Nossos sentimentos (Romance Lésbico)

Comemorando a hipocrisia, mantendo as aparências Part. II

A porta se abriu lentamente e pude ver o sorriso dissimulado de Amanda surgi dentro do banheiro e logo que entrou fechou a porta nos trancando ali dentro.

Fiquei um período sem reação, com as mãos apoiadas no lavatório, vendo pelo espelho seus movimentos às minhas costas. Ela se apoiou na porta, olhando fixamente para mim e, sem perder seu sorriso instigante, seus olhos escanearam meu corpo.

- Eu ainda não terminei de usar. - Falei chamando sua atenção a fazendo me olhar também pelo espelho.

- Tudo bem. Eu não me importo de dividir o banheiro com você. - Falou passando a língua pelos lábios e mordendo o inferior.

"Droga, ela vai me causar problemas." Pensei suspirando profundamente e fechando os olhos por alguns segundos e quando os abri novamente, percebi que Amanda se aproximava como uma leoa a espreita da sua caça.

- Eu preciso voltar, estão me esperando. - Reagi me virando para sair, mas nem tive a oportunidade, quando dei por mim, ela já estava com o corpo colado no meu.

- Por que a pressa?! Sempre podemos dar uma desculpa de amigas. - Falou piscando e sorrindo, enquanto passava a mão pelo meu rosto.

Ela estava a, escassos, centímetros de meu rosto a ponto de eu sentir sua respiração ansiosa em meu rosto. Seus olhos estavam escuros de desejo e sentia um calor emanando de seu corpo. Amanda era louca por essas aventuras. Esses jogos que brincavam com o perigo de sermos pegas a excitavam, e, admito, a mim também, porém dessa vez algo estava fora do lugar, minha mente não se deixava levar por sua provocação. "Está tudo errado."

- Eu estou morrendo de vontade de você, minha Luna. - Ela passou o polegar levemente por meu lábio inferior e depois levou a mão até meu pescoço se aproximando e passando, agora, a língua por meus lábios.

Eu sentia seu alento, mas não queria ser levada. "Transar com Amanda, nunca foi um problema para mim." Mas eu sabia o que estava acontecendo, aquele sorriso, aqueles olhos castanhos, aquela forma leve de ser. Eu estava com Diana em meus pensamentos, seu cheiro me fazia falta, sua voz, seu toque, mesmo que indireto.

Sem me dar conta viajei até os momentos que passei com Diana, o que me fez ter vontade de me afastar de Amanda, porém não consegui, pois ela estava prensando meu corpo no lavabo. Senti seus lábios tocarem os meus, o que me fez voltar de meus pensamentos.

Seu beijo estava cheio de desejo e aflição, era como se ela estivesse em uma bolha sem ar e meus lábios fossem a única forma de lhe proporcionar o oxigênio para viver. Ela passou seu braços pelo meu pescoço me aproximando mais dela, tentando nos fundir. Sua língua parecia ter vida própria em minha boca.

Em reflexo apertei sua cintura e a puxei para mim, correspondendo ao ávido beijo que ela dava com tanta necessidade. Ela finalizou o beijo com uma leve mordida em meus lábios e entrelaçou seus dedos em meus cabelos, elevando seu rosto, me oferecendo seu pescoço com sofreguidão.

Beijei seu pescoço, passando a língua por toda sua extensão, da forma como ela gostava, a fazendo suspirar de desejo. Subi minha boca até sua orelha mordendo seu lóbulo. - Apoia no lavabo. - Falei a fazendo trocar de posição comigo, ficando de costas para mim.

Eu estava agindo por instinto, da mesma forma que algo me dizia para ir embora, o beijo de Amanda me fez agir. Ela apoiou as mãos no lavabo e eu desci minhas mãos por suas pernas, com uma pressa agonizante. Amanda usava um vestido azul-marinho justo em seu corpo que ressaltavam todos os seus predicados. Não podia mentir, ela tinha um corpo que chamava a atenção a quilômetros.