Sexo, Drogas e... Rap!

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Cheguei em casa aquele dia somente na hora de ir pra escola. Depois do trabalho, tinha ido para o inglês e o ônibus da volta tinha quebrado no meio do caminho me fazendo quase estourar de raiva

Meu telefone tocou e para minha surpresa era Carlos. Meu coração parou por um momento. O que será que ele queria comigo se dali a poucos minutos me veria na escola?

Era sexta-feira. Prova de biologia. Laura, a professora que tinha me dito que Carlos perdera a namorada em um acidente, com certeza iria me dar mais uma chance de refazer a prova, porém, eu não tinha tanta certeza quanto aos outros professores. Dei de ombros, não seria a primeira nem a ultima aluna a ficar de recuperação.

Isso me fez lembrar de Elizabeth, Zara e Margot. Elas iam pirar se soubessem de alguma nota baixa.

"Ai meu Deus" peguei o telefone as pressas. De tanto devanear a respeito de coisas sem muito sentido, acabei perdendo a primeira ligação de Carlos

"Hã, oi?" Perguntei meio incerta para o outro lado da linha

"Você está bem?" A voz dele era suave. Me fez sentir vontade de estar abraçada com ele

"Eu... estou ótima e você?" Que conversa estranha era aquela?

Parecia que eu estava falando com a minha avó e não com o amor da minha vida!

"Estou com saudades Anne" O sussurro sensual dele em meu ouvido me fez estremecer. Lembrei do dia do hospital. Ele também tinha dito que estava com saudades e acabou abrindo meus pontos

"E por qual motivo eu acreditaria em você?" Perguntei me sentando na cama, mas sorrindo ao fazê-lo

"Porque eu percebi que você é mais do que uma oferecida que quer uma noitada. Você merece mais do que uma chupada e algumas doses de bebidas fortes e que eu amo você" ele ria baixo do outro lado da linha.

"Você é muito romântico senhor Ferraz" eu olhei no relógio. Hora de sair "você vai me ver daqui a pouco Carlos, pra que ligou?"

"Eu não vou à aula hoje" ele disse um tom menos alegre

"Por que?" Perguntei assustada pegando minha mochila de cima da cadeira perto da porta

"Porque tenho um assunto que preciso resolver"

"Vai perder a prova" eu disse simplesmente. Acho que não precisava frisar que ficaria com saudades

"Você não quer me ver hoje?" Ele pediu quase que imediatamente

"Passo aí pelas onze, me espere com um beck por favor" eu falei sem o menor problema

"Essa é minha gatinha" sorrindo mais uma vez ele desligou

Passei correndo pela porta do quarto e quase derrubei um vaso no canto da sala

"Não tem aula hoje?" Minha tia chegou com uma sacola enorme e colocou em cima da mesa da sala atrapalhando meus planos de sair para a escola rapidamente

"Tem e eu já estava indo. Mais tarde eu tenho uma coisa pra fazer, não sei que horas vou chegar... se vou chegar" sorri contente

"Pode ir falando mocinha!" Ela me avaliou e eu cheguei perto da sacola

"Primeiro, o que é isso?"

"São algumas peças íntimas que eu trouxe da loja. Talvez fiquem boas em você" ela piscou

Abri a sacola meio desconfiada. O que minha tia estaria aprontando?

"Jesus!" Uma calcinha minúscula e transparente estava nas minhas mãos

Doze MesesOnde histórias criam vida. Descubra agora