24 | Aquela pergunta.

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DOIS MESES DEPOIS.

— Mamãe! — Ela grita, correndo até mim e me abraçando.

— Cuidado, querida. — Jack sorri, ajudando Anna a se levantar. — Você pode machucar seu irmãozinho. — Jack sorri e a põe sentada à sua frente.

— Desculpa, mamãe. — Ela tira seu cabelo do rosto angelical.

— Tudo bem, querida. — Sorrio, comendo uma jujuba do pote que há sobre o pano quadriculado em vermelho e branco. Estamos em um piquenique.

— Como um bebê foi parar dentro da sua barriga, mamãe? — Ela inclina a cabeça para o lado.

Congelo.

— Bem, querida... — Tento dizer, mas não acho as palavras certas.

— Quando há amor entre o papai e a mamãe... — Jack começa, mas o belisco seu braço. Ele simplesmente dá os ombros e prossegue: — Pois bem. Quando há amor entre o papai e a mamãe, o papai planta um semente na barriga da mamãe e nasce uma melancia. — Ele diz e sorrio.

— Uma melancia? — Ela arregala os olhos e sua boca forma um O. Eu e Jack rimos da sua reação e ela leva ambas as mãos à boca.

— Sim, uma melancia. — Ele sorri. — E então o bebê sai de dentro da melancia. É muito legal! — Ele exclama.

— Eu estava dentro de uma melancia? — Ela ri.

— Exatamente! — Eu assinto, deitando minha cabeça no ombro de Jack.

— Isso é muito legal, papai! — Ela prossegue com a expressão surpresa hilária.

— Sim. — Ele sorri. — O bebê vai sair da melancia. Você gosta de melancia, certo?

— Isso quer dizer que quando eu comer uma melancia, um bebê vai sair de dentro? — Ela diz, comendo uma jujuba também.

— Não. Isso é só quando o papai ama muito a mamãe e planta a semente. — Eu digo.

— Ah, sim. Então eu vou esperar o meu irmão sair da melancia.

— Ok, isso seria bom. — Jack sorri.

— Hate, Hate, espere por mim! — Ela grita ao se levantar e correr atrás do animal. Ela tropeça algumas vezes, mas acaba por conseguir alcançá-lo.

— Pensei que fosse dizer a verdade. —  Suspiro.

— A verdade de que eu te amo e adoro tocar sua pele, e então me perder nela em vezes incontáveis, até que nós fomos irresponsáveis em, ou estarmos bêbados, ou esquecermos de usar preservativo, ou você se esquecer da pílula e então um bebê vem ao mundo? — Ele beija minha bochecha. — Que tal praticarmos esta noite? — Ele franze o cenho quando sua mão passa sobre minha grande barriga.

— Idiota. — Beijo seus lábios.

— Vou ter sempre que te dizer que não sou idiota e sim realista? — Ele franze o cenho.

— Um idiota realista. — Beijo seus lábios.

— Papai, me ajuda a subir na árvore? — Anna grita, tentando subir na árvore.

Eu tenho a melhor família do mundo.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora