Son Of God - Romance Cristão

10 ✝ Atualizado

Justin Bieber
Sábado
18:27 PM
Casa

Enquanto assistia os últimos minutos do jogo de basquete, e me frustrando que os Lakers estavam perdendo, notei que Pattie ainda não tinha voltado para a casa com o Jaxon. Os dois saíram tinha duas horas mais ou menos sem dizer para onde iriam.

Assim que o jogo terminou, e mais uma vez o time foi derrotado peguei o controle e troquei de canal. Deitei mais uma vez naquele sofá antes de voltar a me lembrar do que havia feito na noite anterior. O arrependimento era tão grande de ter ligado para a Estela, que se eu pudesse, enfiaria minha cabeça em um buraco qualquer até esquecer do que tinha feito. Por um lado eu só liguei por está completamente drogado, caso contrário se eu estivesse sã, eu não ligaria. Mas agora era tarde demais pra pensar no que eu faria ou não, eu já fiz a merda mesmo agora teria que encarar e seguir enfrente. Mas, eu espero nunca mais vê-la. Ou, até mesmo demorar um bom tempo sem encontrá-la na rua.

Mas por incrível que pareça eu não esqueci das suas palavras. Eu não esqueci da sua voz rouca por acordar ela em meio a madrugada. E seu esforço em me ajudar naqueles minutos. Se eu a encontrar novamente não sei como irei encara-la. Eu não sei como reagir diante disso, pra falar toda verdade.

Uma das coisas que eu tinha dito a ela pelo telefone, foi meu questionamento do seu Deus ter me deixado de lado. Claro, que mesmo eu as vezes duvidando da sua existência, sempre tenho um motivo. E o motivo está bem óbvio. A minha vida! Pra ela pode ser apenas algo que possa ser consertado, mas para mim se tornou algo impossível. A raiva; dificuldade; brigas; drogas. Coisas que podem ser básicas para algumas pessoas que tem uma vida perfeita. Mas para quem vive. Para quem vivência isso de perto, não só um dia a cada semana, mas sim todos os dias sem folga. É insuportável.

E por esses motivos eu acabei me tocando que nenhum Deus venha se importar comigo. Nada que eu faça, venha mudar isso. É um fato para mim, e acreditar em um ser invisível que diz amar seus filhos não é algo para mim. Talvez em outra vida, se caso existir, eu possa estar tendo uma vida dos sonhos. Mas, como estamos nessa realidade, ter que encarar as dores do dia não se torna uma escolha.

Eu posso muito bem conseguir com meu esforço tudo que eu quero. Não preciso de ajuda de divindades. De ajuda de santos e seja lá mais que exista e que precise de crença. Eu tenho a mim, e isso já é o bastante. Eu mesmo me ajudo. Eu mesmo me entendo e sei do que eu preciso. Posso não está tendo muita sorte nos últimos dias, mas logo vai melhorar. Como eu sei disso? Bom, eu não sei.

A campainha tocou duas vezes. Pensei que poderia ser os garotos, mas eles teriam entrado invés de ter tocado a campainha. Me levantei do sofá somente de bermuda e caminhei devagar até a porta. Olhei pelo olho mágico e a encontrei parada com os dois braços cruzados enquanto olhava para os dois lados. O que ela está fazendo aqui? Estela estava com um sorriso amarelo nos lábios, parada na minha frente quando abri a porta e a encarei com as sobrancelhas arqueadas.

- O que quer? - Fui direto me escorando no portal.

- Oi, Justin.

- Oi.

- Posso entrar? Eu trouxe um bolo de chocolate. Não sei se você gosta. - Ela levantou a sacola no ar, e meu estômago acabou revelando minha fome. Minha cara quase caiu no chão. Ela não precisava saber disso.

- Entra! - Dei espaço coçando a nuca e ela passou.

- Gostei da sua tatuagem...Boa escolha. - Ela se referiu a cruz. - Aqui.

Peguei o bolo da sua mão e comecei a ir em direção a cozinha. Ela estava me seguindo em silêncio.

- Você quem fez? - Perguntei enquanto pegava uma espátula e um prato.