Luna
Meu coração está ferido, eu nunca senti uma dor tão forte quanto essa, era como se uma faca estivesse penetrando ele a cada segundo. O dia de hoje foi atípico, eu queria tanto falar com a Diana, dizer a ela o que eu sinto, o quanto estou apaixonada por ela, mas não consegui. Cada minuto que passava me sentia tão frustrada que estava me enchendo de ódio.
Ver como Júlio se apossou de sua companhia me irritava de uma forma incompreensível. A única coisa que queria era socar a cara dele. Quando saí para ir ao banheiro, esperava que ela viesse comigo, mas ao invés disso ela saiu com ele.
Eu não estava aguentando imaginar o que eles poderiam estar fazendo, então deixei Bianca na fila com a desculpa que tinha esquecido algo na mesa e fui procurá-los. Rodei o bar os buscando e nada, mas quando finalmente os encontrei meu mundo ruiu. Júlio estava beijando Diana na boca e ela não fazia nada para impedir.
Senti como se o mundo tivesse parado de repente e uma dor imensa invadir minha alma, eu queria sair correndo dali. Saí andando de costas em direção ao bar, sentindo meus olhos ficando turvos, meu ar faltar, uma decepção monstruosa crescer dentro do meu peito, quando esbarrei em alguém e ao me virar dei de cara com Valeska.
- Ei... - Valeska me chamou a atenção assustada. - Que foi Luna? - Olhei para ela e não conseguia dizer nada, não tinha força para absolutamente nada. - Você tá bem? - Voltou a perguntar assustada.
- Você está de carro?
- O que?! - Valeska perguntou sem entender nada.
- Perguntei se você está de carro, merda?! - Falei de forma ríspida agarrando em seu braço.
Valeska me olhou fixamente, tentando decifrar meu semblante. - Está lá fora, por quê?
- Vem comigo! - Falei a arrastando para fora pela outra saída do bar.
- Espera aí amorzinho, não posso sair assim do bar...
- Olha aqui... - Empurrei ela numa parede colando meu corpo no seu e falando de forma ameaçadora com o dedo em riste. - Não me venha com essa de funcionária do mês, porque eu sei muito bem que você sai e entra nessa pocilga a hora que você bem entende, afinal é uma das donas. Então para de falar e vem comigo. - Ela me olhava sem entender o que eu falava, mas não demonstrava medo, ao contrário, percebi que ela estava intrigada com meus atos.
- Ok... - Falou sorrindo de lado. - Onde você vai me levar? - Perguntou provocativamente.
- Onde você quiser ir. - Falei a puxando em um tranco e a arrastando para o carro.
Valeska me mostrou qual era seu carro, mas não permitiu que eu dirigisse. Entramos e eu pedi que ela me levasse até a casa de Júlio. Ao chegar, fui direto ao quarto que estava ocupando e peguei minhas coisas as enfiando na mala e saí, voltando para o carro.
- Então é aqui a casa do Jú?! - Perguntou de forma desinteressada.
- Vamos embora.
- Para onde? - Perguntou me fitando.
- Eu tenho uma ideia. - Respondi a olhando, levei minha mão a sua coxa e apertei a fazendo soltar uma riso alto.
- Ok... vamos lá. - Falou ligando o carro e indo em direção ao motel mais próximo.
Durante o caminho a única coisa que ficava em minha cabeça era a imagem de Júlio e Diana se beijando e cada vez que lembrava a dor em meu peito crescia mais e mais. Liguei o rádio do carro para que o barulho encobrisse minhas lembranças, mas a única coisa que conseguia era lembrar de novo e de novo. Ao chegar ao motel, Valeska entrou com seu carro e pediu um quarto.
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Nossos sentimentos (Romance Lésbico)
RomanceLuna é uma jovem empresária do ramo de e commerce e vive uma vida lasciva e liberta de toda e qualquer amarra, ela não acredita no amor e nem na felicidade de um relacionamento. Diana é o oposto de Luna, passa uma impressão de frágil, mas devido às...