─ Tome cuidado. ─ Disse protetor. Levou sua mão até a minha cabeça, bagunçando o meu cabelo. ─ Vamos? ─ Sorriu gentil.
Paralisei por um momento, mas logo voltei a realidade.
─... Sim! ─ Sorri nervosa.
Continuamos caminhando em direção a Mark como se nada tivesse acontecido. Mas estava sendo meio difícil. Talvez para Jackson não estivesse, já que não foi ele quem sentiu braços fortes por volta da sua cintura, deixando-o quase em pânico.
Paramos de caminhar ao chegarmos próximo a Mark.
─ Eai Brô! ─ Cumprimentou Mark com um "cumprimento entre melhores amigos". ─ Pacote entregue! ─ Jackson se virou para mim, dizendo entre risos.
─ Espero que ela não tenha nenhuma marca.
Os dois garotos riram e eu simplesmente mantive um sorriso nos lábios, fingindo que estava entendendo tudo.
─ Como foi o seu trabalho? ─ Mark se direcionou a mim. ─ Está cansada? Quer algo? ─ Ele me olhava com um olhar de quem faria tudo o que eu quisesse.
─ Eu estou bem. ─ Sorri tentando o confortar.
─ Tem certeza? Você precisa mesmo ficar trabalhando dessa forma? ─ Perguntou preocupado.
─ Foi o meu primeiro dia. ─ Sorri. ─ E não é tão cansativo assim. ─ O asseguro. ─ Então... Porque estamos aqui?
─ Oh, sim. Quero que nós três e a garota do Jackson, que por sinal, não chegou ainda, saiamos juntos. Como um encontro em casais. — Sorriu largo. — Ah! Ia me esquecendo do mais importante... ─ Passou suas mãos pelos bolsos traseiros de sua calça, retirando uma pequena caixinha.
─ Vejo que fui a última a chegar. ─ A voz de Minah expandiu-se harmoniosamente pelo local.
─ Não é tarde. ─ Disse Jackson a recebendo com um sorriso largo no rosto.
─ Minah? ─ Mark olhou confuso em direção a ela, recuando a caixinha para de volta ao seu bolso. ─ O que ela está fazendo aqui? ─ Olhou para Jackson.
─ Desculpa, eu a convidei.
─ Espera. O que? ─ Arqueou as sobrancelhas. — Por que diabos?
─ Não me entenda mal. Eu quero que vocês se reaproximem, Mark.
─ Depois de tudo que ela causou e ainda continua causando?
─ Ela não fez por mal, Mark. ─ Tentou afirmar Jackson.
─ O que? Eu já confiei nela duas vezes, Jackson. E ela sempre se rebela de uma forma diferente. Deveria eu acreditar novamente?
─ Oppa... ─ Se aproximou mais um pouco dos dois. ─ Eu só queria conseguir te explicar tudo.
─ Eu já estou farto das suas explicações!
─ Por favor, oppa! Perdoe-me! Por favor! ─ Seus olhos começaram a lacrimejar.
─ Minah. ─ Jackson se aproxima dela.
─ Minah, eu já não sei se posso mais. — Mark suspirou.
─ Eu só quero que você possa me entender. Está tudo uma confusão.
─ Pare com isto! ─ Falou rispidamente. ─ Foi você quem causou isso tudo.
─... Eu só peço que... Me... Perdoe... Por eu não contar a verdade. ─ Disse com a voz embargada.
─ Ande, ande. Limpe sua face. Controle-se. Leve-a para casa, Jackson. ─ Reprovou o ato da garota. ─ Depois conversaremos. ─ Lançou um olhar mortífero para Jackson e um de desgosto para Minah. ─ Vamos. ─ Segurou em meu pulso, arrastando-me para longe dali.
─ O que aconteceu lá? ─ Perguntei confusa, mas não obtive resposta. ─ Mark? ─ Permaneci sem respostas. Ele estava altamente calado. Ouvia-se apenas a sua respiração irregular e nossos passos apressados pelas calçadas. ─ Mark...?
─ Eu não sei! ─ Largou meu pulso bruscamente, afastando-se de mim em dois passos.
─ V-Você está bem?
─ Se eu estou? ─ Um riso em deboche foi ouvido escapar dele. ─ Eu pareço estar? ─ Virou-se para mim.
─ O que aconteceu?
─ Eu estou queimando por dentro, Alissa. Estou quase explodindo. ─ Voltou a se virar de costas para mim. ─ Eu não estou mais aguentando isso... Não estou mais aguentando ela. Suas promessas em vão. Suas mentiras. Seus atos baixos. Tudo isso está me lotando.
─ Mas...
─ Não tem mais. Ela escolheu isso. Ela apenas está em choque por ter perdido definitivamente o "objeto" de fama dela. ─ Disse. ─ Ela não vai parar. É do tipo dela. Causar problemas, é o seu sobrenome. ─ Ergueu sua cabeça para cima, tomando ar. ─ Eu sinto muito por te envolver nisso, Alissa. Todas as provocações de Minah contra você... É tudo minha culpa. Eu sou o causador disso.
─ Mark, não...
─ A armação do namorado falso em seu primeiro dia na faculdade. As ameaças. As provocações... Eu sei de tudo. E sei que isso não vai ter fim! ─ Bufou. ─... Até quando eu não pôr um fim nisso.
─ Mark...
─ Eu não deveria ter proposto a ideia de te trazer para cá... Não deveria ter te deixado se apaixonar por mim... Eu não deveria ter me apaixonado... ─ Sussurrou.
Abri a boca para dizer algo, mas me calo ao ouvir ele falar novamente.
─ Eu realmente sinto muito. Eu percebi que não sou o causador do seu nervosismo e da sua calma. ─ Pausou tomando ar mais uma vez. ─ Mas sim a causa da sua destruição.
─ O que você quer concluir com isso? Quer... Acabar com tudo? ─ Não fui correspondida. Me aproximei dele. ─ É nisso no que está pensando? ─ Coloquei minha mão em seu ombro.
─ Alissa eu... ─ Suspirou.