⌜⌞ Capítulo Cinquenta e Um⌟⌝

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Mark ainda pensava sobre o que estava acontecendo quando arrancou o celular do bolso e resolveu ligar para o chinês Zhong. Talvez tenha sido um mal-entendido ou algo do tipo, pois Chenle não sabia nem um pouco sobre as cartas e afins.

— Chenle, diz pra mim que...

— Jisung já sabe de tudo e a casa caiu pra você, parcero — O próprio Zhong interrompera-o para anunciar a sua desgraça — Eu queria até soltar os verbos, te xingar todo por ter me envolvido, por ter feito mais merda que eu nessa vida, por ter ferrado com tudo, por ter nascido, por ter inventado de fazer merda, por ter acordado hoje, por não me notar... Mas, sei lá, Mark, eu to cansado e você ta fodido, então não quero te foder mais ainda. Mas é só por isso, senão eu ia te detonar todo aqui.

— Mas como você soube, Chenle?

— O problema é que você é burro e acha que todo mundo também é, Mark — O canadense escutou-o suspirar impacientemente — Juntamos o quebra-cabeça.

Lee Minhyung ficou sentado na grama, sentindo os raios violentos do sol inundarem a sua pele branquinha e passou a pensar sobre o que faria.

— E o que eu faço?

— Pede desculpas pra Jisung e vem ficar comigo.

— Ah, claro! — Mark foi sarcástico — Que ideia genial, pô, você é incrível.

— O que você sugere? Que finalmente você vai pôr umas orelhas peludas na cabeça, um rabo cinza e correr atrás da sua abelha? Não, Mark, esse papel é do ursinho Pooh.

— Você não está ajudando, imbecil! — passou a mão pelos fios da cabeça e tentou respirar fundo, a fim de se acalmar. — Isso nunca aconteceu comigo e eu estou muito nervoso.

— O quê? Machucar alguém? — o silêncio que veio a seguir era a resposta — Ah, agora vai se fazer de besta? E todas as vezes que você me machuca só porque gosto de você?

— Mas Jisung é diferente...

— Claro, seu idiota, porque você gosta dele e não de mim. Você caga e anda pra mim, não para ele.

— Ei, você não gosta assim de mim!

— Olha só quem fala de sentimentos! Logo quem acabou de foder, não só a própria vida social e amorosa, mas também de outra pessoa.

— Para de xingar, Chenle, e seja maduro! — golpeou, irritado, um punhado de grama.

— Maduro? Tá bom, então. Beleza. Quando você sentir minha falta, pode me procurar. Mas enquanto estiver vindo falar comigo sobre terceiros ou apenas me usar pra mais alguma merda, eu vou continuar xingando e mandando você se foder. — Àquela altura do campeonato, todos da sala já estavam de platéia da ligação entre os dois — Esse mundinho de merda não gira em torno só de Jisung não, Mark. Você deveria saber disso.

E então desligou.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora