─ Você saberá, se não fizer o que eu estou pedindo. ─ Expôs um sorriso pequeno em seus lábios.
─ Hm... ─ Faço uma cara brevemente pensativa, fingindo estar desentendida. ─ O que você estava pedindo mesmo? É de comer? ─ Digo irônica com um sorriso ameninado nos lábios.
─ Ora, Alissa! ─ Apoia suas mãos sobre o balcão. ─ Você não está facilitando...
─ E por acaso você acha que eu quero facilitar? ─ Sorri maliciosa e bebo a água do copo.
─ O que... ─ Estreita os olhos. ─ Não... Sério? ─ Franziu o cenho e soltei uma risada após ver que ele estava entendendo o que eu queria dizer. ─ Você é uma garota muito pervertida, Mary Alissa Parker!
─ Aprendi com o melhor. ─ Pisco para ele e me viro para a geladeira, guardando a jarra de água.
─ Eu não sou pervertido! ─ Protestou.
─ Cada um imagina o que quer. ─ Mordo o lábio inferior, permanecendo com um sorriso divertido nos lábios. ─ De todo modo... Não sabemos o que se passa na cabeça um do outro.
─ Você está nua na minha cabeça agora.
Disse ele de tal modo que me virei rapidamente para olhá-lo, aturdida.
─ Você disse que não sabíamos o que se passava na cabeça um do outro. Agora você já sabe o que se passa na minha. ─ Inclinou-se sobre o balcão, apoiando os seus cotovelos nele e deixando um sorriso ladino nos lábios.
─ Está falando... Sério? ─ Digo quase não possuindo reação alguma.
─ "Cada um imagina o que quer." ─ Repetiu a frase que eu havia dito há momentos atrás e piscou para mim, voltando a sua posição ereta e caminhando para próximo a saída da cozinha. ─ E... ─ Se vira para mim. ─ Não tente bancar uma de espertinha comigo... ─ Desta vez, abriu um sorriso travesso. ─ Não posso garantir quando um pervertido irá atacar.
Morde o lábio inferior, e por fim, sai da cozinha, deixando-me lá sozinha novamente sem quase nem conseguir raciocinar direito.
(...)
Um alto barulho se alastrou pela casa, fazendo-me acordar atordoada. Olhei para os lados e percebi que Allison também havia acordado, a mesma parecia um pouco assustada.
─ O que foi isso? ─ Perguntou ela, cobrindo-se com os panos.
─ Não sei. Onde está Sunny? ─ Perguntei ao perceber que a mais nova não se encontrava no quarto.
Logo um receio de algo ruim ter acontecido tomou conta de mim. Levantei quase em um pulo. Sem me importar de estar vestida com um short hollister severamente curto e uma camisa death metal quase o dobro de mim, abri a porta do quarto e corri em direção a onde o barulho havia vindo.
─ Sunny? ─ Olhei para os lados e parei na entrada da cozinha, vendo a pequena ajoelhada no chão. Mark se aproximava com um pano em suas mãos. ─ O que aconteceu? ─ Perguntei preocupada.
O mesmo não respondeu e se aproximou da mais nova, levantando-a do chão e a pegando em seu colo.
─ Eu sinto muito... ─ Disse ela em um sussurro, escondendo a sua face nos ombros de Mark.
─ O que aconteceu? ─ Perguntei mais uma vez, ficando aflita.
Dei dois passos para frente e percebi o que havia acontecido. O chão estava tomado de água e haviam vários pedaços de vidro. Logo me dei conta de que Sunny havia acabado de quebrar uma jarra de água.