Capítulo 10

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Um barulho se alastrava pelo quarto. Aquele som soava semelhante a um cortador de grama. Mas quem estaria cortando grama em plena madrugada?

Abri os olhos e olhei para o relógio. Ainda eram 5 horas da tarde. Soltei um grunhido e me sentei na cama. As horas pareciam não passar. Eu havia dormido apenas 2 horas. Tinha sido praticamente quase nada, principalmente para quem estava exausta.

O mesmo barulho de cortador de grama só ficava cada vez mais alto.

Levantei-me da cama um pouco irritada, indo até a janela do quarto. Vi um senhor aparando a grama, o qual acena para mim assim que me vê. Sorri em retribuição e voltei para o interior do quarto. O barulho parecia estar dentro do cômodo, e isto chegava a enlouquecer.

Senti minha barriga roncar, alertando-me que eu precisava comer algo. Aproveitando que eu já estava acordada e aquele som estava enlouquecendo-me, decidi ir para o andar de baixo a procura de algo para comer.

Fiz todo o trajeto pela casa, até encontrar a cozinha. Encaminhei-me até a geladeira, abrindo-a e me espantando com o resultado. Não tinha exatamente nada para comer.

Então me lembro que Elizabeth e Sra. Tuan haviam saído para fazer compras, mas que pelo visto, ainda não tinham voltado. Procurei algo pelos armários e não encontrei nada. A única solução que eu tinha, era sair para comprar comida.

Subi de volta até o quarto, pegando um casaco e certa quantia em dinheiro e depois voltando para o andar de baixo.

Direcionei-me até a saída da casa. E ao passar pelo jardim, sou parada por aquele senhor que cortava grama.

Aonde vai? Não tem medo do temporal que está chegando?

Virei-me para prestar atenção nele, mas eu não entendia nada que aquele senhor me falava.

— O que?

Não sabe que uma tempestade vai chegar? Todas as vias de transporte irão fechar!

— Desculpe... Eu não entendo o que o senhor diz.

Não fala coreano, não é mesmo?

— Eu preciso ir!

— Espere! Pare. Cuidado! Perigoso! Criança ir... Chuva.

— Chuva?

— Sim!

— Eu não tenho medo de chuva, senhor. — Ri breve. — Obrigada, mas preciso ir logo, antes que escureça e fique tarde. Até logo! — Sorri e continuei a caminhar.

Menina boba.

Caminhei pelo mesmo caminho que eu havia feito de van. A minha sorte, era que eu era boa em memorizar lugares, e lembrava que tinha um ponto de ônibus próximo dali e que talvez eu encontrasse um táxi pelo caminho também, e por sorte, encontrei um. Não hesitei em chamá-lo e logo o taxista estacionou no encostamento. 

— Com licença... — Falei ao me aproximar dele.

— Estrangeira?

Abri um sorriso espontâneo ao ver que ele sabia a minha língua.

— Sim! — Afirmei com a cabeça. — Eu preciso encontrar um lugar para comer... Você sabe onde?

— Claro!

— Você pode me levar?

— Sim, sim!

Sorri agradecida e entrei no táxi. Acomodei-me e fechei a porta.

— É a sua primeira vez em Seul?

Perguntou, fazendo a minha atenção ser puxada para ele.

— Huh... Sim! — Afirmei com a cabeça.

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora