Deslizei o meu olhar até Mark.
─ Ah, sim. ─ Sorri envergonhada. ─ Mark, este é Nathan. Nathan este é Mark...
Sem me deixar concluir, Mark me interrompe.
─ Se conhecem há muito tempo? ─ Soou um tanto que invasivo, permanecendo com um sorriso sarcástico no rosto.
─ Sim! ─ Respondeu Nathan, sorrindo largamente. ─ Nos conhecemos desde quando éramos criança.
─ Interessante. ─ Disse indiscreto. ─ Você...
─ É... ─ Olho para Mark e reviro os olhos, interrompendo-o e voltando a minha atenção para Nathan. ─ Quando chegou em Los Angeles?
─ Há alguns dias. Eu tenho que tirar algumas fotos para a agência em que trabalho.
─ Entrou mesmo na carreira de fotógrafo?
─ Sim. Segui o seu conselho, e percebi que você sempre esteve certa em relação a mim. ─ Disse ele e olhou para Mark. ─ Sabe, Alissa foi a minha garota inspiração. Graças a ela, consegui mostrar o meu talento.
─ Sério? ─ Perguntou, fingindo estar interessado. ─ Você tem fotos dela?
─ Sim. De todos os tipos. ─ Afirmou.
─ Até de... ─ Passou suas mãos por seu peito, como se quisesse demonstrar algo.
─ O que? Não! Isso não. ─ Deixou escapar um riso fraco. ─ Ela está vestida em todas.
Arregalei os olhos e voltei o meu olhar para Mark, olhando-o dessa vez um tanto que frustrada, por causa de sua pergunta nada discreta.
─ Menos mal.
─ E você... É algo dela?
─ Eu...
─ Quanto tempo vai passar na cidade? ─ Perguntei, não me tocando de que eu havia interrompido Mark.
─ Alguns dias, depois irei à Coreia.
─ Você vai à Coreia? Incrível! Talvez eu volte em breve para lá. ─ Digo entre risos.
─ Você já esteve lá? ─ Perguntou curioso.
─ Sim. Cheguei ontem. Tive que vir buscar as minhas irmãs.
─ Ah sim. E pelo visto... Elas cresceram bastante. ─ Disse ele, impressionado. ─ Enfim... Foi bom te ver. Eu terei que ir agora, mas manterei contato com você. Tchau! ─ Sorriu e se despediu de nós.
─ Você pretende voltar para a Coreia? ─ Mark me olhou frustrado.
─ Provavelmente.
─ Você disse que não sabia se iria voltar. E de repente... Mudou de ideia?
─ Mas... Isso importa?
─ Ihll... ─ Allison disse irônica, mas a mesma não obteve a minha atenção ou a de Mark.
Ele abriu a boca, como se fosse dizer algo, mas o mesmo cessa e se joga para trás, voltando a escorar as suas costas na cadeira.
─ Não... Tudo bem. Eu entendo. ─ Disse ríspido, voltando a sua visão para qualquer lugar da lanchonete que não fosse eu.
(...)
O caminho todo de volta para a casa do Sr. Tuan em Los Angeles, foi quase um completo silêncio. Somente as meninas falavam. Allison cantava as músicas que tocavam na rádio e Sunny de vez em quando falava algo, mas boa parte, mantinha a sua atenção voltada ao sorvete que Mark havia comprado para ela, como prometido.