Capítulo 11

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— S-Seu apartamento?

Perguntei surpresa com o seu ato inesperado.

— Sim. — Disse sem expressar importância em sua voz.

Mark destravou as portas do seu carro e abriu a do passageiro para mim.

— Não precisa fazer isto. Pode ir me deixar na casa do Sr. Tuan.

— As avenidas estão fechadas por conta da chuva, não tem como ir até lá. E meu apartamento é perto daqui.

— Mas... — O interrompo. — Eu posso ir para qualquer lugar. Não precisa se incomodar.

— Você não vai ficar nessa chuva. — Disse revirando os olhos. — Meus pais me matariam se descobrissem que eu havia visto você em meio a esse temporal e não tivesse feito nada. — Alertou. — Faça o favor de entrar, já estamos muito molhados. Não quero pegar um resfriado.

— Mas...

— Se não quer fazer isto por seu bem, faça por eles.

— Huh?

— É sério. Eu não quero continuar me molhando.

Entortei meus lábios para o lado e concordei com a cabeça, entrando no carro e fechando a porta. Observei Mark rodear a frente do carro e entrar no lado do motorista. Ao entrar, ele dá uma leve sacudida em seus cabelos com uma das mãos, retirando o excesso da água da chuva que tinha neles.

— Aqui. — Ele estica o braço até o banco de trás, pegando um moletom e me entregando.

— Não... Não precisa. — Recuso.

— Você está toda molhada. Vai pegar um resfriado.

— E você? Não se importa se vai pegar também?

— Eu estou bem.

— Agora. Mas amanhã pode não estar.

— Tudo bem. — Suspira. — Você que sabe. — Ele coloca o moletom sobre minhas pernas.

Liga o painel do carro e o aquecedor do ar condicionado, dirigindo para a saída do estacionamento.

(...)

Alguns minutos depois, chegamos ao seu apartamento. Havíamos passado todo o trajeto sem trocar uma única palavra. Eu não tinha muito sobre o que conversar e com certeza ele também não. Mark estava sério o tempo todo enquanto dirigia, que eu chegava a me sentir desconfortável algumas vezes. Eu não sabia se era por causa da sua seriedade e conseguir escutar a sua respiração calma, no silêncio dentro do carro, ou por estar ao lado de alguém extremamente chamativo aos olhos de uma mulher.

Estacionando em frente ao prédio, descemos do carro. Eu estava congelando. O frio de Seul era realmente apavorante, ainda mais quando se tinha uma tempestade daquelas.

Subimos de elevador até o último andar, onde ficava o seu apartamento. Seguimos pelo largo corredor até uma porta marfim no final. Ele a destranca e a abre, mas permaneço parada do lado de fora.

— Não vai entrar?

Minha expressão facial era de uma pessoa hesitante, mas Mark me puxa pelo pulso para dentro do apartamento e fecha a porta.

— Você gosta de recusar os outros que tentam te ajudar? — Disse arqueando as sobrancelhas.

— Não, eu... — Mordo meu lábio inferior. — Só não quero que se incomode comigo.

— Se eu trouxe você, é porque não seria um incômodo tê-la aqui. — Balançou a cabeça. Desceu seu olhar até a sacola que eu segurava de lado. — Vejo que você gastou dinheiro atoa.

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora