Capítulo 15

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Era só o que faltava... Eu falava enquanto dormia?

E finalmente consigo me estabilizar por completo, ficando um pouco mais relaxada.

— Qual a faculdade que você está a procura? - Disse ao voltar a se sentar no chão do elevador.

— Artes.

— Hm... Interessante.

Apreciei o sorriso que tinha se formado em seus lábios. Eu nunca havia reparado em seus curtos sorrisos. Eles eram tão... Bonitos.

— Qual o curso?

— Eu sempre pensei em... Teatro. Mas, acho que não daria muito certo para mim. — Deslizei o meu olhar para o chão, com um sorriso fraco nos lábios.

— Por que?

— Bem, porque eu não teria tempo para isto. Além de que para pagar a faculdade, eu teria que arranjar, talvez, um segundo emprego.

— E as bolsas?

— Eu já tentei, mas... — Neguei com a cabeça.

Eu sempre tinha sido boa nos estudos, mas nunca consegui passar no vestibular. Impressionante. Minha única saída era pagar a faculdade inteira, mas não era tão fácil conseguir o dinheiro para as mensalidades. Eu até tentei começar a juntar todas as minhas economias, mas a quantidade que eu juntava, não chegava nem perto de pagar pelo menos seis meses de estudo.

— E por que não tenta de novo?

— Porque não iria adiantar de nada.

Tentei forçar um sorriso para convencer a mim mesma de que não adiantava batalhar por algo que provavelmente não daria certo.

As portas do elevador abriram-se, e dois senhores estavam ao lado de fora.

Eu sinto muito pelo o que aconteceu. Foi um breve defeito nos geradores, mas conseguimos dar um jeito.

O senhor sorriu para mim, e assim retribuí o sorriso, embora não tivesse entendido o que ele havia dito. Mark também sorriu e disse algo a eles. Saímos do elevador e continuamos com o nosso trajeto.

— Se importa se passarmos em um café antes? — Disse ao chegarmos ao seu carro no estacionamento. — Só preciso comprar algumas coisas para comer.

Afirmei com a cabeça e entrei no carro. Retirei o meu celular do bolso e vi que haviam quinze mensagens de Suzy, perguntando onde eu estava, por quê eu não estava mais falando com ela e entre outras. Eu estava apreensiva em contar para ela que eu não estava mais em Los Angeles, e sim quase do outro lado do mundo, o lugar onde ela queria tanto estar. Nem minha mãe sabia onde eu estava, e com certeza enlouqueceria se soubesse, por saber que eu vim parar em um lugar que eu desconhecia. E contar para Suzy, não seria diferente, já que tudo isso foi algo um pouco inesperado.

(...)

Paramos em frente a um café. Mark perguntou se eu queria ir com ele e disse que não demoraria muito, porém, eu preferi permanecer no carro e esperarar por ele. Dessa forma, ele seguiu sozinho até o interior do café.

Voltei minha atenção para a tela do celular e decidi responder Suzy enquanto esperava por Mark. Tentei acalmar ela e explicar que estava tudo bem, e que nos últimos dias eu não estava respondendo suas mensagens por minha vida estar sendo uma severa agitação, o que não deixara de ser verdade, já que os últimos dois dias estavam uma loucura em diferentes sentidos.

Notei um grupo de adolescentes mutuarem-se em frente ao café. Umas oito ou nove meninas. Observei impressionada para todas elas. Pareciam que estavam à procura de algo, e logo obtive a resposta ao ver Mark sair do café. Ele era a causa daquilo. Lembrei-me do que Elizabeth havia me dito mais cedo. Mark era uma espécie de Ídolo coreano bastante conhecido. Ele falou com algumas delas e depois despediu-se, voltando para o carro.

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora