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Estela Wilson
Universidade Estadual de Nova Iorque
Segunda - Feira
11:39 AM

    O final de semana passou tão rápido que quando acordei para vim a universidade, não acreditei que já era segunda – feira. Iria começar tudo de novo: Universidade < Casa < Lanchonete < Casa < Trabalho para terminar.

  O último professor estava saindo da sala enquanto todos guardavam seus matérias para irem embora. Assim como eu, muito estavam mortos de fome e desejando estar em casa o mais rápido possível. Aos poucos a sala foi esvaziando e então eu pude sair em meio ao tumulto que ficava o longo corredor da universidade.

   Estava ainda no terceiro ano de literatura inglesa. Nada comparado a área que minha mãe exerce que é advocacia. Ela até queria que eu seguisse sua profissão, mas eu adoro livros e nada mais justo trabalhar com o que você se identifica. Então para isso, mesmo minha mãe negando minha escolha de trabalhar para ter o meu próprio dinheiro, eu consegui esse emprego na lanchonete a cinco meses. Aprendi com o meu pai de sempre correr atrás daquilo que você almeja.

  Com minha bolsa no meu ombro e algumas xerox em mãos sai do campus do grande bloco A, indo pegar um ônibus. O normal dele passar enfrente ao campus, seria doze horas em ponto, e bom ainda são 11horas55min.
   Mas, tinha se passado dez minutos e nem sinal desse ônibus. Comecei a pensar que ele tenha passado antes do horário de sempre. Claro, só pode ser isso. Bufei por ter perdido dez minutos do meu maravilhoso tempo e comecei a caminhar na mesma direção que o ônibus faria.

  Péssima hora em ter recusado ter vindo de bike. Pelo menos hoje seria uma grande ajuda.
 
  Quando contamos para a Laura sobre o que tinha acontecido no parque Florence, ela simplesmente teve a ideia de permanecermos com o evangelho por lá. Seria uma ótima maneira de levar as palavras dos cultos. Tina não recusou, meio óbvio. Mas, isso começaria a ser planejado junto com os líderes.

— Falta só mais uma quadra. — Disse a mim mesma quando de longe vi o “meu” ônibus. — Só pode estar de brincadeira.

  Já que faltava apenas uma quadra,  não fiz sinal para o ônibus parar. Simplesmente continuei andando e logo em seguida ele passou ao meu lado.
  A avenida estava movimentada por conta do horário, o que enrolava mais para os semáforos abrirem. Não me dou bem com semáforos. Acho que já deu pra notar.

— Mãe? — Atendi a sua chamada. Olhei para os dois lados antes de dar o sinal para atravessar.

— Onde você está? — Perguntou com alguns barulhos de talheres caindo

— Hãnn...Enfrente ao Danny. — Olhei para o supermercado na esquina. — Por que?

— Ótimo! Preciso que compre duas massas de lasanha, e meio quilo de queijo. — Pediu.

— Vai fazer lasanha numa segunda – feira? — Estranhei.

— Teremos uma visita...Rich vai vim jantar conosco.

   Rich? O mesmo Rich da igreja com certeza. Mas como assim? Sua voz tinha saído tímida. Tá, talvez seja apenas um jantar antes de oficializarem um compromisso. Ri comigo mesma por ter pensado nisso.

— Ta bom! — Desliguei a chamada.

  Guardei o celular no meu bolso e fui em direção a pequena rampa que tinha enfrente ao supermercado. Ajeitei a bolsa na lateral do ombro enquanto caminhava a procura dos ingredientes.

Son Of God  - Romance CristãoOnde histórias criam vida. Descubra agora