Arquitetando

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Luna

Diana e eu estamos namorando e eu estava muito feliz com nosso relacionamento. Depois de segunda-feira, almoçamos juntas, sempre que posso a levo para casa, trocamos mensagens e nos falamos sempre antes de dormir. Era como nos filmes e não poderia estar mais satisfeita, pelo menos é o que eu pensava.

Hoje é quinta-feira e estou indo para o trabalho enfrentando o maldito trânsito dessa cidade. A rádio do carro está ligada, porém não me concentro em nada do que está acontecendo ao meu entorno.

Estou um pouco pensativa, pois já vamos fazer duas semanas de relacionamento, mas não fizemos nada que um casal normalmente faz. Sair, ir ao cinema, dormir uma com a outra, etc. Isso são coisas que pensava fazer com ela, principalmente essa última, porém estou insegura. Primeiro porque nunca estive em um relacionamento antes, segundo porque, pelo que a própria Diana disse, sou a primeira, e espero ser a última, mulher com quem ela se relaciona e terceiro porque não quero parecer apressada e desesperada.

Sei que preciso ir com calma, mas estou ansiosa para passar um tempo com ela, só que não sei o que posso fazer, onde levá-la, o que ela gostaria de fazer, etc. "Minha cabeça dói." pensei aproveitando o semáforo e apoiando minha frente no volante, tentando imaginar algo interessante.

Cheguei na empresa, segui para minha sala e me joguei na cadeira um pouco desanimada pela minha falta de criatividade. "O que posso fazer em um encontro?" pensei sendo interrompida por Francine que entrou trazendo minha agenda e alguns papéis sobre o novo projeto que estávamos desenvolvendo. Finalmente começamos a trabalhar na plataforma de venda dos argentinos e precisávamos focar o máximo para não haver erros. Passei a manhã enfocada no trabalho, mas sempre me pegava pensando no assunto.

Era quase 14:00 da tarde quando percebi que precisava dar um tempo no trabalho e descansar um pouco, porém minha cabeça ainda estava envolta em o que poderia fazer com Diana e isso já estava me deixando louca, quando veio uma ideia em minha mente que, por mais maluca que pudesse ser, poderia me ajudar. Peguei o celular e enviei uma mensagem para uma pessoa que, eu sei, poderia me ajudar a descobrir os gostos de Diana.

Luna < Boa tarde... está livre agora?> 13:55

(Enviei a mensagem e fiquei esperando a resposta que não demorou veio)

<Boa tarde cunhadinha... acabei de sair da aula, por que?! > 13:57 Bianca

Luna <Preciso de sua ajuda >.< > 13:57

< Humm... para?! > 13:57 Bianca

Luna < Posso falar com você pessoalmente? Não sei como explicar por aqui> 13:58

<Ok... me encontra no endereço XXX, só não posso demorar porque tenho inglês às 16:00 > 13:58 Bianca

Luna <Tudo bem, me espera lá, já estou saindo daqui. > 13:58

É isso mesmo que vocês podem estar pensando, eu estou indo pedir conselhos sobre encontros para uma garota de 15 anos. Mas eu não vou esperando que ela saiba me aconselhar sobre isso, afinal, acredito que a experiência dela para esse tipo de coisas seja tão nula quanto a minha. Porém quem melhor para saber as coisas que Diana gosta do que sua própria irmã?!

Pensando assim, saí avisando a Francine que não voltaria mais, e que, qualquer problema, me ligasse, e fui ao endereço marcado por Bianca para poder colher dela qualquer informação que me possa ser útil. Cheguei no local onde ela marcou comigo e a encontrei sentada em um banco de uma praça comendo pipoca e observando a sua volta.

Nossos sentimentos (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora