— O que estava fazendo?
A indignação na voz de Wayne me acalmou ao mesmo tempo em que me deu medo. Eu imaginei que aquela abordagem fosse de qualquer um, menos dele.
— Eu a vi. Ela estava lá!
— Dulce do que está falando?
— Christopher... Anna, ela estava escondida, me chamando atrás daqueles arbustos. Precisa ir comigo até lá.
— Não. Nós vamos voltar, e sair daqui.
— Não podemos!
— Escobar, pare de dificultar as coisas. Vamos embora.
Ele me puxou pela cintura, mesmo contra a minha vontade, pressionando-a com força. Cochichou no ouvido de um dos seguranças, e o homem se encarregou de andar até o local que eu tanto apontava, determinada a ir junto.
Ignorando minhas suplicas, Wayne abriu a porta do carro e me jogou lá dentro, trancando e indo para o meu lado. Ele ligou a ignição e dirigiu arrancando com velocidade.
— Ela está com medo! — Gritei ainda esperançosa em fazê-lo mudar de ideia — Deve ter fugido e precisa de ajuda!
— Ou simplesmente foi usada como isca.
— Christopher, pode ser que não.
— Ingenuidade não é a sua cara Dulce — Contestou bravo — Como acredita que essa menina fugiu? E ainda por cima por coincidência ela achou você? Santa paciência Escobar, não existe acasos!
— Mesmo assim, poderíamos tê-la salvo!
— Já falei que não sou um santo protetor! — Gritou ainda mais forte, desviando dos carros na avenida como se fossem meros obstáculos.
O Mercedes era rápido, tinha um som invejável de motor, e ele sabia manobrar bem, mas por um segundo arrisquei o temor da sua imprudência ao volante. Christopher desviou demais quando devia apenas reduzir a aceleração e isso nos levou a ser jogados para frente quando um dos seus "obstáculos" não quis seguir o seu compasso. A freada fez meus pés tremerem, na mesma hora em que segurei no apoio do teto acima do vidro.
Sua respiração ficou inconstante, e por um segundo receei a morte.
— Está louco Wayne?!
Enfim o veículo foi guiado para o acostamento, porém, não houve nada de tranquilidade. Ele logo tornou a dirigir com insensatez novamente. Assim que voltei a contestar, o telefone celular dele tocou, conectado ao Bluetooth do painel do carro, ativando automaticamente o viva voz.
— Sr. Wayne? — O tom desesperado do mordomo gelou minhas entranhas — Siga adiante! Estaremos logo atrás.
— Que cor é? — Rebateu Christopher, parecendo compreender tudo.
— Preto, senhor.
— Óbvio... Sejam rápidos!
Me admirei com a facilidade dele em dirigir descontroladamente e responder as perguntas ao mesmo tempo. Alfredo foi claro no que disse, e de fundo eu também conseguia escutar as vozes alvoroçadas dos seguranças.
— O que está acontecendo?! — Instiguei sabendo que não gostaria do ia ser dito.
— Estamos sendo seguidos — respondeu olhando o retrovisor a cada dois segundos.
Imitando sua ação, eu fui mais objetiva. Virei-me completamente e vi através do vidro detrás o carro negro nos seguia tão veloz quanto o nosso próprio. Voltei a mirar Wayne, mas ele parecia nitidamente preocupado em ser mais ganhar aquela "corrida". Com as falas contidas na garganta, agarrei ainda mais o suporte, e fechei os olhos, rezando e clamando por uma chegada em paz até a mansão ou onde quer que ele pretendesse me levar.
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Fanfiction*Fanfic Vondy A fatalidade une o destino de Dulce Escobar, uma garota de apenas dezessete anos, ao de Christopher Wayne, um homem bem mais velho e misterioso que divide opiniões. Para Dulce a vida não é feita de coincidências, e ela tem mais certeza...