⌜⌞ Capítulo Doze ⌟⌝

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Os garotos demoraram meio século, segundo Mark, para voltarem com a pipoca. Trouxeram refrigerante também, e barrinhas de chocolate amargo. Como Jisung não comia chocolate amargo — ou chocolate algum, senão o branco —, apenas comeu a pipoca. Mark observou isso, mas ficou em silêncio.

Enfim, Jeno colocou o filme para rodar e sentou-se ao lado de Chenle. Jaemin, Renjun e Haechan sentaram no chão, em almofadas de Pokebolas que Jae No ganhara no seu aniversário. O filme mal havia começado e Jisung já estava assustado. O maldito suspense só piorava, e Jisung achava tudo muito malvado e diabólico. Estava assustado, estava ficando em pânico.

— Quando é que esse cara vai morrer? — queria saber Renjun, irritado — Queremos ver sangue!

Jisung não sabia se assustava-se com o filme ou com os comentários dos garotos. Era um pior que o outro, e Jisung tinha certeza de que não dormiria naquela noite.

O suspense só piorava, e quando Jisung  pensou que a onda de mortes e terror já tinha terminado; a trilha sonora recheada de suspense, o personagem em sua busca implacável para fugir ou se livrar do ser demoníaco que almejava a sua morte, e o som de extrema irritação dos passos da vítima, momentos antes da sua morte. Gritou de terror, porém, quando a trilha mudou e o assassino demoníaco saltou para cima da vítima e a matou com gosto.

— Uhuuul!!! — comemorou ChenLe.

— Ai, Jisung — Mark resmungou, afastando o seu braço esquerdo do garoto mais novo.

— Oh, desculpa, Mark hyung — SungBee sussurrou, abaixando a cabeça. Olhou para o braço de Mark, e viu as marcas dos seus dedos, quando o apertou com medo e com uma porção de violência, sem querer — Desculpa ter te machucado.

— Está tudo bem.. Embora esteja meio vermelho — disse Mark, mas logo depois Jisung se levantou correndo e foi na direção do banheiro.

Mark se perguntou como ele saberia o caminho, mas diante da situação, de tão assustado que estava, percebeu que Jisung fora pra qualquer direção.

— Não vai atrás dele? — Mark perguntou para Chen Le, mas depois se arrependeu.

— Não quero dar falsas esperanças ao Abelha, Lee — Chenle disse, com uma sinceridade evidente.

Mark olhou-o com desaprovação, mas depois suavizou o olhar e se levantou. Caminhou apressadamente na direção do corredor dos quartos e banheiro, e bateu na porta quando se aproximou.

— Jisung, você está bem? — perguntou, detrás da porta.

— Hm... Bem... Defina como é estar bem, Mark Lee — fora a resposta, depois Jisung abriu a porta — Eles fazem tudo tão real...

— Ah, sim... Acho que você não gosta mesmo de filmes de terror, SungBee. — falou Mark — Posso entrar?

— Por que você entraria? Não querendo ser grosso, mas não vejo motivo algum e nem sentindo em você me assistir urinar — Jisung cruzou os braços.

— Okay, então — falou Mark, depois virou-se para sair. Desistiu, porém, e entrou rapidamente no banheiro e fechou a porta.

— O que é isso, Mark? Endoidou de vez? — Jisung deu um salto para trás.

— Talvez — sentou-se no chão — Sua Omma não te deixa assistir filmes do tipo?

— Também — Jisung sentou ao lado dele — Mas eu não costumo assistir porque me assustam, e eu me sinto fraco quando estou com medo.

— Ficarei com você, Jisung, até o seu medo passar — Mark garantiu, sorrindo.

— Obrigado, stalker — Jisung sorriu de volta, e apoiou a cabeça no ombro de Mark.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora