Cecília quer saber a verdade

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Cecília quer saber a verdade

Jane andava de um lado para o outro de sua sela, ela ouviu os ruídos e os lobos saírem em disparada, pensou no irmão e ficou nervosa, será que é Rayran? Ela sente que ele está próximo, mas não tinha certeza e também tinha medo que os lobos o machucassem, ou será que é Perry, será que ele matou mais algum lobo?

Pouco tempo depois ouve a porta do calabouço que é mantida ser aberta e escuta passos vindo na direção de onde se encontra.

- Jane - Paul a chama entrando na sela - Hoje é seu dia de sorte - Jane o encara sem entender o que Paul queria dizer com isso - Venha - ele pega sua mão e a leva para fora da sela. Será hoje o dia da minha morte?, ela se pergunta com medo de ouvir a resposta.

Jane observa o céu com medo de a estarem jogando-a para morrer queimada pelo sol, mas percebe que apesar de ter acabado de anoitecer não era essa intenção já que logo que olhou para as árvore viu lobos cercando seu irmão, jane não pensou duas vezes e correu para ele.

Rayran vê Paul e Jane, ela logo corre em sua direção, ele não consegue  controlar a ansiedade e corre em sentido a irmã, recebe um abraço forte dela, que está muito feliz em ver o irmão vivo.

- Eu vim te levar para casa - Rayran diz a irmã, que o volta abraçá-lo.

- Estava com saudades - Jane diz soltando-se do irmão.

- Já que está entregue, é melhor vocês irem, vai que Caleb mude de ideia - Paul diz fazendo os dois prestarem atenção nele.

- Obrigada Paul - Jane diz e deposita um beijo no rosto do lobo que cora, já Rayran olha torto não gostando da proximidade dos dois.

- Vamos Jane - Rayran pega a irmã pelo braço e a puxa para fora da região dos lobos.

- Precisava beija-lo? Rayran está mal humorado e com um bico, eles caminham em direção a onde Ceci e Henry os espera.

- Ah Rayran, não foi nada demais, você deveria agradece-lo, pois foi ele quem convenceu o líder a não me matar - Rayran revira os olhos e não diz mais nada, só bufa de vez em quando.

Quando Rayran avista os amigos eles logo vem ao seu encontro e Henry vai até Jane e da um abraço carinhoso nela.

- Como você está Jane? - Henry pergunta querendo saber sobre a vampira.

- Agora bem - ela diz com um lindo sorriso - Oi, quem é você? pergunta Jane.

- Cecília - ela diz com um sorriso e cumprimenta a vampira.

- E Lua como está? Pergunta Henry preocupado.

- Está bem Henry, já esta com a mãe - Rayran responde a pergunta do amigo.

- Vamos então - Henry diz já caminhando para sair daquela região.

**********

Cecília anda de um lado para o outro dentro da livraria, Henry já está começando a se irritar com isso, desde que voltaram da alcateia ela está assim, parece pensar em algo, parece estar nas nuvens, ele ri com esse pensamento, pelo simples fato de Cecília ser um anjo.

Ela esbarra e derruba a pilha de livros que levava, dá um gritinho de raiva e junta os livros, já é a quarta vez que ela faz isso.

Henry pensa em congelar os pés dela, assim ela para de andar e Henry consegue se concentrar no livro que está tentando ler.
Os cabelos ruivos de Cecília estão amarrados em um coque alto na cabeça, que Henry se pegou pensando em como ela é bonita com eles soltos.

O bruxo respira fundo e coloca o livro sobre o balcão.

- Chega Cecília - ela leva um susto e derruba os livros no chão mais uma vez, os dois se encaram e Henry com um estalar de dedos empilha os livros e os deixa sobre o balcão.

- O que está acontecendo com você?

- Não está acontecendo nada?

- Como não, desde que voltamos você está assim, agitada e quando anjos estão agitados, indica que estão incomodados com algo - Cecília respira fundo, ela trabalha a tempo suficiente com Henry para saber que não adianta tentar enrola-lo.

- Lua - ela diz fitando o chão.

- O que tem ela?

- Ela é bonita - Cecília encara os olhos de gato do bruxo.

- O que está insinuando? - Cecília revira os olhos

- Estou dizendo que ela tem a beleza dos anjos - Henry coça a cabeça, por um minuto ele achou que Cecília estava com ciúmes, bem que ele gostaria que Cecília estivesse, Henry a acha tão bela que tem vontade de acaricia-la toda vez que a vê.

- E tem mais… eu senti algo diferente.. eu senti como se ela fosse uma parte anjo, mas era um sentimento estranho, porque eu sentia o lado lobo dela também.

- Você está me dizendo que sentiu os poderes de anjos em Lua?

- Sim, os anjos sentem a presença de outros anjos com muita facilidade, qualquer anjo sente, é como se os nossos sangues estivessem ligados por um fio invisível - Henry se ajeita no banco, ele precisa contar a verdade para Cecília, ela parece ser de confiança.

- Tenho que lhe contar um detalhe sobre Lua, mas prometa guardar segredo.

- Eu prometo, você sabe que pode confiar em mim - ela diz encarando os olhos de Henry e sorri por descobrir um segredo do bruxo, ou algo a mais da vida dele.

- Lua é mestiça, o pai dela é uma anjo - Cecília abre a boca, ela não acredita no que está ouvindo.

- E a mãe é um lobo - Henry confirma com a cabeça e se aproxima de Cecília, segura seus ombros e encara a moça.

- Como foi isso? - Henry sorri de lado.

- Você sabe como os bebês são feitos né? - Cecília fica vermelha.

- Claro que sei Henry - ela bate com as mãos em seu peito, sente os leves músculos do bruxo, por baixo daquela camisa fina de malha.

Ela mantém as mãos contra seu peito e um frio percorre seu corpo causando arrepios, enquanto sente os dedos de Henry acariciar de leve seus braços, o olhar deles se encontra.

- Henry - Cecília sussurra o nome do bruxo, que sente seu coração errar a batida, Henry sente Cecília, o calor de sua pele macia e clara o deixa com os nervos em saturno.

Ele aproxima seu rosto do dela, sem desviar o olhar, Cecília se inclina ao mesmo tempo, os narizes se tocam, causando um leve arrepio em sua pele, poucos milímetros separam a boca dos dois, é possível sentir a respiração acelerada de ambos.

O barulho da porta sendo aberta é ouvido e Henry a solta rápido, ambos levam um susto, de forma impressionante Henry se arruma e corre para atender o cliente. Cecília o vê se afastar e coloca a mão na cabeça - Pelos céus, o que eu ia fazer - eu não posso sair beijando meu chefe. Henry olha pelo canto do olho, Cecília correr para o fundo da loja, ele já até sentia o gosto daquela boca carnuda e rosada, maldita hora que o cliente resolveu entrar, deveria ter trancado a porta.

Ahhh, esse Henry é danadinho haha!

Até o próximo capítulo queridos leitores!!! 😘😘😘

Entre as Trevas e os CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora