10 | Lua de mel.

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— Sinto muito por não podermos ir para a lua de mel. — Jack diz, tirando o véu de meu cabelo com cuidado e, em seguida, retirando minha coroa com calma.

— Sabe que eu não me importo com esse tipo de coisa. — Viro-me para ele. — Adoro ficar em casa com você. E não há lugar melhor que nossa casa. — Sorrio.

— Nem o Paris? Sempre quis conhecer aquele lugar. — Ele começa a retirar os grampos do coque e, em seguida, desfazer as tranças que o compusera.

— Foi um imprevisto. Não é sua culpa. Não mesmo. — Asseguro, bagunçando seu cabelo. — O vôo foi cancelado e nós podemos ir depois. Está tudo bem. — Suspiro.
  

— É, eu sei. —  Ele diz, virando-me para que possa abrir o zíper do vestido. — E acho que adoraríamos dormir. — Ele solta um gargalhada gostosa.
  

Ouço o barulho do zíper do meu vestido ser aberto e seus dedos gelados a roçarem contra a minha pele quente.

— Está sem nada por baixo? — Ele questiona, vindo para a minha frente puxando o vestido pelas mangas. Antes que eu possa respondê-lo, ele descobre por si só, quando retira o vestido de mim com cuidado. — Puta que me pariu. — Ele diz, olhando para os meus pequenos seios e segue seu olhar pelo restante do meu corpo.

— Eu estou exausta. Esse vestido pesa. — Digo, segurando em seus ombros para me equilibrar no meio da quantidade de pano no chão e sair de dentro do vestido. — E Anna parecia estar com uma pilha inacabável hoje. Ainda bem que Julie conseguiu a pôr para dormir.

Equilibro-me e paro em sua frente, pousando minhas mãos nos botões de sua camisa, desabotoando um a um, com calma e paciência. Seus olhos estão em mim durante todo o tempo que procuro revelar seu tronco definido. Tiro sua camisa e a jogo em qualquer lugar pelo chão do quarto. Minhas mãos vão até seu cinto, retirando-os e fazendo o mesmo que fiz com a camisa. Minhas mãos tentam abrir o botão de sua calça social e, em seguida, seu zíper. Jack se livra das calças e abaixa para pegar sua blusa e me entregar para que eu vista.

— A gente pode só ir dormir? Eu estou mesmo cansada.

— Óbvio que não, Emma. Eu também estou exausto. — Ele diz, arrumando seu corpo no colchão. Aconchego-me em seu peito após puxar o cobertor para cima de nós dois.

Jack se silencia de maneira estranha, como se estivesse extremamente incomodado com algo.


— Está tudo bem? — Questiono, virando meu corpo e apoiando meu rosto em minhas mãos.

— Não, nada. — Ele mente, desviando o olhar.

— Mal nos casamos e você já está mentindo para mim?

— Não é isso... talvez eu só tenha ficado um pouco ressentido por ele não ter vindo de novo. — Jack diz, referindo-se a Tom. — É que, Emma, ele não esteve aqui em nenhum momento. Não viu Anna nascer, não esteve aqui quando ela fez um ano e nem em meu casamento. É frustrante. — Ele diz, fazendo-me ficar mal por ele.

— Jack, seu pai não merece que você fique chateado por ele. Ele nem merece que você pense nele. — Digo, tirando os fios rebeldes de sua testa com delicadeza. — Você está feliz, não está? — Questiono, inclinando minha cabeça para o lado direito. — Então pronto. Não pode deixar que Tom, sendo o idiota que é, tire isso de você. — Digo com a voz calma, querendo realmente fazê-lo esquecer sobre seu pai idiota. — Eu sinto muito.
 

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora