Os dias passaram lentamente, sem nada de extraordinário pelo castelo. Nathaniel, o Rei, precisou dar mais atenção a seu reino do que acontecia dentro de sua própria casa. Emma passava cada vez mais mal, e isso preocupava tanto por não saber se era realmente seu filho, ou a relação que ia de mal a pior entre seus pais. Alya ficou responsável por todas as refeições do castelo, já que prometeu a Marinette que ocuparia a cabeça. Thomas e Nino precisaram igualmente concentrar suas atenções no reino, ajudando ao Rei com seus problemas cotidianos.
Mas hoje, seria diferente. A partir deste dia, nada mais viraria rotina para os visitantes e os moradores fixos. Após tantos exames, o médico responsável pelo caso de Marinette tomaria sua decisão de cura da senhorita, para ela finalmente sair daquele quarto e poder voltar para sua vida e seu reino.
Isso, se essa for sua decisão.
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Emma se levanta, exausta. Já começou seu dia preocupada, como virou de costume. Havia acabado de acordar, o porquê de tanta fadiga?
Ela sabia o porquê. Mas isso a preocupava.
Marinette: Filha? Já acordou? -Entrou em seu quarto com uma bandeja de café em mãos. -Veja, hoje lhe trouxe algumas torradas com... Emma?
Ela finalmente a olhou, levemente assustada.
Emma: M-Me... me perdoe. -Passou a mão na testa. -Estou sem apetite.
Marinette a encarou parada por um tempo, até deixar a bandeja na beirada dá cama enquanto sentava em sua frente.
Marinette: Seu bebê está. -A olhou seriamente. -Emma, o que foi?
Emma: Eu estou muito preocupada. -Disse com a voz fraca. -Não sei se essas minhas tonturas, enjôos, exaustidão e etcetera são causados pela gravidez ou... ou se são os negativos sentimentos de suas versões.
Marinette a escutava atentamente.
Emma: E o pior... -Limpou a garganta. -E se isso for um sinal de que o bebê está sendo prejudicado? Mãe, e se eu... e se eu...
Marinette: Pare! Pare de pensar besteiras! -Pegou em seu braço. A fazendo olha-la. -Emma, não diga uma coisa dessas nem de brincadeira. Sabe que não é verdade.
Emma nem percebeu que já estava chorando. Sem desviar o olhar de sua mãe.
Marinette: Você não irá perder esse bebê. Você é forte. Não deixe que esse sentimento de incapacidade te domine, você não é assim. -Franziu o cenho. -Você não irá perder este bebê.
Emma igualmente franze o cenho, limpando o rosto com brutalidade.
Emma: Eu não vou perder este bebê. -Sua voz estava carregada de determinação. Mas a seriedade a tempos não saia de seu rosto.
Marinette: Bom. -Se levantou. -Coma bastante. Quero esta bandeja vazia quando eu voltar. -Abriu a porta, saindo do quarto em seguida.
Emma fita os alimentos, e sente enjoo apenas de olha-los. Engole esta sensação, e começa pelas frutas cortadas.
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Thomas anda pelos corredores a procura de paz. Mas não encontraria ali. Naquele castelo. Naquele reino. Naquele tempo.
Seu turno havia acabado de terminar, e todos aguardavam pela tarde chegar logo. O próprio médico indicou que daria sua resposta definitiva sobre a saúde de Marinette no escritório do Rei.
Suspirando, ele se sentiu pouco nostálgico. Lembrava da amizade que tinha com seu pai na adolescência, que só aumentou com o tempo. Sua mãe desinibida, alegre, engraçada... sorriu contido. A falta de seus pais sempre aparecia sem avisar.
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O Que a Máscara Esconde... Um Desfecho Desconhecido
Fanfic3° LIVRO DA SAGA Tempo. Tão generoso, tão perigoso O mesmo não pode ser domado ...Ou pode? Não brinque com o que não conhece Não mexa com o que não sabe Você pode ver, se quiser Mas precisa ter coragem