Henry, Cecília e Rayran

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Henry, Cecília e Rayran

Henry via Cecilia acabar de ajeitar o vaso de rosas sobre o balcão, ele não sabia por que ela comprava todos os dias flores para colocar naquele vaso antigo de cristal, se ela poderia muito bem pedir para ele e com um estalar de dedos colocaria rosas bem mais vermelhas que aquelas. Mas ele até que gostava do jeito de Cecília, sorriu ao lembrar da cara de sua mãe quando veio tirar satisfação com ele, sobre o motivo de contratar sua filha para o trabalho, ela se assustou ao vê-lo, Henry sabe que ela o reconheceu na hora, afinal eles já se viram quando ela era ainda um anjo do céu, a conversa foi tensa, mas por fim ele a convenceu que não tinha nada por trás, a sua filha precisava de um emprego e ele a contratou.

Cecilia leva o vaso para o depósito, Henry vê e sabe que ela esqueceu de colocar água no vaso novamente, balança a cabeça rindo daquele anjo atrapalhado, mas ela é tão organizada que até colocou em ordem todos os livros da loja de forma a receber o prêmio nobel.

Ele escuta alguém entrar na livraria e vê o amigo com um sorriso no rosto, Henry sabe muito bem que ele não veio só para uma simples visita.

- Rayran meu velho - Henry sorri para o amigo, que não retribui o sorriso

- Velho é você - agora ele ri - Eu só tenho 25 anos

- Com mais um zero na frente - Rayran revira os olhos - Então está atrás de qual livro? - Henry sai de trás do balcão indo ao encontro do amigo que passa o dedo sobre os livros.

- Isso está limpo demais - Rayran olha para Henry curioso - Como consegue manter isso nessa ordem tão - ele pensa - organizada, acho que é essa a palavra.

- Mágica humana - ele diz rindo - quase humana - conclui.

- Até me causa enjoo, essa organização toda - Henry ri, Rayran e seu humor infernal.

- Então qual é o livro de hoje?

- Não é exatamente um livro que preciso.

- Da ultima vez você me deu problemas, qual é a dessa vez? - Henry diz um pouco mal humorado - Vai querer sangue de lobo? 

Rayran torce a boca lembrando do lobo em sua casa.

- Não, eu quero informações e sei que você tem bons ouvidos

- Não sei tanto assim - Henry diz entediado e se apoia na estante.

- Já ouviu falar de ... - Rayran se volta para o balcão - ANJO

- Claro que já ouvi falar em anjos Rayran - Mas Henry não havia notado que o amigo havia colocado às pressas para fora e olhava em outra direção, procurou e viu Cecília com as asas aberta e o vaso no chão aos seus pés, quebrado.

- Esse vaso me saiu uma nota preta Cecília - Henry diz.

- Essa merda de vampiro, eu vou acabar com você, perdi o último emprego por tua causa.

- Eu é que vou chupar todo o seu sangue, me fez perder a caça.

Cecília voa para cima de Rayran, mas Henry a imobiliza, fazendo o mesmo com Rayran.

- Vejo que já se conhecem - Henry pergunta se divertindo com os dois tentando se mexer, ele havia deixado só as cabeças sem a imobilização.

- Henry, ela é um anjo?

- Eu sei que ela é um anjo Rayran.

- Esse vampiro não vale nada.

- Obrigado pelo elogio, mas você também não vale uma moeda - Os dois rangem os dentes.

- CHEGA - Henry grita - eu vou soltar os dois e se vocês não se comportarem, envio para o espaço e amarrados ainda por cima - Henry solta-os.

- Rayran qual era o assunto que queria falar comigo?

- Não vou dizer na frente dessa coisa ai!

- Eu não sou coisa! Fala Cecilia com as mãos fechando e abrindo, sua vontade é de socar sua cara arrogante.

- Chega ou costuro às bocas de vocês - Cecília olha incrédula para Henry.

- Ele não faria isso comigo - Rayran diz se apoiando no balcão.

- Mas ele poderia arrancar suas presas e fazer um colar. Cecilia diz com um sorrisinho pensando no quanto isso seria interessante.

- Você daqui a pouco vai ver essas presas no seu pescoço - Cecília coloca às mãos em seu pescoço.

- Querem parar - Henry diz irritado - diga de uma vez Rayran, Cecília é de minha confiança

- Como pode confiar em um anjo.

- Do mesmo modo que confio em você - Rayran revira os olhos

- Ouvi boatos sobre um mestiço! Diz Rayran blefando.

- Eles são raros, que tipo? Diz Henry preocupado, isso não pode ser bom.

- Anjo lobo - Cecília arregala os olhos e Rayran a olha.

- ei.. não sou eu.. sou só anjo tenho certeza. Diz cecília.

- Eu sei anjinho - ele volta a olhar o amigo - o que você sabe?

- Não muito, é rumores só, acho que é mentira! Desconversa Henry preocupado, merda"pensa ele" Lua não deve está sendo cuidadosa.

- Mas dizem que o sangue deixa os vampiros mais fortes! Rayran inventa outra boato.

- Mentira, não dá poderes! Afirma Henry irritado.

- Como tem tanta certeza, já viu? Rayran está desconfiado.

- Não, mas...

- Então é possível?

- Não sei, os livros dizem que não, mas as lendas..

- Mas as lendas variam né? - Cecília que diz e os dois a olham - que foi? eu sei sobre muitas lendas.

- Bem a maioria não diz sobre mestiço - Henry se afasta e vai até o depósito, mas para na porta.

- Não se matem - os dois reviraram os olhos para o bruxo que some de seus olhos.

- Então anjinho, a quanto tempo atura esse bruxo velho?

- Não é da sua conta vampirinho.

- você me chamou de que?

- Vampirinho de dente pequeno.

- Sua...

- Mas será possível - Henry diz vendo Rayran quase atacando a Cecília

- Se encostrar nela eu te Mato com uma estaca de madeira - Cecília mostra a língua para o vampiro que resmunga em protesto.

- Você não pense que está tão salva assim.. nada de encostar nele também - ela cruza os braços e faz bico.

- Aqui está o que precisa saber sobre mestiços, mas me devolva o livro depois, esse não está a venda.

- Obrigado Henry.. - diz se afastando com o livro nas mãos, Henry olha para Rayran preocupado e espera que Lua esteja a salvo.

- Até breve Henry.. até anjinho - Rayran fecha a porta antes da adaga acerta-lo, Cecília tinha pensado rápido e lançado uma em sua direção.

Henry a olha com reprovação.

- Nada de brincar com facas aqui - ele pega a faca que ficou presa a porta e a coloca sobre o balcão.

- Aquele vampiro estragou minhas flores - ela olha para o chão desanimada e sai para pegar a vassoura. Volta rápido e o chão está lindo.

- Mas o que? - levanta os olhos para Henry que sorri colocando o vaso novo sobre o balcão, com rosas azuis.

- Obrigada gato - ela diz brincando e sorrindo para o bruxo que fica corado. 

Entre as Trevas e os CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora