Capítulo 27

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Permaneci com os olhos arregalados, paralisada. Ele sorria. Não sabia eu o sentindo do seu sorriso, mas eu não conseguia parar de admirá-lo.

─ Sabia que é feio escutar as conversas dos outros, Alissa? ─ Allison se expôs, olhando para mim seriamente e com os braços cruzados.

Acabo fazendo uma careta ao ouvi-la.

─ Sua irmã é apenas curiosa. ─ Respondeu Mark. ─ É uma pena que ela não seja tão curiosa para outras coisas... ─ Mordeu o lábio inferior, olhando em meus olhos.

─... Ok. ─ Respiro fundo, tentando mudar a minha atenção dos seus lábios, onde ele continuava a morder o inferior. ─ Eu... Fiz o café da manhã... E... ─ Aperto os meus lábios fortemente, como forma de distração, ao notar que ele me fitava tentadoramente. ─ Vão! Vão... Vão comer. ─ Me embaralho no que digo.

Passei a minha mão entre os meus cabelos, tentando amenizar a tensão de ter aquele homem me secando sem disfarce algum.

As meninas se levantaram da cama e caminharam até a porta, passando por nós. Esperei as mesmas se aproximarem mais da escada para eu poder ter uma "conversa séria" com Mark. Me viro para ele.

─ Dá para você parar? ─ Perguntei incrédula.

─ Com o que? ─ Abriu um sorriso irônico, depositando uma mordida em seu lábio inferior novamente, enquanto olhava para mim um tanto que sedutor.

─ Com isso! ─ Repreendo o seu ato. ─ Pode parar de tentar me provocar?

─ Acha que não vai conseguir segurar por muito tempo?

─ V-Você... Argh! ─ Bufo.

─ Eu digo o mesmo... Srta. Parker. ─ Sussurrou suas últimas palavras em meu ouvido, causando-me arrepios.

─ É o seguinte ─ Me distancio um pouco dele. ─ Se ficarmos mais um único segundo próximos...

Sua mão desceu inesperadamente até a minha cintura, puxando-me contra o seu peito.

─ Pode acontecer... Isto? ─ Roçou brevemente os nossos lábios.

─ I-Isto...

O que estão fazendo? ─ Perguntou Sunny, nos interrompendo.

─ Sunny! ─ Allison a puxa pelo braço. ─ Privacidade ao casal. ─ Disse ela e arrastou a garota do corredor de volta para o andar de baixo.

─ Huh... ─ Umedeço os meus lábios e me afasto dele. ─ A comida vai esfriar. ─ Digo.

─ Na próxima... Tentarei ser rápido. ─ Piscou para mim e seguiu caminho até a escada.

(...)

Desci os últimos degraus e continuei a caminhar até a cozinha, exalando um sorriso convencido nos lábios ao ver que a mesa do café da manhã estava realmente linda, e que aquilo tinha sido uma obra-prima minha.

Allison se aproximava da mesa e Sunny se sentava, prestes a comer. Mark sentou-se logo em seguida, despejando o suco em seu copo.

Eu estou faminta! ─ Disse Sunny, pegando alguns pedaços de bacon.

─ Alissa... ─ Allison chama a minha atenção.

─ Sim? ─ Direcionei o meu olhar até ela.

─ Você... Melhorou na cozinha... Não é?

─ Como assim? ─ Olhei desentendida para ela.

─ Porque você sabe que...

MEU DEUS! ESTÁ SALGADO! ─ Sunny levantou da cadeira dando alguns pulinhos, cuspindo os pedaços de bacon que ela havia levado à boca. 

─ Sabia... ─ Um suspiro é solto por Allison. ─ Você não melhorou em nada na cozinha. Apenas desperdiçou uma quantidade imensa de comida. ─ Allison olhava decepcionada para a mesa do café da manhã.

─ Não me culpe! ─ Despejo água num copo e entrego a Sunny, tentando diminuir o gosto salgado em sua boca. ─ Talvez... Eu tenha exagerado o sal no bacon? ─ A olhei desconfiada.

─ Pff... Bacon já é naturalmente salgado. Não creio que não sabia disso. ─ Allison parecia incrédula.

Ela negou com a cabeça e olhou para Mark.

─ Você está ferrado. ─ Disse ela inesperadamente.

─ O que?

─ Ela vai te matar de fome!

─ Ei! ─ Repreendo o que diz.

─ E chegando a uma conclusão... Iremos morrer de fome. A não ser... Que você saiba cozinhar. ─ Voltou a olhar Mark. ─ Ou... Tenha dinheiro para nos alimentar. Porque... Se for por Alissa, morremos em um dia. ─ Sentou em uma das cadeiras.

─ Mas tem frutas... Leite... Cereal... ─ Informo.

─ O Cereal ainda está bom... As frutas dará só para uma refeição e o leite... Você chama isso de leite? ─ Arqueou as sobrancelhas. ─ Sr. Tuan... Boa sorte. Eu te entrego esse ser desútil! ─ Sorriu cínica, levantando-se da cadeira.

─ Ei! ─ Faço uma careta para ela.

─ Gostam de... McDonald's? — Mark perguntou.

O sorriso das garotas cresceram ao ouvir o que ele tinha dito.

(...)

Assim como Mark havia proposto, fomos à lanchonete. Fizemos nossos pedidos e aguardamos até que eles ficassem prontos. A nossa ordem na mesa era um tanto que aleatória. Eu estava de frente para Mark, que estava ao lado de Sunny, e ela estava de frente a Allison que estava ao meu lado. Nossos pedidos logo ficaram prontos e as garotas não paravam de comentar o quanto aquilo estava bom.

─ Sr. Tuan, você é o nosso salvador! ─ Dizia Allison enquanto abocanhava o seu hambúrguer.

─ Verdade. Aquele bacon não chega nem aos pés disso aqui... ─ Sunny dizia de boca cheia.

─ Ha... Ha... ─ Forço uma risada. ─ Ei! Só porque Mark está dando comida a vocês, irão desrespeitar a minha comida?

As duas garotas se olharam e depois olharam para mim.

─ Sim! ─ Disseram em coro.

─ Argh... ─ Reviro os olhos e passo a encarar vagamente o local.

─ Ei... Coma. Não tocou nem na comida. ─ Reparou Mark.

─ Não estou com fome.

Dizendo aquilo, Mark se esquivou em minha direção, mostrando um pedaço de hambúrguer.

─ Tem certeza de que não está com fome? ─ Perguntou ele com um sorriso malvado nos lábios.

─ Não... ─ Olhei para o hambúrguer e depois mudei a direção do meu olhar, fingindo que aquilo não tinha importância.

─ Tem certeza? ─ Ele passa o hambúrguer por meus lábios. ─ Tem certeza? ─ Repetiu o ato mais uma vez.

─ Mark! ─ Deixo um riso escapar. ─ Eu como, se parar com isso!

Rimos e ele afirmou com a cabeça, voltando a se sentar.

─ Alissa?

Uma voz masculina familiar chama por meu nome. Direcionei o meu olhar para o lado e vi um velho amigo de infância.

─ Meu Deus! ─ Digo impressionada ao perceber o quanto ele havia mudado.

─ Deus... Quanto tempo? ─ Ele se aproximou de mim e passou a sua mão entre os meus cabelos, bagunçando-os um pouco.

─ Você mudou bastante! ─ Eu estava boquiaberta, reparando na mudança de sua fisionomia.

─ É o que eu diga. Você agora já tem peitos! ─ Disse ele impressionado, fazendo-nos rir juntos.

─ Digamos que sim. ─ Franzo o nariz.

─ Então... ─ Mark se inclina sobre a mesa. ─ Não vai me apresentar? ─ Olhou para mim, sorrindo forçado. 

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora