Capítulo 2

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Desci para o andar de baixo ainda com aquela cena em minha cabeça.

— O filho mais velho...

Deixei um riso baixo escapar por meus lábios e um sorriso mínimo exalar-se neles. Desci os últimos degraus da escada e me encaminhei até a cozinha. Vi uma das cozinheiras mais antigas da casa remexendo nas sacolas de compras que eu havia colocado sobre o balcão.

— Elizabeth! — Digo o seu nome alto com a intenção de assustá-la.

— Jesus! — Virando-se automaticamente com a mão no peito, ela me olha feio e balança a cabeça. — Um dia você ainda vai me matar!

Disse, fazendo-me ir em sua direção e abraçá-la. Elizabeth era como se fosse uma mãe para mim. Ela esteve ao meu lado desde quando eu comecei a trabalhar na casa do Sr. Tuan. Ela me ajudou quando eu precisei, além de que ela cuidava de mim como se fosse uma mãe.

— Desculpe minha coreana! — Brinco com a sua descendência. — Você sabe que eu tenho um grande carinho por você, não é?

Fiz bico enquanto a abraçava de lado. Soltei um riso ao ver a sua cara de irritada, mas que logo se normalizou.

— Você que comprou?

Perguntou ela referindo-se as sacolas de compras.

— Sim. — Afirmei com a cabeça e me afastei de seu corpo, apoiando-me ao balcão. — Acho que isso tudo é para um jantar de boas vindas para o filho mais velho.

— Sério? Ele já chegou? Como ele está? Será que mudou? — Perguntou curiosa.

— Ei! — Rio nasal ao ver a sua curiosidade. — Respire a cada pergunta. — Digo segurando o riso. — Ele esta no quarto...

— Você o viu? — Perguntou rapidamente, não me deixando terminar de falar.

— Argh. — Faço careta. — Até parece que você é a mãe dele.

— Ei menina. Eu me preocupo com o filho do Sr. Tuan. Eu praticamente o vi entrar na puberdade.

— Entrar na puberdade?

Arqueei as sobrancelhas com um sorriso irônico nos lábios.

— Sim. Mas então... Você o viu?

— Sim...

— Como? Quando? Que horas? Eu ainda não o vi.

Olhei para ela um pouco perplexa. Elizabeth estava me fazendo muitas perguntas. E além de tudo, o meu primeiro encontro com ele não havia sido um dos mais... Normais.

— Huh?

Olhou para mim em busca de suas respostas.

— Não... Ah! Não sei! — Bufo e cruzo os braços, olhando fixo em direção a sala. — O que isso importa? Ele é só um adulto que chegou à casa dos pais. — Suspiro e mexo os ombros.

— Ei! — Ela taca o pano que estava em seu avental em meu braço. — O que é isso? Não é assim que se refere a alguém mais velho que você!

— Ah, o que é? — Olhei para ela fazendo careta. — Ele nem é tão velho assim. — Bufo e me viro novamente de frente para a entrada da sala.

— Mesmo assim, menina. Ele é o filho dos seus chefes!

— Que seja.

Desencosto do balcão e caminho até a geladeira, retirando uma jarra de água.

— Você precisa aprender bons modos. Deve estar apresentável para o filho do Sr. Tuan.

— Por que? Ele vai ser somente mais um que mandará em mim...

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora