02 | Gravidez?

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TRÊS SEMANA DEPOIS
   
| J a c k |


 
– Emma? –  Grito seu nome enquanto desço as escadas.
 
É uma manhã de domingo, dia em Emma e eu dormimos até tarde, mas quando acordei, ela não estava na cama. Dei uma olhada no banheiro, escritório, cozinha. Enfim avistei-a da janela do quarto de hóspedes sentada na grama do jardim.
Desço as escadas e empurro a porta de vidro da cozinha e vou ao seu encontro.
 
– Emma? Está tudo bem? – Indago, confuso.
 
Ela está de olhos fechados, sentada no chão do jardim, encolhida. Seus joelhos estão levemente dobrados e suas mãos estão pressionando a zona da sua barriga nua, pois  está apenas de top. Ela não responde.
 
– Amor, o que houve? Tá tudo bem? –  Questiono novamente quando me abaixo para me sentar ao seu lado.
 
– Jack. – Ela solta com calma, mas ainda parece a palavra mais pesada do mundo.
 
– Estou aqui – Respondo, levando minha mão às suas costas.
 
– Eu... – Emma suspira. – Há três semanas, quando nós transamos na cozinha... eu estava bêbada, não estava? Sabe, quando chegamos do casamento do meu pai. – Ela leva as mãos ao rosto.
  
– Sim, você bebeu muito. – Rio, tirando seu cabelo do rosto. – Algum problema?
   
– Eu esqueci do anticoncepcional justamente naquela semana. –  Ela agora respira pesado.
 
– Tudo bem, mas o que tem, amor? –  Insisto.
 
– Estou grávida. – Ela respira fundo e me encara de vez. Sua voz sai em um sussurro quando meu coração para.
 
– Grá-grávida? – Arqueio as sobrancelhas.

Caralho.
 
– Eu tinha tantos trabalhos para fazer que esqueci, mas fiquei bêbada e acabei também não... – Interrompo-a antes que ela termine e a abraço com força.
  
– Então eu serei pai? –  Suspiro, com um sorriso no rosto. – Meu Deus.
 
– Eu acho... eu acho que sim. – Ela suspira.
 
– Meu deus, Emma. Meu deus. – Digo, animado.

Por mais aterrorizado que eu esteja, não posso mostrar à essa frágil garota que tanto amo, a minha insegurança. Do jeito que eu conheço Emma, sei que por dentro ela está surtando. Os divertidamente dela devem estar todos pegando fogo e correndo por toda a sala de controle. Não devia ter assistido a esse filme com a Angelina...
 
– E se eu não for uma boa mãe? Como a minha não foi. Ela foi embora, sabe? E se eu também for? – Seus olhos arregalados lacrimejam.
 
– Nunca, nem um bilhão de anos, haveria uma mãe melhor que você. –  Acaricio seus cabelos. – Vai ser uma mãe do caralho, Emma James. – Ela ri.
 
– Eu faria tudo errado.
 
– Emma, cale a boca. Você é incrível em tudo o que faz, inclusive isso. Você é maravilhosa. Sorte desse garotão... –  Sorrio, segudando seu rosto magro com as minhas mãos.
 
– Pode ser uma menina. – Ela sorri.

– Eu deveria comprar uma arma, então? – Finjo estar sério.
  

– Se meu pai tivesse uma arma, não estaria aqui. – Emma revira os olhos e esboça um sorriso no canto da boca. Puta que pariu, que mulher linda.
 

– Você é doidinha, não? – Sorrio e a puxo para o meu colo.
  

– É justamente por isso que você me ama tanto. – Ela beija meu nariz e apoia sua testa contra a minha.
 

– Quem anda te iludindo? – Arqueio as sobracelhas e aperto seu quadril.

– Você mesmo, sr. Hayes. –  Suas mãos se movem até meu cabelo e rio. – Vamos ter um filho, Jack... – Ela diz, rindo, mas por não acreditar.

– Nós vamos. – Seguro seu rosto. – Se puxar a você, irá viver caindo por aí. –  Rio e ela bate em meu ombro.
 

– E eu não sou tão desastrada assim, ok? – Ela ri quando se afasta, com os olhos ainda molhados.
  
– Sim, você é muito desastrada. Vive caindo ou esbarrando em algo. As pessoas devem achar que eu te bato... –  Reviro os olhos.
 


– Isso não está mais longe da verdade. – Afasto seus cabelos claros do rosto. – Eu te ganho até em uma queda de braço. – Ela faz um rosto de durona que me faz rir e jogar a cabeça para trás. Essa mulher...
 
– Quer apostar? – Digo. – Tão fraquinha e quer ganhar uma queda de braço contra o meu braço desse tamanho, Emma? – Ironizo.
 
– Vamos lá, então. – Ela semicerra os olhos e se levanta, correndo até a porta de casa. Emma tropeça no chão de madeira, mas se reestabelece.
 
– Nem um pouco desastrada, certo? – Rio, e ela revira os olhos.
 
Eu amo essa mulher. Amo tanto... E agora, teremos um filho. Talvez um garoto, correndo pela casa ou uma menina, sendo totalmente teimosa como Emma. Imaginar outro pequeno ser humano em uma junção de nós dois... é incrivel e assustador. O medo de não poder cuidar de uma criança é grande, mas aposto que todos têm isso. E eu prometo que serei um pai melhor que o que eu tive e eu sei que Emma será uma mãe bem melhor que a que não teve. Nunca abandonaria a filha e eu nunca faria mal ou deixaria de amar meu filho por um segundo.
Achei que fosse impossível amar alguém mais que amo Emma, mas sei que amarei essa criança ainda mais.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora