43 | Melhores amigas.

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TRÊS MESES DEPOIS

| E m m a |


- Mãe! - Anna grita após bater a porta da sala.

Ela está tão grande e bonita e no fim do ano. Sim, minha menina de dezesseis anos entra na faculdade depois das férias. Minha garotinha inteligente só me enche de orgulho.

Aliás, em questão ao transtorno alimentar, Anna está melhor. Nós tentamos de tudo para mantê-la bem e saudável e, por sorte, ela está. Acho que Anna entendeu que vale a pena e que a forma do seu corpo não importa, porque ela é linda de qualquer forma, mas o que vale mais, é sua sabedoria e sua doçura.

Sou uma mãe orgulhosa.

- Estou na cozinha. - Grito ao retirar a tentativa de um bolo do forno.

Anna entra na cozinha com um sorriso rasgando a orelha, jogando a mochila sobre o balcão e soltando um suspiro feliz. Isso me deixa bem.

- E esse sorriso, heim? - Sorrio ao dizer. - Eu sou péssima nisso. Vou ligar para a confeitaria e pedir um bolo. Ainda não sei porque tento. - Suspiro.

- Eu estava com Max. - Ela se senta no balcão.

- Como ele está? - Sorrio. - Vamos para o jardim. Seu irmão está dormindo no sofá e não quero que ele acorde. Não teve um bom dia no colégio. - Acaricio seu cabelo. - Sorvete? - Pergunto ao abrir o congelador e retirar dois picolés.

- Quero. - Ela sorri.

Ambas seguimos para o jardim sem pressa. Me sento com Anna na grama e a entrego o picolé.

- Posso te perguntar algo? - Ela diz ao abrir o picolé.

- Claro, querida. - Assinto.

- Como... como... hum... foi sua primeira vez? - Ela questiona envergonhada, com as bochechas fortemente coradas.

- Hum, bem, foi algo novo. - Sorrio. - Por mais que tenha sido um tanto doloroso, foi bom por ter sido com alguém que eu amo. Ainda mais quando houve carinho, amor e muito cuidado envolvidos. Ele foi carinho e se preocupou a todo o tempo com tudo o que acontecia - Mordo o picolé. - Mas depois de um tempo, não sente mais dor e é bom. - Dou os ombros. - Por quê?

- Eu e Max caímos nesses assunto hoje, meio que sem querer. - Ela inclina a cabeça para o lado.

- Vocês vão sair hoje, certo? - Arqueio as sobrancelhas.

- Sim. Ele não me disse aonde vamos, mas eu estou nervosa. - Ela suspira.

- Ben irá dormir na casa da Becky e Luke porque ele e a Loren tem que terminar um trabalho que é para amanhã. - Inclino a cabeça para o lado. - E, se quiser, eu e o seu pai podemos sair... - Abro um sorriso sem mostrar os dentes.

- Não precisa, mãe. - Ela dá os ombros.

- Eu adoraria. - Passo um dos meus braços pelo seu ombro. - Faz um tempo que eu e Jack não ficamos sozinhos. - Semicerro os olhos e solto uma risada.

- Meu Deus. - Ela esconde seu rosto entre suas mãos.

- Bem, como mãe de uma jovem de 16 anos que acabou de entrar na faculdade por ser mais que inteligente, creio que devo avisar sobre os perigos e tudo mais. - Termino o picolé. - Se acontecer, usem proteção. Não seja mãe tão nova, querida. Isso pode comprometer seus estudos. Você também tem que fazer só se quiser e se sentir confortável. - Acaricio seus cabelos e beijo sua testa. - Amanhã é sábado, então não iremos trabalhar. Por isso, pode me ligar quando nós pudermos vir para casa.

- Mãe, não acho que isso vá acontecer hoje. - Ela diz, ainda corada.

- Você quer isso? - Arqueio as sobrancelhas.

- Mãe... - Ela resmunga a rir.

- O quê foi? Sexo é comum, ainda mais na sua idade. - Rio. - E além do mais, somos amigas. Não há segredos em nós e não precisa se envergonhar. Eu já passei por absolutamente tudo o que está passando, filha. Sei como é. Eu só não tinha ninguém para falar sobre isso e nem queria, mas você pode falar comigo sempre. - Acaricio seus cabelos.

- Obrigada, mãe. Você é a melhor pessoa do mundo - Ela me abraça forte e solto um suspiro de alívio. - e minha melhor amiga. - Anna beija minha bochecha. - Obrigada.

- Vamos lá? Tenho que ligar para o seu pai e convencê-lo. - Beijo sua bochecha. - Não vou contar a ele.

- Vou me arrumar. - Ela sorri. - Eu te amo, mãe.

- Eu te amo, meu amor. - Sorrio.

The Love Lessons | Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora