⌜⌞ Capítulo Quarenta e Oito ⌟⌝

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  — Abelhudo — Chenle terminou de mastigar o seu macarrão ao molho branco e limpou os lábios com o guardanapo — Me diz como ser você?

SungBee engasgou-se com o suco de laranja que bebia.

  — Eu? — apontou para o próprio peito.

— Sim... — respirou fundo antes de morder um pedaço do seu frango — Mark tem ficado muito próximo de você, então eu queria saber o seu segredo.

— Eu uso amarelo e preto — deu de ombros.

— Nossa, nem percebi! — Chenle revirou os olhos — Estou perguntando sobre o que você faz.

— Exatamente nada — balançou a cabeça — Ele que faz coisas.

— Tipo...?  

Jisung sorriu.

— Nosso pombo correio! — contou, feliz.

  — Nosso o quê? — Chenle estava mais perdido que Mark Watney no filme Perdido em Marte.

Então é assim que Mark se sentiu quando decidi dar por inexistente aquele beijo? Por que eu acho que é exatamente isso o que Chenle está fazendo comigo, fingindo não saber das cartas...

  — Ah, deixa para lá! — desistiu da conversa — Espero que sejamos bons amigos...

— Abelhudo, o que diabos está acontecendo? Parece até que você fumou a Amazônia inteira! — Chenle ia enrolando o macarrão no garfo enquanto esperava a resposta de SungBee.

Era de se esperar, realmente, que o tal Abelha fosse falar coisas desconexas e desconhecidas. Mas agora estava extrapolando, pois ele realmente não sabia de pombo correio algum. 

  — É sério, Chenle — SungBee enfiou a mão no bolso e tirou uma das cartas que recebera — Veja aqui.

Chenle pegou a carta e analisou-a. Leu, releu e até cheirou. No final, estava confuso e ao mesmo tempo assustado.

— Por que Mark escreveria uma carta com a minha assinatura? — pousou o papel na mesa.

— Mark? — o Abelha Ambulante sentiu o ar deixar os seus pulmões e não mais voltar — Mark fez o quê?

Chenle estranhou a mudança no tom e expressão do Melzinho, mas apenas continuou comendo calmamente por alguns minutos para conseguir organizar os próprios pensamentos. Enfim, ele bebeu o seu suco de uva e decidiu falar alguma coisa sobre aquilo.

  — Essa letra não é minha, Abelhudo — decidiu contar — Olha só que hangul feio é o de Mark! — riu da caligrafia alheia — Mas... Sério, não fui eu quem escreveu isso daqui. Além do mais, já que você anda tanto com aquele deus grego, deveria saber que esse cheiro é dele!  — empurrou a carta para o Park.

  — Não, não é! — recusou-se a acreditar.

— Posso confirmar se você me contar tudo em relação a isso — Chenle chamou o garçom para pedir a sobremesa, pois achou que aquela novela mexicana ficaria muito melhor com alguma tortinha de chocolate e morango.

Yellow Black | MarksungOnde histórias criam vida. Descubra agora