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— Eu sei

Wayne respondeu a minha insinuação, pressionando a palma das suas mãos contra o volante, com força, sem me encarar.

A dormência entre as minhas pernas iniciou, anunciando que o meu corpo já respondia a ele, sem uma completa necessidade em ser tocado antecipadamente. Christopher excitava meus pensamentos, me deixando úmida sem esforço algum. Eu não conseguia organizar aquelas sensações tão intensas, e graças a essa imaturidade, minha boca deixou escapar os grunhidos desajeitados de uma menina insegura, mas completamente afogada no seu fluxo de feromônios exacerbados.

Quando ele parou em mais um dos semáforos da avenida principal, eu me ergui, movendo-me para o banco detrás do carro. Wayne fitou tudo, até a hora em que sentei no centro, mas em nem um momento pediu explicações.

Eu o mirei através do espelho no teto, cruzando nossos olhares antes de ser involuntariamente inspirada pela cena de um filme erótico que vi junto de algumas amigas em uma noite do pijama aos quinze anos. Fechando os olhos, deslizei uma das mãos pela nuca, passeando por ela até descer devagar, tocando o meu busto e abdômen, massageando-os, até por fim escorregar em meu sexo. Eu o segurei, aumentando ainda mais a pressão das pernas.

Christopher me acompanhava, através do retrovisor, fissurado, perdendo muitas vezes a sua atenção na direção. Eu sabia que estava sendo irresponsável em agir daquela maneira, porém, permaneci estimulando a paixão nele.

O roncar do motor soou intenso, e eu notei que o carro se movimentou mais depressa. Ele havia aumentado a velocidade, eufórico para chegar na mansão. Sorri mordendo o lábio inferior, para esconder a timidez, assim que o volume na sua calça estava maior. Wayne também estava reprimindo sentimentos.

Num curto momento de reflexão, duvidei da minha própria índole. Aquelas reações tão insinuosas não pareciam em nada comigo, eu não costumava pensar naquelas coisas, mas com ele sim. Com Christopher eu só conseguia manter aqueles pensamentos. E a curiosidade de vê-lo completamente nu. Qual seria o seu gosto, ou de que forma suas mãos me tocariam intimamente? Já tinha ganhado uma pequena previa do que ele seria capaz de fazer, mesmo assim não era o suficiente.

Começou uma chuva inesperada no meio do caminho, gradativamente, conforme nos aproximávamos das ruas que memorizei serem as que levavam a mansão. Quando olhei rapidamente pelo vidro, vi as árvores balançarem, recordando-me da vez em que ele me perseguiu, bem ali.

Wayne buzinou antes mesmo de entrar pelos portões, avisando aos seguranças da sua chegada. Os homens acionaram os mecanismos abrindo tudo bem depressa notando a pressa do patrão. Meus risos o instigaram a também sorrir, mesmo que em apreciação. Quando estacionamos na escadaria, ele desceu impaciente e praticamente me arrancou de dentro do carro. Segurando-me pela cintura, Christopher caminhou junto de mim, ignorando e desviando de todos os obstáculos a nossa frente, que eram especificamente: Alfredo, e as duas cozinheiras avisando sobre o jantar, para subir as escadas enquanto eu restringia a minha risada frenética com as mãos.

— Você acha isso divertido? — Ressoou ao meu ouvido, estreitando ainda mais o nosso espaço.

— Não estou fazendo nada.

Caçoei e ele arfou.

— Vai me pagar por isso Escobar.

No último rangido, já havíamos chegado ao quarto dele. Wayne fez questão de me levar para aquele lugar, empurrando o meu corpo com o seu para dentro, girando a chave. Eu esperei que ele me pegasse, e quando fez isso, fui lançada e pressionada contra o pilar. Christopher tirou a camisa e me olhou fixamente, com um discreto sorriso drogado de satisfação no rosto, e então sugou meu lábio inferior, pondo sua língua dentro da minha boca, ousando massageá-la com habilidade. Respirei com força, mas quase não tive tempo para isso a medida em que ele se afastou abruptamente, mordendo o meu pescoço enquanto desabotoava a minha calça jeans. Arfei, segurando suas costas, arranhando-as, conseguindo ouvir um grunhido feroz.

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