Exageros causam Mortes

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A sensação de ter um orgasmo sem precisar de dedos, língua ou um pau é simplesmente indescritível.

Minha mente vagava pelo corpo de minha melhor amiga, enquanto ela se contorcia em espasmos causados por minha boca. Meus seios estavam sendo chupados de forma muito carinhosa, mas nem de longe era a boca de Carlos.

Danubia e eu estávamos formando o famoso sessenta e nove e eu estava adorando. De repente Carlos apareceu e se juntou à nós. Tinha no rosto um ar satisfeito e orgulhoso. Sorria pra mim que me senti ainda mais impelida a dar todo o prazer que os dois mereciam.

Minha nuca se arrepiou quando os dentes dele mordiscaram a pele. Seu membro não me satisfaria, pois eu o ofereci à Danubia. Minhas pernas dobraram para dar a ela mais liberdade de mover sua língua mais fundo.

Gemidos se misturavam na névoa da excitação, mãos exploravam corpos e bocas proporcionavam sensações arrebatadoras. Meu corpo contraiu veemente quando meu prazer bateu em mim sem piedade. Fiquei trêmula por um segundo e então relaxei, exausta 

Um barulho estranho chamou minha atenção. A porta estava se abrindo. Será que alguém ia nos pegar em pleno ato sexual? Eu não estava disposta a passar por mais uma vergonha.

"Você não vem Anne?" A voz matreira de Carlos perguntou da porta

Carlos estava deitado comigo e Danubia na cama, então porque diabos eu estava vendo dois dele?

Olhei para meu lado. Não havia ninguém. Somente a fumaça de algumas guimbas pelo chão.

Levei o cigarro na boca e acabei olhando meus dedos, um dos quais tinha um anel lindo posicionado. Um riso solto se instalou em mim. Eu estava lindamente relaxada e feliz, como em muito tempo não estivera, depois de ter tido um orgasmo alucinógeno. Carlos tinha razão. Eu queria todas as coisas boas da vida, ser livre e graças à minha heroininha, estava me saindo muito bem.

Passava horas no quarto cheirando ou queimando do pó que Luís havia trago. Heroína. A minha tão querida heroína.

Às vezes eu pensava que não tinha como eu sair viva daquilo tudo. Estava consumindo muita droga, muito rápido e não é preciso ser um gênio para adivinhar que eu estava definhando. Minha respiração voltara a ficar escassa e eu me sentia por vezes, enjoada e com calor insuportável.

Nosso relacionamento começou de forma branda, um dia após Carlos fazer o pedido. Um cigarro foi suficiente para me fazer gemer alto quando o efeito bateu com força, depois de uns dez ou quinze segundos. Gostei mais dela. Sorrio. O sizzurp e a maconha tinham seus efeitos ainda, mas demoravam e eu tinha pressa. Muita pressa em me sentir feliz.

"Eu vou... vou onde mesmo?" Ri sem querer. Minha heroininha fazia as memórias ficarem embotadas e acabara de me pregar uma peça me fazendo ter vontade de fazer coisas que eu geralmente não faria

"Combinamos de ir mergulhar para ver os recifes, não era o que queria à duas noites?" Ele voltou até onde eu estava e se agachou a minha altura

"Sim... sim é claro" respondi com voz lenta. Eu me lembrava mesmo de ter dito algo com a palavra recife, mas já tinha duas noites?

Me levantei sentindo uma breve tontura

"Você está legal?"

"Isso é empolgação pelos corais meu amigo, empolgação pelos corais" dancei meio sonolenta até a porta e saí em direção aos elevadores sentindo que Carlos me acompanhava

Assim que saí do elevador, já fui andando rumo ao que eu sabia ser a praia

"Esqueceu que Luís e Danubia vão conosco?"

Doze MesesOnde histórias criam vida. Descubra agora