Capítulo 3

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Observei aquela confusão sem saber o que fazer. O certo seria ficar quieta na minha e não me meter em problemas. Mas eu estava tão curiosa em saber o que tinha acontecido com o terceiro filho, que cheguei ao ponto de morder, um pouco forte, o meu lábio inferior de tanta curiosidade.

— Você os conhece?

Minha atenção foi puxada para Suzy, que me olhava com as sobrancelhas arqueadas.

— Sim... — Minha visão passou a observar o caminho que Mark fazia até a saída do bar. — Eu...

Levantei-me da cadeira e peguei a minha bolsa, caminhando para a saída do local.

— Ei! Aonde você vai?

Escutei Suzy perguntar, mas a ignorei, prosseguindo com os meus passos até a saída do bar. Eu não tinha explicações para dizer o motivo de eu está indo atrás do filho do Sr. Tuan. Foi como se eu me sentisse brevemente responsável por ele. E, além disso, eu estava curiosa.

— Ei! — Digo em um tom um pouco alto, o suficiente para que ele pudesse me ouvir.

Mark parou de caminhar ao ouvir-me. Não estávamos tão distantes, mas caberia um carro entre nós. Mantendo-se de costas para mim, andei um pouco mais para próximo dele, parando após dois passos e meio do seu corpo.

— Você... Está bem? — Perguntei um pouco ambígua. — Eu vi o que aconteceu... — Fitei o chão enquanto batucava lentamente os meus dedos em minha bolsa.

Escutei um suspiro ser solto por Mark.

— Não se preocupe. — Disse e virou-se. — Esqueça o que viu.

— Impossível... — Deslizei o meu olhar de seu boné até a sua face novamente.

— Então guarde somente para você. Ok?

— E... Os seus pais?

Mark começou a dar dois passos em minha direção, ficando a centímetros de distância de mim.

— De forma alguma você pode comentar isso para os meus pais. Isto os deixariam preocupados. E esta não foi a minha intenção ao vir para Los Angeles.

— Mas... Quem era aquele cara?

— Não foi nada sério. Não se preocupe.

Ele já estava indo embora quando eu não hesitei e segurei o seu pulso.

— Mas...

— O que?

— Por que vocês... Quase brigaram?

— Deus... — Ele solta a minha mão bruscamente de seu pulso. — Você pode parar de fazer perguntas? — Franziu o cenho. — Já disse para não se preocupar.

— Eu só queria saber o motivo. E... — Abro um sorriso um pouco nervoso. — Eu estava curiosa.

— Não há nada da minha vida pessoal que você precise saber. Sabe, já tem pessoas suficientes que interferem em minha privacidade. Não preciso de mais uma.

Disse suas últimas palavras antes de entrar em um carro e sair do estacionamento.

Legal... Mais um desencontro com ele. Comecei a fitar o nada enquanto pensava na rápida confusão e na atitude do terceiro filho. Ele teria sido grosso comigo ou havia sido somente uma forma de proteger a sua privacidade de pessoas como eu? Aquele cara estava o irritando ou teria sido ao contrário?

— Argh... — Bufo ao deixar aqueles pensamentos duvidosos rondarem em minha mente. — Que seja. — Cruzo os braços um pouco irritada. — De toda a forma, o que eu tenho a ver com isso? Nem o conheço. Ele nem me conhece. Que seja.

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora