Cuidado Com As Palavras

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O café da manhã havia se tornado um momento obrigatório ao invés de prazeroso naquele castelo. Sempre uma empregada subia para cada quarto com uma bandeja, e logo em seguida, saia de mãos atadas. A mesa nunca mais foi usada.

E sempre depois das refeições, Alya se preparava e ia para o canto mais espaçoso do castelo. O salão de baile número três. Estava totalmente vazio, e há tempos não era reformado e usado.

Alya fechou os olhos, e respirou fundo.

Alya: Transformar. -Ao abrir os olhos, sentiu cada veia de seu corpo pulsar em adrenalina. Ela logo saltou entre as paredes, correu no teto, e ao cair no chão ela destruiu uma parte dele com sua flauta.

Com um mortal para trás, ela tocou sua flauta novamente e apontou para o lustre empoeirado. Ele iria cair em cima dela, mas ela se manteve no mesmo lugar.

E em questão de segundos, cacos de vidros e todo o tipo de ferro que segurava o enorme lustre se espalhou pelo chão assim que foi de encontro com o mesmo. Por ele ser grande e espaço, ele passou reto por Alya. Que acabou ficando entre um dos grandes círculos do lustre.

De olhos fechados, ela saiu dele sem dificuldades. Prometeu a si mesma que não voaria dessa vez. Hoje, esse era seu desafio.

Tocou uma melodia diferente no instrumento poderoso, e apontou para a extensa janela. Mas, a bola de luz se formou do outro lado da flauta, destruindo uma parte da parede.

Alya: Ainda não está pronto... -Murmurou. Fitando a flauta em suas mãos.

Turtle: Ao contrário de você, que nunca deixou de estar preparada. -O mesmo apareceu, batendo palmas. Alya ficou indiferente. - É. Nem vamos precisar mais contratar alguém para demolir isso aqui...

Ele rapidamente coloca seu escudo na frente do corpo assim que viu que iria ser atingido. Assim que o ataque foi impedido, ele a olhou assustado.

Alya: Se está vestindo assim, é por um motivo. -Disse friamente, em posição de luta.

Ele ergueu em um movimento rápido as sobrancelhas, ficando do mesmo modo, em posição.

Não demorou para que Alya avançasse, já tocando sua flauta na direção dele. Ela estava irritada, e ele percebeu sem entender o motivo.

Ele optou por rolar para a esquerda, e lançar o escudo em sua direção. O objeto foi por trás dela para lhe atingir nas costas. Ela apenas pulou ficando em cima dele, e quando a arma foi voltada para o Nino, ela lhe deu um forte soco que o fez cair no chão.

Ele rapidamente se levanta, e ativa seu poder ganhando tempo e arrancando a flauta de suas mãos. Quando tudo volta ao normal, ela se vira com o semblante sério. Em um único pulo alto, ela chegou na frente dele, e começaram a trocar habilidades de luta corpo a corpo.

Nino: Uou. Parece que alguém anda querendo descontar a raiva em alguma coisa. -Disse formando um escudo com as mãos na frente do rosto. Impedindo um soco dela.

Alya: Prefere que eu desconte em alguém? -Disse, irada. Tentando dar uma rasteira no mesmo, mas sem sucesso.

Nino: E esse alguém tem que ser eu?! -Reclamou. Segurando em um dos braços dela.

Ela abaixou a guarda. Mas não durou mais que três segundos. Tentou desferir um outro soco nele, mas ele desviou.

Alya: Você está aqui agora, não está?! Me surpreende que tenha deixado a loira azeda de lado. -Falou sem pensar. Revirando os olhos pelo próprio ato.

Mais um soco mal sucedido, e ele segurou no braço restante dela. Ele a olhava com o cenho franzido, e a boca entreaberta. Ela o olhou ainda com raiva, mas com tristeza nos olhos.

Mais irritada, ela tentou de todas as formas se livrar dos braços dele. Mas isso só serviu para ele a aproximar mais de si.

Nino: ...Eu não estou conseguindo processar isso. -Continuava com a mesma expressão.

Alya: Quer que eu desenhe? Vá lá. Vá com ela, ela deve estar te procurando pelo castelo inteiro. -Continuava se debatendo, mas conforme ela fazia isso, mais ele se aproximava. Ela parou.

Ele não aguentou, e riu. Riu alto o suficiente para ecoar pelo cômodo inteiro. Como se possível, a raiva dela só aumentou.

Nino: Eu não sei se acho graça, ou se fico com raiva. -Limpou uma lágrima imaginária.

Alya: Raiva?! Raiva?! -Elevou seu tom de voz. O olhando incrédula.
Nino sabia que não podia de maneira alguma atiçar a fera. Mas não estava se importando nem um pouco com isso agora. 

Alya: Você ter raiva?! É isso o que eu ouvi, Nino?! Eu não tenho motivo nenhum para ter, não é? E pode tirar esse sorriso besta da cara senão eu... -Parou de falar quando sentiu a língua de Nino entrelaçar com a sua. Ela batia em seu peito, mas ele não cessava e nem se afastava. E aos poucos, os leves socos dela foram enfraquecendo conforme ela se entregava ao beijo.

Nino: Sério, como consegue ser tão boba? -Acariciou sua bochecha. Aproveitando o tempo em que ela se acalmou. -Mais de dez anos de casados e essa cabecinha dura continua trabalhando o que não existe. -Reprimiu uma risada.

Alya: ... Detesto quando faz isso. -Abaixou o olhar.

Nino: Isso o que?

Alya: Me cala com um beijo! No meio do meu ataque de raiva! -Ele riu mais uma vez. Ela fechou a cara.

Nino: Alya, eu vou repetir o que eu repito pra você há anos: eu te amo. Eu TE amo. -A olhou nos olhos. -Francamente, depois de tudo o que passamos para ficar juntos. Depois de tudo o que fiz. As noites mal dormidas pensando em você, a raiva de cada homem que ousava te cantar. Te admirando de longe, nunca tendo coragem de dizer um simples bom dia. -Ele conseguiu a atenção dos olhos castanhos para ele. -Você sempre foi a única pra mim, porque isso mudaria agora?

Alya se encolheu.

Alya: Você ... sabe como sou... -Olhou para o chão.

Nino: Eu sei bem como você é. Nem sei como ainda me surpreendo. -Sorriu de canto. Recebendo um abraço forte e desesperado da morena. Ele rapidamente correspondeu.

Alya: Desculpe. -Lhe deu um selinho demorado. Segurando em seu rosto.

Nino: Ah, não se preocupe. É até fofo. -Ela riu. -Vem. Vamos comer alguma coisa.

Abraçados, caminharam lentamente até a porta. Desviando do cenário destruído.

Alya: ... Não vai me explicar o que tanto conversavam naquele quarto? -Não resistiu, e perguntou.

Nino: Não. -Sorriu, vitorioso.

Alya: Quer dormir no quarto de hóspedes?

Nino suspirou. Logo, os dois saíram deixando suas risadas ecoarem pelo extenso lugar.



LU :v



Justificação: Percebi que, não tinha feito um especial de Alyno por aqui. Então, vendo que Alya estava meio paranóica, então porque não?

Espero que tenha sido de seu agrado. Sabe, a história ta meio tensa, ainda mais com tantos obstáculos para Emma e Thomas se preocuparem. Acho que eles precisam relaxar...

ENTÃO É ISSO, MEU POVO! SE PREPARA PORQUE O PRÓXIMO CAPITULO PROMETE SURPRESAS QUE ESTAVAM EM UM COCHILO PROFUNDO POR AQUI! VOTA SE APROVOU E COMENTA O QUE ACHOU! EEEEEEE DE AAAATEEEEEEE AAAAAAAA PROOOXIIMAAAAA FAFAFFAFADAFATAFAFAFAFA


















( The Chainsmokers )


(FELIZ PÁSCOA!)

O Que a Máscara Esconde... Um Desfecho DesconhecidoOnde histórias criam vida. Descubra agora