Diana
Luna me chamou para conversar quando fui ao banheiro. Assumo que não queria ir, mas ela acabou me convencendo. Fiquei um pouco aturdida quando ela pegou na minha mão e me puxou para fora, pois, novamente, senti aquela corrente elétrica subir pelo meu corpo. Era como se ela fosse fogo e me queimasse toda vez que estava próxima.
Ouvir dela todas aquelas coisas foi estranho. Nunca imaginei que alguém que parece tão determinada na vida pudesse ter tantas tormentas. Por um momento senti medo dela, do que ela pudesse representar, mas, por outro lado, ao ver tanta sinceridade em suas palavras, senti vontade de ficar mais perto. "Ela é alguém atormentada, uma pessoa que não sabe lidar com seus sentimentos." Pensei depois de ouvir tudo que ela falou.
Quando ela falou que não acreditava no amor, lembrei de mim a uns anos atrás, quando sofri por causa de uma decepção amorosa. Eu me senti tão ferida que cheguei a desacreditar no amor, porém, com o passar do tempo, eu pude perceber que não era culpa do amor que senti, que foi puro e sincero, mas sim da falta de amor da outra parte. Não era justo desacreditar de algo tão bonito por causa de uma pessoa que não valorizou meu sentimento, então falei isso para ela. De forma verdadeira e pude perceber como ela ficou mexida.
Eu quero poder manter nossa aproximação, quero poder conhecer mais do seu jeito, da sua forma de pensar. Quando ela disse que resolveria suas pendências com Gabriele, e que também queria manter nossa relação, senti uma alegria tremenda e não consegui esconder o sorriso de felicidade.
- Sim. Eu também quero poder ter essa relação que estamos construindo. - Falei e vi o mais lindo sorriso iluminar seu rosto.
- Obrigada.
Ela agradeceu e eu não consegui me segurar mais, me aproximei e a abracei me sentindo preenchida, de novo, por seu cheiro e seu calor. E quando ela me apertou contra si, meu coração parecia que saltaria do peito. Eu estava feliz demais com tudo aquilo. "Finalmente nos acertamos." pensei alegremente.
Depois de algum tempo nos afastamos e senti um vazio em meu braços e um frio no peito que me incomodou, mas logo foi esquecido quando vi aqueles olhos verdes que me hipnotizavam sem muito esforço, o que me fez sorrir.
Luna tinha algo que me balançava e ao mesmo tempo me acalmava. Era como se o início e o fim de tudo se resumisse em sua presença, seus olhos, seu cheiro. Eu sabia que eu estava atraída por ela, que queria ficar perto dela todo o tempo, mas, essa noite serviu para algo mais que somente resolver nossa pendência de sexta, eu percebi o quanto ela era confusa sobre seus sentimentos e talvez não esteja pronta para nada. Isso me entristeceu um pouco, mas não podia pedir nem forçar nada.
- Vamos voltar? Eles devem estar nos caçando. - Ela falou.
- Vamos sim... conhecendo Rita, ela deve estar pensando que eu fugi para casa. - Falei rindo a fazendo rir também.
Quando entramos demos de cara com Júlio vindo em direção a área externa. - Ahh... então vocês estão aí. - Falou rindo. - As meninas pensaram que vocês tivessem encontrado um par de caras e estavam agarrando por aí. - Disse me fazendo rir enquanto Luna rodava os olhos.
- Fomos até a área externa tomar um pouco de ar e conversar. - Ela disse pegando a bebida da mão dele e virando.
Seguimos para a mesa e ao chegar já tive que lidar com o olhar de interrogação da minha melhor amiga, enquanto Carla não escondia o sorrisinho debochado.
- Onde as meninas estavam, hein? - Perguntou Carla assim que nos sentamos. - E não me digam no banheiro, porque eu fui lá e não as vi.
- Fomos ao banheiro e depois a área externa. Estava com calor e aqui está muito barulhento. - Falei reforçando as palavras de Luna.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nossos sentimentos (Romance Lésbico)
RomanceLuna é uma jovem empresária do ramo de e commerce e vive uma vida lasciva e liberta de toda e qualquer amarra, ela não acredita no amor e nem na felicidade de um relacionamento. Diana é o oposto de Luna, passa uma impressão de frágil, mas devido às...