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Possíveis erros ortográficos serão corrigidos assim que percebidos


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Ondas...

Elas arrebatam a beira do mar sem piedade, esvaziando ou enchendo as esperanças dos que aguardam sobre ela. Não há nada capaz de impedi-las, ou esconde-las, simplesmente cabe admirar a sua sutileza egoísta sem esperar retorno porque ela faz por fazer, não por motivos. É sua missão, seu destino, e com os sentimentos não é muito diferente. Ambos se assemelham pela brutalidade que podem ocasionar, ou pela simples orquestra ritmada e bela.

— Christopher — ressonei mais uma vez, e mesmo assim ele se recusou a parar de beijar o que pudesse alcançar.

Entre os espaços de razão que me eram cedidos vez ou outra entre as mudanças no toque dele, questionei onde estaria o meu pouco juízo, ou até mesmo a minha timidez. Haviam sido perdidos no dia em que minha memória falhou? Ou eu a fiz se perder? Realmente não faria muita diferença. Eu queria estar ali, daquele mesmo modo. Até mesmo avançar.

O tesão tinha tomado conta de nós dois, e sem notar, meus movimentos já estavam abusados demais, impossíveis de segurar. Wayne me locomoveu novamente em seus braços e decidiu que a mesa seria bem mais confortável que o aparador.
Ele me deitou sobre ela arrancando minhas roupas devagar, e os nossos beijos molhados e abraços apertados deram lugar, pela primeira vez, ao medo.

— Alguém pode nos ver — Alertei revirando os olhos já com a respiração apertada.

Wayne desocupou a boca que beijava meu abdômen despido e me olhou sem foco.

— Jamais entrariam aqui baby...

Fui coagida a jogar a cabeça de volta para trás, enquanto seus lábios começavam a brincar com a minha vulva antes de usar a língua sobre ela. Gemi, mordendo o lábio inferior com força para conter a forte vontade de gritar para extravasar o anseio de gozar. E por sorte, antes que o escândalo se tornasse maior, minhas pernas tremeram e logo em seguida fiquei ainda mais lubrificada. Christopher sussurrou alguma coisa safada e se voltou para mim. Seu olhar já estava perdido demais para exigir um diálogo, e com as mãos, ele me puxou um pouco mais e desfez o botão e zíper da sua calça, retirando também a camisa. Céus, ele estava mesmo nu. Completamente. Como pude esquecer algo assim? Como pude esquecer aquilo? Reprimi vendo que por debaixo das roupas ele era ainda mais perfeito.

Ereto e pronto para entrar em mim, Wayne sorriu provocante quando separei as pernas por livre e espontânea vontade, dando a ele acesso a mim. Mas antes de o fazer, seu olhar foi ainda mais atrevido, parando para tocar meu sexo com os dedos e penetrar-me com eles. Surpreendida, deixei que sua visão fosse até o fim.
A luz das velas era convidativa, estimulante, quase que uma própria venda. Eu sabia que ele podia me ver, porém, não com tanta precisão.

Esperei seus dedos finalizarem a carícia, para então recebê-lo verdadeiramente dentro de mim. E com duas primeiras estocadas severas, comprovei que não havia mesmo donzelice. E eu nem a queria mais.

Foda-se os pudores.

— Quero muito mais disso... — Supliquei embriagada — Quero mais de você.

Minha fala foi como um estimulante natural. Wayne se movimentou com mais pretensão, disposto a me fazer transpirar sem perda de tempo. Deitando sobre o meu corpo, sua boca abocanhou meus seios e os umedeceu chupando meus mamilos enquanto ainda me fodia sem muita pressa. Para ele, nós tínhamos o tempo do mundo.

Em alguns segundos senti a agilidade dele em sair de dentro de mim, me virar de bruços, morder minha bunda e dar uma palmada nela voltando para o acalento quente do meu sexo, pulsante e extasiado.

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