Capítulo 19

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(...)

Soltei um suspiro pesado. Eu estava tão frustrada que não conseguia sequer pregar os olhos. As horas passavam lentamente e aquela noite parecia nunca ter fim. Eu não estava conseguindo dormir e muito menos pensar direito. Minah surgiu tão de repente, da mesma forma que esse sentimento involuntário por Mark transpareceu.

Estava uma completa confusão dentro de mim. Sem saída. Sem ajuda. Sem ninguém para alertar-me. Eu estava vivendo uma complexidade imensa, e com os pensamentos de horas atrás, tudo apenas se complicava ainda mais.

Desci do meu quarto e fui até a cozinha, e com passos lentos, posicionei-me até o fogão, aquecendo um pouco de água para fazer qualquer tipo de chá de ervas que me fizesse relaxar e dormir.

─ Ainda está acordada?

Elizabeth perguntou ao entrar na cozinha, ajustando um pouco mais o hobby em seu corpo.

─ Eu estou sem sono. ─ Permaneci com o meu olhar voltado a água que estava começando a ferver. ─ E você? ─ Perguntei aleatório.

─ Eu também estou. ─ Disse ela, indo até a geladeira e retirando uma jarra de água. ─ E a faculdade?

─ Uma decisão... Perspicaz.

─ Por que?

─ Eu terei que aprender um terceiro idioma. ─ Despejo o pó do chá na água fervente.

─ E daí?

─ Que não é fácil aprender um novo idioma! ─ Falei em um tom óbvio o suficiente para que ela pudesse interpretar certo.

─ Você se refere ao coreano?

─ Certamente.

─ Qual é. Coreano não é tão difícil assim!

─ Falar é fácil, para quem já sabe. ─ Resmunguei e me virei para o balcão, despejando o chá em uma xícara.

─ Você está cercada por coreanos, se é que percebeu. Para aprender seria bem rápido. Basta apenas você se interessar.

─ Só que... ─ Olhei para ela. ─ Nem sei se pretendo continuar aqui. Talvez eu devesse voltar para o Brasil.

─ E perder o seu emprego?

─ Eu estou prestes a perdê-lo de qualquer forma. ─ Me virei de costas para Elizabeth, escorando-me no balcão à espera do chá esfriar.

─ Eu sei de tudo o que aconteceu. Das confusões, mas... Sr. Tuan não faria isso com você.

─ Quem garante que não? ─ Franzi o cenho, olhando vagamente em direção a porta dos fundos, pensando nos motivos, dos quais eu já sabia, que levariam o Sr. Tuan a tomar esta decisão.

Escuto o meu celular vibrar sobre o balcão e vejo uma chamada de vídeo pedindo para ser confirmada. Era minha mãe. Ela me ligara após longos dias. Não hesitei em aceitar e logo sua imagem apareceu na tela do meu celular.

Alissa! ─ Um pequeno sorriso se abriu em seus lábios.

Mãe! ─ Sorri ao ver a sua face. ─ Eu estou com tanta saudade!

Iniciei passos até a porta dos fundos, saindo da cozinha e adentrando ao jardim. Caminhei até um lugar mais afastado da casa, onde eu pudesse conversar tranquilamente com minha mãe. Me sentei em um baixo batente branco, de frente a uma fonte de água, que no momento estava desligada.

Também estamos, querida!

─ Mãe... Tantas coisas aconteceram enquanto estávamos desconectadas uma da outra. Eu acabei saindo de Los Angeles e vindo para a Coreia junto com a família do Sr. Tuan. Não é louco?

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora