─ Mark... ─ Sussurrei o seu nome.
─ Oh! ─ Nathan virou-se, possuindo um sorriso alegre nos lábios. ─ Você que é o dono da casa? Como vai? ─ Estendeu sua mão para cumprimentá-lo.
Mark não movimentou sequer um único músculo. Ele permanecia parado na entrada do corredor, com os braços cruzados e o olhar sério voltado contra mim.
─ Ele fala outro idioma? ─ Cochichou. ─ Oi! ─ Persistiu.
Mark continuou a não respondê-lo, e agora o seu olhar estava impulsionado severamente em direção a Nathan.
─ Ele é mudo? ─ Cochichou, frustrado. ─ Manda ele parar de me encarar assim, está me assustando. ─ Sussurrou próximo ao meu ouvido.
─ Nathan...
Sou interrompida por uma voz visivelmente irritada, mas logo, de algum modo, é disfarçada.
─ Fique à vontade.
Mark disse como se não se importasse e logo saiu do corredor.
─ Ah não... ─ Sussurro e respiro fundo.
─ O que foi? — Perguntou Nathan.
Neguei com a cabeça e levei uma mecha de meu cabelo para trás de minha orelha.
─ Entre. Outra pessoa pode notar a sua presença. ─ Digo com a intensidade da voz um pouco mais fraca.
─ Ele é o cara que estava com você naquele restaurante, não é? ─ Perguntou e afirmei com a cabeça. ─ Uou. Ele parecia estar incomodado com algo.
─ Não é um problema. Fique aqui. Se precisar de algo... Ligue.
Aviso e saio do quarto, fazendo o mesmo percurso de volta até a cozinha. Olhei brevemente em direção a sala. Sr. Tuan brincava com uma das meninas. Sorri com a cena e comecei a organizar alguns talheres sobre o balcão.
─ Parece que alguém decidiu sair da caverna. ─ Disse Elizabeth, entre risos. Aproximou-se de mim e ajudou a organizar os talheres. ─ Então... O que o menino Tuan e você aprontaram em Los Angeles?
─ O que? Como assim "aprontaram"?
─ Não sei... Você que deveria saber.
─ N-Nada... Eu apenas fui buscar minhas irmãs e... Ele me ajudou.
─ Hum... ─ Disse desconfiada. ─ Ok. Coloque o lixo para fora. Eu iriei dormir. ─ Me lançou um sorriso largo.
Suspiro. Caminho até o saco de lixo próximo a porta da cozinha. Saio e me direciono até o jardim, onde no final, havia uma lixeira.
Senti a presença de alguém no jardim, mas não consegui identificar quem era, ou ter realmente certeza de que havia alguém ali.
─ Avise ao meu pai que eu já estou indo. ─ Disse Mark atrás de mim, enquanto mexia em seu celular.
─ Não disse a ele? ─ O olhei.
─ Saí de dentro da casa antes de vê-lo. ─ Mexeu seus ombros e permaneceu com o seu olhar voltado para o aparelho em suas mãos.
─ Ah... Mark. ─ Digo tentando chamar a sua atenção. ─ Sobre Nathan...
─ Tudo bem. Não vou ficar zangado.
─ Entenda. Ele é meu amigo. Veio para a Coreia sem ter nenhum plano. Uma idiotice dele, eu sei. Mas... Não posso abandoná-lo na rua.
─ Eu compreendo, Alissa. ─ Diz em um tom um pouco ríspido, passando a me olhar. ─ Já disse que não vou ficar zangado.
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