Capítulo 38

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─ Devemos acabar? ─ Sussurrou ele.

─ Por que está tão preocupado comigo quando... Deveria estar preocupado consigo mesmo? ─ Me aproximei mais de seu corpo, encostando a minha testa em suas costas. ─ Abandonar o barco em meio ao alto mar... É cometer suicídio. Você não desistiu de mim quando eu não quis mais vê-lo... Você insistiu. Tentou de todas as formas mostrar que Minah apenas pertencia ao seu passado. Se tivermos algo para enfrentar... Que enfrentemos juntos! Eu e você.

─ Eu quero. Acredite.

─ Não se sinta culpado por não poder resolver todos os problemas. Há dias de ganhos e perdas. E esse é só mais um. Desistir de tudo? Depois de tantas coisas? Por quê?

─ Alissa... ─ Respira profundo. ─ Eu preciso de um tempo. ─ Virou-se para mim. ─ Não de você. ─ Disse breve. ─ Eu logo voltarei ao trabalho. Precisarei estar descansado mentalmente. Eu sinto muito por tudo. Por hoje... Ontem... Principalmente por amanhã. Por eu não poder estar aqui quando você estiver completando vinte e três anos.

─ Mark...

─ Só... ─ Fechou os olhos, soltando um longo suspiro. Desceu sua mão até o bolso da sua calça, retirando novamente a caixinha de antes. ─ Pegue. ─ Me entregou. ─ Deveria ser as alianças do nosso compromisso... ─ Mostrou-me o par de pequenas alianças unidas dentro da caixinha. ─ O moço que me vendeu disse que se as usássemos... Estaríamos interligados para sempre. ─ Abriu um sorriso fraco. ─ Fique. ─ Entregou a caixinha com as duas alianças. ─ Quando olhar para elas... Não se recorde do dia de hoje. Mas sim... Da nossa primeira vez juntos.

─ Isso só pode ser brincadeira... Mark Tuan. ─ Sinto os meus olhos arderem.

─ Eu irei... Mas voltarei. Eu prometo. Eu só preciso de um tempo. Juro. E logo tudo estará como antes. Você bem. Alegre e... Sem preocupações.

─ Mas... ─ Acabo deixando lágrimas escorrerem por minha face ao entender o que ele queria dizer. ─ Não existia isso, antes de você. ─ Fungo. ─ Por que? Apenas me responde... Por quê... Mark Tuan?

─ Eu não aguentarei mais te ver sofrer...

─ Então não vá embora.

O seu olhar estava desanimado. Os seus olhos avermelhados, combinando perfeitamente com a cor em que o seu nariz estava, como se estivesse prestes a chorar. Mordi meu lábio inferior tentando cessar o nó formado em minha garganta. Por que estava acontecendo aquilo? Eu não entendo... Acabei o abraçando fortemente. Enterrei minha face em seu peito, sentindo o seu cheiro que eu tanto amava sentir. Seus braços envolveram-se por minha cintura, retribuindo aquele abraço.

Por que...? ─ Minha voz soa abafada. ─ Por que?

─ É só um tempo... Tudo voltará como era antes. Você vai ver.

─ Você está falando sério mesmo? ─ Me afasto de seu peito e enxugo minhas lágrimas. ─ Você sabe que não.

─ Eu prometo. ─ Segurou em minhas mãos.

─ Como posso confiar em você se... Você está fazendo isso comigo?

─ Porque... Quando comprei essas alianças... Eu pensei no nosso "para todo o sempre".

─ Mas você foi o primeiro a desistir... ─ Sussurro. ─ Pegue. ─ Entrego a outra aliança para ele. ─ Se quer que eu confie em você... Use-a. E então eu me sentirei da forma que tanto quer... Ou tentarei.

─ Tudo bem. ─ Pegou a aliança, colocando-a em seu dedo indicador. ─ Me prometa que irá se cuidar.

─ Não prometerei nada. ─ Limpo minha face.

─ Até qualquer dia... Alissa. ─ Sorriu fraco e beijou o topo da minha cabeça. Passou ao meu lado seguindo reto para o caminho que iria iniciar.

Fechei meus olhos e apenas deixei as lágrimas tomarem conta de minha face.

(...)

─ Sem querer me intrometer... Eu acabei escutando a sua discussão com Mark. ─ Minah senta no chão ao meu lado.

─ Huh? ─ Funguei e limpei rapidamente o meu rosto.

─ Lamento por vocês terem terminado dessa forma. E... Por eu ter sido o motivo. ─ Entortou os seus lábios para o lado, como se estivesse triste.

─ Tudo bem... Não se culpe. ─ Olho para minhas mãos sobre o meu colo.

─ Talvez seja melhor assim. Não acha? ─ Me olhou.

─ Como? ─ A olhei interrogativa.

─ Eu gostaria de me desculpar antes, pelo que eu vou falar, se caso te afetar... ─ Disse ela me fazendo arquear as sobrancelhas, a espera de que ela falasse. ─ Mas, Mark tem uma vida agitada. Você poderia sofrer por causa disso. E ele só está querendo te proteger.

─ Tudo bem... Isso não tem mais importância. ─ Volto a fitar minhas mãos.

— É sério, garota. Uma vida em meio a fama, não é nada fácil. As pessoas parecem loucas.

Estranhei o seu modo de falar, estava diferente. Realmente não se parecia em nada com a Minah desprezível.

─ Dar um tempo as coisas sempre é bom. — Mexeu os ombros.

Para onde foi parar aquela Minah antiga?

Oops... » Mark Tuan Onde histórias criam vida. Descubra agora