Lua é raptada

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 Lua é raptada

Lua estava correndo pela floresta, as árvores altas e troncos grossos impedem a lua cheia de tocar o chão de folhas secas, mas Lua não se importava com a pouca visibilidade, afinal ela estava transformada em lobo, não por ser noite de lua cheia, mas ela tinha uma habilidade rara, ela conseguia se transformam quando quisesse, mas isso a dava uma desvantagem, porque seu pelo era loiro, quase branco, igual seu cabelo na forma humana, dificultando sua camuflagem.
Sua mãe Raquel a proibiu de correr durante a noite, pois havia um matador de lobos, os rumores diziam que era um vampiro e esse fato foi confirmado quando um dos Lobos do bando viu o lobo beta ser atacado e arrastado praticamente morto para fora da mata, ele sabia que não conseguiria resgatar o lobo sozinho, chamou os lobos do bando, mas não conseguiram resgatá-lo a tempo, em compensação capturaram uma vampira, que Lua conseguiu ver o pavor nos olhos da jovem.

Ela queria ajudar a moça, afinal não parecia uma assassina de lobos, mas o lobo alfa disse que todo vampiro era perigoso e assassino, que todos deveriam morrer, Lua sentiu um frio na espinha ao ouvir essas palavras e via a jovem sendo morta pelo alfa, mas por sorte isso não aconteceu, uma alma boa no meio de todos aqueles lobos, o filho do alfa, sugeriu que a usasse como moeda de troca, ela no lugar do vampiro que está matando eles. Lua não foi muito a favor, mas melhor assim do que ver aquela moça morrer na sua frente.

Ela acelerou os passos, queria tirar a cena da discussão sobre a vampira da cabeça, aproveitou a oportunidade e saiu de fininho, sem que sua mãe a visse. Sabia que quando voltar para casa, ela a estará esperando com um bom sermão de "não se deve desobedecer os pais", apesar que a frase deveria ser "mãe" no final, por que Lua nem tinha ideia de quem poderia ser seu pai, ela já havia perguntado a Raquel, sua mãe, mas ela desconversou todas às vezes. Disse que ele morreu, mas Lua não acredita nisso.

Volta e meia, Lua parava e ficava olhando para o céu tentando imaginar como ele seria, se teria os mesmos olhos azuis iguais aos dela e cabelos claros, se era baixo ou alto, se era um licantropo igual a ela e sua mãe, perguntas que até hoje não obteve resposta.

Lua para de correr quando chega ao lago, a água clara e calma está refletindo a lua cheia, redonda e brilhante, olhando do ângulo que ela estava, dava a impressão que a lua está sobre a água.

Lua bebeu um pouco de água, que só agora havia notado que estava com sede, olhou seu reflexo na água, o pêlo branco refletia embaixo do reflexo da lua, dando a impressão da Loba a estar segurando.

A Jovem lobo ouviu um barulho, sua audição indica que era passos, mas sentiu cheiro de vampiro, Lua se colocou em alerta, sabia que poderia ser o assassino de lobos, sentia vontade de correr, mas sabia que não teria tempo o bastante, afinal vampiros também são rápidos como os lobos.

Então o vampiro apareceu diante de seus olhos, com as presas visíveis e unhas afiadas como espadas. Lua cravou suas garras na terra fofa e uivou, sabia que isso alertaria os outros lobos. O vampiro a atacou rápido e em cheio, acertando suas unhas nas costas de Lua, ela no entanto conseguiu morder o seu braço e sentiu na boca o gosto amargo do sangue de vampiro. Ele rugiu de dor e se afastou segurando o braço ferido, às costas de Lua ardiam, parecia em chamas.

O vampiro Perry sorria mortalmente, atacou com os dentes o pescoço de Lua, ela se debateu e conseguiu escapar das garras do vampiro. Ele viu que Lua era diferente, era mais forte e o pelo branco a tornava especial, isso aumentou a sede do vampiro por mata-la e ve-la morrer lentamente.

Lua sentiu o coração batendo forte e o sangue vermelho escorrer em seu pêlo claro, uma dor absurda a consumiu, o veneno do vampiro entrara em contato com o seu sangue e isso queima como se seu corpo estivesse sendo queimado lentamente de dentro para fora, ela uivou em meio a uma luz branca que se formou ao seu redor, um uivo de dor, de desespero, de medo.

Perry não acreditou no que seus olhos estavam vendo, o lobo branco estava coberto por uma luz tão branca e vibrante que sentia a pele queimar, da mesma maneira que o sol a queima, tentou proteger seu rosto do contato da luz, mas não conseguiu deixar de ver, que em meio aquela luz, asas estavam se formando nas costas do lobo, um par de asas tão brancas quanto aquela luz, aos poucos a Luz foi se apagando e ficou nítido o que vira a pouco.

A dor foi tão forte que Lua caiu desmaiada em sua forma humana às margens do lago, Perry viu às asas desaparecem, ele estava em choque e assustado, nem se lembrava mais o que estava fazendo ali. Ouviu uivos de Lobos e lembrou, sorriu vitorioso pegou Lua desmaiada em seu colo e correu para fora daquele lugar, foi para casa, onde saberia que estaria seguro, ele queria ver novamente aquelas asas, um lobo assim, isso era bem mais do que ele esperava encontrar.

*****

Rayran sentiu cheiro de Lobo, mas um cheiro diferente do normal, esse era mais doce, parecido com mel, ele até sentiu prazer, mas logo se lembrou que estava em casa e que não deveria ter esse cheiro ali, ficou de pé e encarou a porta de entrada da casa, Perry capturou outro lobo. Correu para o andar de cima da imensa casa e bateu com força na porta do quarto do irmão, porém não teve retorno, forçou a porta e arrebentou a tranca, entrou no quarto e viu, uma jovem deitada na cama, parecia estar desmaiada, sentiu cheiro de sangue e viu os ferimentos, olhou para Perry, seu irmão.

- O que você fez? - disse raivoso, se aproximou da moça, viu que ainda estava viva e a cobriu com o lençol da cama, parecendo querer protegê-la dos olhos sedentos do irmão, já que a moça estava nua.

- Ela não é um lobo qualquer, deve valer uma fortuna.

- Valer? até parece que lobos são mercadorias, e para mim, ela parece um lobo normal.

- Você sabe muito bem que não é. - o irmão diz ríspido - Ela tem um cheiro mais doce.

- Isso não é uma grande coisa - Mas ele sabia que era.

- Ela tem asas - Rayran riu do irmão, um lobo com asas, Perry deve ter enlouquecido de vez.

- É verdade, eu vi.

- Pois eu não acredito, você enlouqueceu de vez.

- Não estou louco - diz como se estivesse rugindo.

- Mas está sem controle - Rayran está muito irritado, o irmão matando lobos e a sua irmã aprisionada por eles - Agora já chega... Perry quero que você saia dessa casa agora.

- Está me expulsando?

- Estou - Rayran encara o irmão.

- Você não pode fazer isso.

- Posso e vou, sou o líder até nosso pai voltar, agora some daqui - Perry está irritado com o irmão.

- Eu vou, mas quando nosso pai souber disso vou ri da sua cara de banana e quem será expulso é você - Perry pula a janela e desaparece.

Rayran olha a moça que parece estar sentindo muita dor, passa a mão sobre seus cabelos e a sente muito quente, ela resmunga algo e se move na cama, uma luz branca cobre a moça e então ele vê às suas asas. Se afasta rápido, ela parece brilhar sobre sua pele, volta a se aproximar.

- Essa moça é mesmo especial, espero que o veneno de vampiro não a mate - ele pensa enquanto retira os fios de cabelo do rosto da moça - Preciso saber mais sobre você - Rayran sente a necessidade de ajudá-la, afinal foi seu irmão que a deixou assim, e ao mesmo tempo está intrigado sobre os poderes que esse ser possa apresentar.

Chama Ayla, uma das vampiras de sua confiança do clã, ele precisa conseguir salvar a jovem loba e devolvê-la ao bando em segurança, quem sabe esse gesto ajude a recuperar sua irmã.

Olá meus amores, essa é a postagem de hoje, agora só iremos postar o próximo na segunda!

Espero que estejam gostando assim como nós estamos amando em Escrever está aventura para vocês!!

Grande beijo e até segunda!!!
😘😘😘

Entre as Trevas e os CéusOnde histórias criam vida. Descubra agora