eu rio.
 
— Você só não queria me forçar a comer. Restaurantes me deixam pressionada. — Dou os ombros. — Eu nunca me importei muito onde estamos quando estamos juntos. — Dou os ombros.
 
— Nem eu, mas queria fazer algo legal, entende? — Ele mexe a cabeça e abre um sorriso ainda maior. — Você não está comendo, aliás. — Ele semicerra os olhos.
 
— Até quando eu estou longe da minha mãe, estou perto da minha mãe. — Reviro os olhos. — Eu só não estou com fome. Você pode ligar para ela e perguntar se eu não tomei sorvete antes de você me buscar. — Afirmo.
 
Anna... — Ele usa um tom implorativo.
 
— Ok, desculpa. — Rendo-me. — Vou lamber o prato, prometo.  — Rio e inclino-me sobre a mesa para beijar sua bochecha, mas ele vira o rosto, beijando meus lábios.

Eu secretamente gosto quando ele faz isso.
 
— Sabe que eu faço isso para te proteger, não sabe? — Max suspira assim que me sento novamente.
 
— Eu sei, fiscal.  — Reviro os olhos.
 
— Até quando estou longe da sua mãe, estou perto da sua mãe. — Ele ironiza.
 
— Não ouse dizer que eu me pareço com ela.

— Não, só são sarcásticas na mesma medida.

— Ah, então tudo bem.
 
 

(...)
 


 

— Seus pais estão em casa? — Ele pergunta calmamente quando chegamos na porta da minha casa.
 
— Não. Eles vão dormir fora hoje. Ben também. Ele está na casa da tia Becky. — Dou os ombros.
 
— Oh. — Ele balança a cabeça sem saber o que responder. — Você vai ficar sozinha? Tem certeza? Não acha perigoso? Tipo, seus pais vão mesmo te deixar sozinha? — Ele duvida.
 
— Quer dormir aqui? Meus pais não se importam. — Minto.

Meu pai o mataria.
 
— Seu pai me mataria.
 
— Vamos, entre. Você sempre está aqui em casa. — Rio, abrindo a porta.
 
Max a fecha assim que entramos em casa. Deixo minha bolsa na mesa e respiro fundo, não tendo certeza do que irá acontecer agora. Ele é meu namorado e eu estou nervosa, mas eu gostaria de fazer isso, para ser sincera. Acho que amo Max, mesmo que nunca tenha dito isso a ele, e eu gostaria de fazer todas as coisas que ainda não fiz, com ele.
Max é inteligente, carinhoso, amoroso, protetor, cuidadoso e gentil... Ah, e ele é lindo. Eu não me importo muito com a beleza dele, porque não é, de longe, a coisa que mais importa e chama a atenção. Quando comecei a bonito dele, não havia notado que ele é tão lindo, porque a sua inteligente e seu charme sempre me deixaram hipnotizada. Ele me enxergou. Esteve lá como um amigo quando eu só tinha a Nina.
 
Ann? — Ele me chama. — Terra chamando Anna. — Ele estala os dedos em frente ao meu rosto.
 
— Desculpa. — Rio. — O que quer fazer? Podemos jogar um jogo, assistir um filme, dormir... — Sugiro. — Talvez você queira assistir à um documentário.
 
— Podemos assistir um filme. — Ele sorri.
 
— Ok, vamos lá pra cima. — Pego sua mão, olhando em seus azuis. — O que quer assistir?
 
— O que você quiser, mas nada triste. — Ele entra em meu quarto atrás de mim.
 
— Poxa, tudo o que eu mais queria depois dessa noite incrível com meu namorado era ficar mal assistindo um filme totalmente melancólico. — Reviro os olhos.
 
— De quem você puxou todo o seu sarcasmo? Não é possível que tenha sido só da sua mãe. — Max se joga em minha cama.
 
— Mais da minha mãe, mas meu pai é chato no mesmo nível. — Assinto.
 
— Seus pais não são chatos.
 
— Diz isso porque não é filho deles. Enfim, eu vou trocar de roupa. Tem roupa sua no meu armário. — Afirmo.
 
Após mudar minha roupa, encontro Max deitado na minha cama, apenas com calças de algodão. Respire fundo e se comporte, Anna James Hayes. Recomponha-se.
 
— Você voltou a malhar? — Indago enquanto prendo meu cabelo.
 
— Sim, há algum tempo. Lembra que eu te chamei pra ir comigo, mas você estava estudando? — Ele põe seu antebraço debaixo da cabeça.
 
— Lembro, sim. — Assinto. — Eu não estou nem comecei a faculdade e já estou cansada. —  Suspiro em felicidade.
 
— A culpa não é sua se você é a garota mais inteligente do mundo. — Ele se senta e inclina-se para frente, puxando-me pela mão, fazendo com que eu me desequilibre e caia sobre ele. — E a mais linda. — Ele diz com seu rosto a centímetros do meu.
 
— Você é um fofo. — Rio e selo nossos lábios rapidamente.
 
— Acho que, por ser o namorado da garota mais esperta e linda do mundo, eu tenho que ser fofo. Você merece, não é?
 
As fortes mãos de Max vão até meu quadril e ele o aperta sem muita força. Seus lábios encontram os meus e ele me beija calmamente, sem nenhum tipo de segundas intenções. Sento-me sobre sua barriga, deixando uma perna de cada lado do seu corpo.
 
— Venha, vamos assistir o filme. — Ele diz, afastando seu rosto e beijando minha testa.
 
— Mas você não assiste o filme.
 
— É muito mais interessante te assistir assistindo um filme.
 
Max se deita e me puxa para o seu peito. Sinto seus lábios depositando um beijo carinhoso no topo da minha cabeça. Estamos assistindo uma comédia romântica qualquer. Não sou fã de comédias românticas.
 
— Você parece entediada.
 
— Gosto mais de documentários. Você ama história, não é? — Deito-me de de bruços, poiando meu queixo nas palmas das minhas mãos.
 
— Sim, acho incrível.
 
— Quer ver algum filme sobre as Guerras? Podemos discutir sobre isso, como costumamos fazer.
 
Max não responde, só mantém seu olhar focado em meu rosto, com uma expressão indecifrável.
 
— Max?, está tudo bem? — Comprimo os lábios.
  
— Foda-se, Anna. — Ele diz, arregalando os olhos.
 
As mãos de Max agarram minha cintura e me puxam para ficar por cima dele. Seus lábios rosados tomam os meus de forma mais rápida e selvagem que o habitual. Geralmente, nossos beijos são calmos e doces, mas dessa vez, ele me beija como se sua vida dependesse disso. Sento-me sobre seu colo, sem me importa muito com o que realmente está havendo e é quando as mãos dele apertam minha bunda, que noto como isso irá, de fato, terminar: exatamente como eu queria.
  
— Você sabe no que isso vai dar se eu não me controlar, Anna. — Ele afasta ligeiramente nossos rostos. — Quero que isso seja especial para você.
 
— Max, se você com você, será especial. — Sorrio e ele beija a ponta do meu nariz.
 
— Mas...
 
Eu não o deixo dizer nada, só simplesmente selo nossos lábios novamente, dando sua resposta a ele.
Max se senta e acaba por me levantar, ficando de joelhos. Ele me deita e acaba ficando sobre mim, sem interromper nosso beijo. Suas mãos percorrem todo o meu corpo e as minhas, o seu.
 
— Ann, você tem certeza? — Ele diz, acariciando meu rosto.
 
— Sim, Max. Eu tenho certeza. — Sorrio e beijo a ponta do seu nariz.
 
Ele me beija de novo e aperta minha cintura. Quando Max tenta retirar minha blusa, receosa, acabo por não deixar como reflexo.
 
— Eu... eu não sei se quero que veja meu corpo. — Abaixo a cabeça e solto um suspiro.

Ann, seu corpo é lindo. — Ele estende sua mão e acaricia meu rosto novamente, com um pequeno sorriso. — Você não tem que se envergonhar. Você é incrivelmente linda e deveria se orgulhar de quem você é e de como você. Eu não me importo nem um pouco em esperar até que você esteja pronta — Max beija minha testa. —, mas não se esqueça de que você é incrível, Ann.

Ele sai de cima de mim e se deita ao meu lado. Seus olhos focam na TV e ele me puxa mais para si, levando sua mão até meu cabelo para fazer carinho. Eu não consigo prestar atenção no filme, só olhar para ele e ele para mim.
 
— Desculpa. — Sussurro.
 
— Não tem que se desculpar. — Ele nega, um tanto quanto inconformado. — Acho que até você estar pronta, posso planejar algo mais romântico. —  Ele sorri.

Ele realmente não parece estar chateado com isso, mas eu estou. Eu odeio o fato de não conseguir ter um pingo de segurança comigo mesma. É horrível.
 
— Eu não quero nada romântico, Max. Eu só quero que seja com você. — Mexo em seu cabelo.
 
— Deus, como eu te amo, Anna. — Ele profere de súbito com um sorriso lindo e seus olhos brilhando.
 
— Você me...? — Meus olhos se arregalam.
 
— Eu te amo. — Ele dá os ombros. — Eu te amo, Anna. Eu amo absolutamente tudo em você. Eu amo sua gentileza, amo seu senso de humor, amo seu sarcasmo, amo sua inteligência, amo sua voz, amo seu rosto, amo seu corpo, amo seu sorriso, amo seus olhos, amo seu jeito de ser, amo sua risada, amo seu cheiro e amo seus lábios. Eu te amo. Eu amo absolutamente tudo em você. Eu estou perdidamente apaixonada por você, Anna James Hayes. E eu não poderia ser mais feliz amando outra pessoa. — Sua mão cobre minha bochecha. — E eu te amo, Anna.
 
Demoro alguns minutos para absorver suas palavras, mas quando absorvo, não consigo fazer outra coisa, senão beijá-lo.

Eu amo Max. Eu realmente o amo. Ele é perfeito para mim, então, ignoro o meu medo e receio que sempre andam comigo, e retiro minha blusa, tentando não me importar com o que realmente irá ocorrer brevemente e que meu medo é bem menos importante que a chance de tentar.
 
— Você é linda. — Ele suspira com seus olhos focados em meus seios.
 
Sento sobre seu colo e forço meu quadril contra o seu, podendo sentí-lo. As mãos dele apertam minha cintura e meus lábios encontram os dele enquanto movo meu quadril contra Max.
Ele me deita novamente e fica por cima. Suas mãos puxam minha calça para baixo e fico apenas de roupa íntima e, estranhamente, não me sinto envergonhada por isso. Estranho.

Suas calças são puxadas para baixo e ele hesita em abrir meu sutiã, mas eu assinto com um pequeno sorriso, dando-o permissão. Suas pupilas dilatam quando ele olha o local e eu não consigo entender sua animação.
 
— Meu Deus. — Ele diz, boquiaberto.
 
— Há algo de errado? — Pergunto, hesitante.
 
— Não. Definitivamente.
 
Max espalha beijos por todo o meu corpo e olha para mim novamente quando seus dedos chegam à minha calcinha. Reviro os olhos e assinto, então ele a retira gradativamente.
Ele beija cada cicatriz dos meus cortes da forma mais carinhosa possível e eu coro automaticamente. Ele acaricia uma por uma e eu me perco nisso. Quando Max voltar a sua postura normal, sobre mim, com seu rosto a centímetros do meu, e beija meu nariz.
 
— Você tem certeza, Ann? — Sua voz é terna e ele acaricia meu rosto.
 
— Sim, Max. Com você, eu tenho certeza sobre absolutamente tudo. — Sorrio.
 
 

(...)
 


 
— Como você se sente? — Ele diz assim que se deita ao meu lado, arfando.
 
— Foi um pouco doloroso, mas bom. — Sorrio e me aconchego em seus braços.

— Eu te machuquei? — Seus olhos se arregalam. Ele perguntou isso durante todo o processo.
 
— Não. — Rio. — Isso é normal, você sabe. Você não me machucou. Você foi gentil, carinhoso e amoroso, como sempre é. — Contorno as linhas de seu rosto com meus dedos.

— Porque você merece alguém que cuide de você, Ann. — Sua mão traça a linha da minha cintura.
 
— Então você é o homem perfeito. — Sorrio.
 
Max foca seu olha no teto por alguns segundos e sua mão ainda traça a linha pela lateral do meu corpo, indo e voltando.
 
— Max. — Chamo seu nome docemente.
 
— Sim? — Ele olha para mim com seus olhos verdes.
 
— Eu também te amo. — Beijo seu queixo. — Te amo muito.
 
— Eu te amo, Ann. — Ele sorri e beija o topo da minha cabeça. — Acredite nisso.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora