Quando o Amor está no ar

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 Quando o Amor está no ar

Raquel ficou preocupada com a irmã e resolveu ir vê-la. Quando Micaela abriu a porta e se deparou com a irmã, começou a chorar, seu rosto estava inchado e arranhões, Raquel se encheu de raiva pela irmã não ter dito não a aquele ser que tanto a fez sofrer.

- Desculpe Raquel, me perdoa, eu... eu.. Diz Micaela abraçando a irmã que retribui o abraço com carinho, Cael está observando elas e se sente ainda mais atraído por Raquel, pois apesar de está com raiva, ainda mostra um grande carinho pelo irmã.

- Só prometa que vai me escutar da próxima vez? Diz Raquel alisando os cabelos da irmã e a levando até o sofá, elas se sentam e Micaela deita a cabeça no colo da Raquel.

- Ele me bateu porque chegou bêbado, eu não tinha feito janta, pois estava cuidando da Liv, ele ficou furioso, disse que eu não queria cuidar dele só da menina, nós discutimos e ele disse que por isso odeia ela, porque me tirou dele, eu expulsei ele de casa, e ele me bateu Raquel, como se eu fosse um animal selvagem, eu me odeio por ter deixado ele ficar, eu me odeio por ter te expulsado da minha vida. Diz Micaela chorando, a irmã só continuou a alisar seus cabelos e chora junto.

Cael observa aquela cena e fica irritado com Andrew, elas não merecem passar por isso e Raquel sofre muito quando Micaela não está bem, isso faz com que ele também não se sinta bem, Cael se aproxima e vê sua amada a chorar e sente um peso no peito, é isso que amar? Ele pensa, sentir a dor da outra pessoa? Sentir desespero ao vê- la sofrer e ter vontade de fazer qualquer coisa para que ela se sinta feliz? Cael agora sabia que estava apaixonado por ela e que não era só atração física, ele sabia que estava condenado, pois se os mestres descobrirem, irão fazer de tudo para acabar com esse amor proibido, e Cael não está disposto a perdê-la.

Depois de deixar Micaela chorar por um bom tempo, Raquel se levanta e puxa a irmã até o banheiro, Cael ameaçou vir junto, mas com apenas um olhar ele entendeu que não dava para acompanhá-las, entraram e Raquel começou a despir a irmã e ajudou a tomar banho, era o máximo que poderia fazer por ela, que se sinta amada e cuidada por alguém, Micaela deitou-se na banheira ainda chorando e Raquel esfregou suas costas e lavou seus cabelos, o choro foi diminuindo enquanto relaxava, depois depositou um beijo terno na mão de Raquel.

- Obrigada por não me deixar, e por cuidar de mim. Diz Micaela com voz rouca de tanto chorar.

- Vou estar sempre aqui para vocês! Diz Raquel se levantando - Vou olhar a Liv, fique mais um pouco e relaxe.

- Obrigada - Diz Micaela, Raquel vai até o quarto e encontra Cael ninando sua sobrinha e fica o observando, ele tem jeito com crianças, sorri e se aproxima do seu anjo amado, deposita um beijo em sua bochecha, ele a olha e sorri docemente.

- Ela estava resmungando, fiquei com medo de começar berrar e atrapalhar vocês, então a peguei e veja só, já está dormindo - Diz ele todo bobo que conseguiu fazer a Liv dormir, Raquel acaricia o rosto da menina e sorri para ele.

- Ela é muito boazinha, e muito sortuda por ter um anjo babão como você a protegendo - Diz Raquel e Cael a olha sorrindo. Coloca Liv no berço e vai até Raquel lhe dando um beijo doce, ela envolve o pescoço de Cael e faz carinho em seus cabelos finos e sedosos, eles se afastam e colam as testas, ficam se encarando.

- Não podemos contar a ninguém o que estamos fazendo meu amor! Se meus mestres descobrirem, vão me castigar, me prometa que ninguém saberá sobre nós? Cael pergunta temeroso.

- É o nosso segredo! É o nosso amor! Responde Raquel com os olhos brilhando.

- Não quero mais viver sem você minha doce Raquel! Cael diz fazendo ela sorrir.

- Nem eu sem você, meu anjo! Diz Raquel, eles escutam a porta do banheiro se abrir e Cael sai do quarto para deixa-las a vontade, vai para fora e espera sua amada decidir ir para casa, quando resolve ir, já é tarde e pega sua mão para acompanhá-la.

A noite estava fria, mas ambos não sentiam o ar gelado que os cortava, sozinho de mãos dadas eles caminhavam devagar, como dois adolescentes recém apaixonados.

- Acho que deveria ficar para protegê-las, ainda é lua cheia Cael - Comenta Raquel preocupada.

- Eu sei, vou apenas leva-la até em casa, ou vou ficar preocupado - Diz Cael, fazendo Raquel sorri timidamente.

- Eu posso me defender sabia? Na verdade deveria tomar conta para que eu não machucasse ninguém, tem hora que não consigo impedir que a transformação aconteça quando é lua cheia - Diz Raquel e o anjo assente.

- Sei que pode se defender, mas sei também que ainda não cruzou com outros seres que por sinal são inimigos dos lobisomens, um exemplo vampiros! Você sabia que se um vampiro morder um lobo, o veneno é fatal, vocês não sobrevivem - Diz Cael assustando Raquel.

- Sério? Vampiros também existem? Pergunta ela mais curiosa do que com medo.

- Existem e são sanguinários ainda mais que os lobisomens, são perigosos apenas nas dez primeiras luas cheias, depois conseguem se controlar, mas os vampiros estão sempre com sede, apenas os mais antigos são mais discretos, além de muito poderosos, quanto mais velho, mais o sangue desse ser é perigoso, então uma mordida de um vampiro em um lobo é fatal, não pode confiar neles em uma luta eles sempre vão atacar seu pescoço e provocar sua morte. Cael explica e Raquel assente.

- Vou tomar cuidado com eles então, não quero morrer ainda - Diz Raquel no momento que chegaram em sua casa, entram e Cael a beija carinhoso, depois ela aprofunda o beijo e morde os lábios de seu amado, o provocando arrepios e Cael geme de desejo, ele pega seu rosto entre as mãos e encosta suas costas na parede, Raquel entrelaça sua cintura com as pernas e o trás para mais perto, continuam com beijos ferozes e famintos, Raquel geme, e Cael trilha com sua mão o corpo esguio e firme de sua amada, então ele se afasta ofegante, com os olhos azuis brilhando e dilatados de desejo, Cael brilha um pouco, fazendo Raquel se lembrar que ele é uma anjo e soltar a pergunta.

- É verdade que anjos são assexuados? Pergunta ela e Cael ri alto.

- Alguns sim, apenas anjos de alto escalão, esses são anjos frios e muito antigos, eles praticamente já viraram pedras, pois apenas tomam conta dos céus para que mal intencionados não tentem fazer mal ao mestre. Diz o anjo.

- E você? Pergunta Raquel ficando vermelha.

- Eu posso amar, posso transar, sou apenas um guardião e vivo mais na terra que no céu, porém não posso me envolver com seres do submundo, mas você é... - ele respira fundo e fala tímido - É diferente pra mim, eu não consigo me afastar.

- Fico feliz em saber que gosta tanto de mim quanto eu de você, e não importa o que aconteça vamos lutar por nosso amor - Diz Raquel como se estivesse em um romance clichê e o beija docemente e depois se afasta e da um tapa nele, que a olha chocado!

- O que eu fiz? Pergunta ele esfregando o peito, ela é forte. Raquel não quis dar um tapa forte, mas ela ainda tem dificuldade de controlar a força.

- Estamos nos distraindo, vai proteger minha irmã! Cael gargalha, lhe dá um selinho e parte, o dever o chama.

Entre as Trevas e os CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora