Capítulo 33

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"...Você só tem 24h para tudo estar acabado..."

Aquela frase percorria sem pausa por minha cabeça. Cheguei a várias vezes a desconcentrar das aulas por causa dela. Até onde Minah iria chegar? Ameaçar-me pela terceira vez? O que ela acha que irá ganhar com isso? A retribuição de sua paixão obsessiva? Acho que não!

─ Cuidado! ─ Recebi o alerta de uma garota que passava por mim pelo corredor, a qual acabei esbarrando sem querer.

─ Desculpa! ─ Pedi desculpas e me virei para os armários, encostando-me neles.

As suas ameaças, as suas provocações, já estavam saindo da linha. Se fosse apenas a mim que ela quisesse afetar, eu continuaria aguentando, mas, embora ela diga amar Mark, ela está querendo o ver destruído. Eu não entendo. Amar alguém é isto? Querer vê-la se destruir? Acabar com sua carreira? Sua vida? Acho que não. Minah está...

De repente me vi de joelhos no chão. Alguém havia me empurrado bruscamente. Minhas mãos latejavam e uma dor aguda se manifestou por meus joelhos.

─ Desculpinha!

Uma voz forçada para o tom de uma voz de criança percorreu por meus ouvidos. 

Ergui minha cabeça, dando visão a quem havia empurrado-me. Quem eu esperava. Minah estava com o seu bando ─ as quatro garotas que me abordaram mais cedo junto a ela ─. Suspirei. Minha vontade era de voar em cima dela. Mas eu não iria me manifestar agora, e muito menos aqui. Eu sabia que a hora dela chegaria, e tudo teria um retorno.

Olhei para uma das garotas. Eu deveria ter desconfiado que Adeline, a garota que havia dito coisas idiotas para mim ontem, durante a reunião no auditório, tinha algum laço com Minah. Eu deveria saber desde o momento em que ela disse que Minah e Mark ainda combinavam, como se quisesse me afetar. Não sei se exatamente todos pensam assim, mas a única que saberia bem sobre Mark e eu, seria Minah.

Eu estava quase com um olhar mortal enquanto olhava para as cinco garotas caminhando, ou melhor, rebolando pelo corredor entre risadinhas e conversas paralelas.

Tentei amenizar a fúria que percorria por meu corpo. Senti a mão suave de alguém em meu ombro.

─ O que está fazendo aí?

Era Mark.

─ Faz parte do seu curso? ─ Abaixou-se na altura em que eu estava. ─ Posso participar? ─ Perguntou com um sorriso inocente e fofo em seus lábios.

As vozes de garotas gritando "oppa" pelo corredor soaram feito eco.

─ Huh? É... É que... Eu desequilibrei e... Caí.

Embora eu quisesse gritar para todo mundo que Yoon Minah era uma cascavel, se é que já não sabem, eu não queria atormentar Mark com algo que eu saberia que não iria sair mais de sua cabeça.

─ Levante-se. ─ Estendeu sua mão. ─ Eu acho que irei precisar te alimentar muito bem. ─ Disse entre risos.

─ Obrigada. ─ Ri anasalado.

Um grupo de meninas se aproximou de nós. Algumas estavam encantas por Mark ter me ajudado a levantar. Algumas só entravam em pânico e outras pediam autógrafos. Soltei um riso baixo e dei um sorrisinho ao ver todas aquelas garotas o admirando. Mas como tudo tem um fim, a subdiretora apareceu, e de um jeito nada amigável.

Suas desinteressadas! Voltem já para as suas salas! O intervalo já acabou! ─ Seu tom de voz soou ríspido.

Mas subdiretora... Não tocou o sinal ainda...

Ela não deixou sequer a menina concluir com o que iria dizer.

Você que dita as regras? Huh? Se não quiser que todas sejam levadas até a diretoria... SAIAM!

─ Aish... Louca. ─ Cochicharam algumas garotas.

Olhei para Mark receosa e depois para a subdiretora, que me lançou um olhar furioso.

─ E você? Não ouviu o que eu disse?

─ Eu... Ainda tenho um tempo livre, senhora...

─ Você é idiota? ─ Ela quase gritou. ─ Já não basta você causar problemas e ainda acha que pode ir contra o que eu digo?

─ Mas...

SAIA!

─ Ei! Não fale com ela assim! ─ Reclamou Mark.

─ O que?

─ Não precisa falar assim com ela, sendo que ela respondeu educadamente.

─ O que? ─ Ela parecia não acreditar no que ele havia dito. Um sorriso sarcástico se apossou de seus lábios. ─ A faculdade é minha!

─ Ela não é sua. E sim do pai da Srta. Kim! E mesmo assim, isso não te dá o direito de gritar com os alunos sem ter motivos.

─ Ah. Tá de brincadeira? ─ Riu irônico. ─ Se eu quiser, eu posso expulsá-la a qualquer momento.

─ Tudo bem, expulse-a. Há outras faculdades por aí, e acredito que ainda melhores.

─ Mark... ─ Sussurrei o seu nome ao ver o clima ficar tenso.

─ Sério? ─ Ela parecia ainda não acreditar no que Mark dizia. ─ De qualquer forma, não dou nem um mês para essa aí. ─ Me olhou de cima à baixo.

─ Por que? Vai continuar apoiando que a sua filha faça os seus joguinhos contra ela? ─ Franziu o cenho. ─ Você acha que eu não sei que você aprova o que Minah faz?

Minah?

─ Minha filha não faz nada!

─ Qual é, Mi-Cha? ─ Riu anasalado. ─ Tanto eu quanto você, sabemos bem o motivo de Minah agir contra Alissa. E só quero que saiba que nunca mais vai ter volta. EU. Desprezo Minah. E vou continuar desprezando-a mais ainda se persistir nisso... E você também, se continuar aprovando as idiotices dela.

Mark pegou em minha mão e me puxou pelo corredor, tirando-me dali.

(...)

Sentei-me ao seu lado no banco do parque e o entrego um dos copos de café que eu havia comprado.

─ Obrigado. ─ Pegou o copo de café. ─ Eu sinto muito por você ter presenciado aquela discussão.

─ Tudo bem. ─ Dei de ombros. ─ Eu não ligo. Apenas achava que havia respeito entre vocês. ─ Digo brincalhona e solto um riso fraco.

─ Sim. Temos respeito com as pessoas, mas não com uma espécie de bicho feito Mi-Cha e a cria dela. Desculpa. ─ Desculpou-se ao achar que me ofendera ao ter falado aquilo em minha frente.

─ Por que? Por que Minah me odeia? E... Por que a subdiretora... A aprova?

─ É apenas falta do que fazer. ─ Deu de ombros. ─ Apenas peço que não ligue para isso. E que não deixe o que Minah fala... Te afetar. É o estilo dela. Causar pânico nas pessoas.

Deslizei o meu olhar para o gramado verde, soltando um suspiro. E em pensar nas bobagens que eu cometi e que iria cometer por causa dela...

─ Ela já te subornou?

Perguntou ele, puxando minha atenção inesperadamente.

─ Ela costuma fazer isso. ─ Olhou para mim. ─ Se ela tiver ousado, será a gota d'água.

─ O que você vai fazer?

─ Nada. Só algo que ela mereça. ─ Bebeu um pouco do café.

─ Qual a história de vocês?

─ Nada que seja bom relembrar. Vamos? ─ Levantou-se do banco.

─ Ah. Claro. ─ Levantei logo em seguida. ─ Eu queria poder entender tudo... ─ Suspirei e comecei a caminhar ao lado de Mark pelo parque, mas paro logo em seguida, apreensiva. ─ Aquele... Aquele é o meu pai? ─ Arregalei os olhos ao ver um senhor arranjando confusão. 

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora