Depois de comermos, Chris voltou para os seus assuntos enquanto eu deixava a cozinha no estado antes de eu mexer nela. Quando voltei para ao pé dele, fiquei surpreendida ao ver o quão focado ele estava. Nestas questões de trabalho, ele costumava ir para o escritório umas horas todos os dias. Era muito raro vê-lo a trabalhar fora do escritório.
- Preciso que trates disso rapidamente. - Desligou o telemóvel. - Layla, podes trazer-me o portátil que está na secretária no escritório, por favor? - Disse sem tirar os olhos dos seus papeis.
- É claro, mestre. - Subi e rapidamente estava de novo ao pé dele com o portátil na mão.
- Obrigada. - Ele tira-o e pousa-o à sua frente.
- Mais alguma coisa, mestre? - Espero um pouco pela resposta.
- Por agora não. - Novamente, sem desviar os olhos do computador.
- Não gosto muito desta fase de concentração. Não é que queira a sua atenção toda mas, gostava que ao menos ele olhasse para mim, sorrisse e... - Apercebo-me dos meus próprios pensamentos. - Mas que raio é que eu estou a pensar?! Deixa-te de coisas Layla! - Agito a cabeça ao senti-la já quente ao imaginar o sorriso brilhante de Chris. - É melhor ir descansar um pouco a cabeça...
Despedi-me de Chris e subi para o quarto dele. Não achei muita graça a dormir ali, mas que riscos traria? Já dormi ali e não posso ir dormir para o quarto da Yuna. É melhor ficar pelo quarto do Chris, mesmo que seja o quarto dele...
Sento-mo na cama e coro de leve ao sentir aquele cheiro perfumado de novo no meu nariz. Pôs-me em transe com facilidade. Os meus olhos pesavam um pouco mais, mas não me deixei levar pela tentação. Não posso simplesmente dormir, e não são propriamente horas para dormir logo após tomar o pequeno almoço.
Deitei-me e olhei para o teto. Ri de leve ao perceber a minha familiaridade com o teto do quarto. Já passei muitas horas a olhar para o teto branco limpo fosse com o Chris presente ou não. Nunca me aborreceu gastar um tempinho a observar o simples teto que tanto conheço agora.
Perdida em pensamentos, não reparei que o sono ia ganhando território lentamente. Perdi a noção do espaço e do tempo pouco depois. Quando dei por mim, estava sentada no sofá da sala de estar, sozinha. Olhei em minha volta. Ainda era de manhã e a casa estava silenciosa como me lembrava de à instantes. Contudo...
- Como é que vim aqui parar? - Tentei puxar pela cabeça, mas nada sai de lá. - Que estranho...
A minha curiosidade era ligeiramente maior do que o meu pânico. Não sou fã de não saber a razão por estar num sítio, mesmo que este seja familiar. Comecei por relembrar onde estive. Lembro-me de ter tomado o pequeno almoço com o Chris, de ele voltar para a sua papelada e de eu ter ido embora. A última coisa que me lembro foi de deitar-me na cama dele.
- Mas como é que passo da cama para o sofá?!
Olhei para a televisão que estava ligada apesar de não ter som. Agarrei o comando e quando ia desligar, sinto alguém a pôr algo à volta da minha cara. Larguei o comando e tentei tirar a venda dos meus olhos.
- H... Hei! Tira lá isto, Chris! Não mete graça! - Oiço-o a rir atrás de mim.
- Como é que sabias que era eu?
- Bastante óbvio. Somos os únicos cá em casa e duvido que qualquer outra pessoa além de ti vendava-me assim desta maneira. - Ele continua a rir. - Agora tira lá isso... - Sinto-o a apertar a venda ainda mais. - Chris! - Tentei soltar o nó mas estava demasiado apertado para soltar ou tirar da cabeça sem tirar o nó.
- Tem calma Layla. - Assusto-me ao sentir as suas mãos nos meus ombros a descerem lentamente. - Não vai acontecer nada de mau.
- Chris... - A minha voz sai tremule.
Sem saber onde ele estava, qual o próximo movimento, a venda era a pior coisa que já tinha experimentado. Aumentava espontaneamente os meus sentidos e o mais simples toque de Chris deixava-me louca em instantes.
Deixei de sentir as suas mãos nos meus ombros e o pânico aumentou. A minha respiração já estava acelerada e a minha mente afogada em pensamentos e imagens. Virava a cabeça de leve à espera que os meus ouvidos captassem alguma coisa, o mínimo ruído possível. Sem qualquer informação, o meu coração pulava de aflição. Quando sinto a sua respiração no meu pescoço, podia jurar que o meu coração falhou uma batida.
Chris começa a beijar o meu pescoço fazendo pequenos caminhos da base do queixo aos ombros e peito. A sua mão agarrava uma das minhas pernas enquanto a outra acariciava a outra perna. Eu apenas ficava com a cabeça de lado, pousada nas almofadas das costas do sofá enquanto delirava com a situação.
Oiço-o a desapertar a camisa e deixo de sentir o tecido contra a minha barriga. Liberto um leve gemido ao sentir os seus lábios na minha barriga enquanto as suas mãos apertavam a minha cintura. Mordo de leve o meu lábio e tento empurrar a sua cabeça com as minhas mãos, mas ele prende-as logo. Com os braços presos, Chris avança para o meu peito e eu tento debater mas ele aperta ainda mais os meus pulsos.
Chris puxa a camisa um pouco mais abaixo dos meus ombros e prende os meus pulsos atrás das minhas costas. Ele começa a afastar as minhas pernas mas eu tento dar-lhe pontapés. Sem saber onde atingir, falho todas as tentativas. Ele então deita-me no sofá e põe-se em cima de mim. Agora estava totalmente indefesa.
Lá estávamos nós na situação do costume. Eu indefesa e ele em total controlo. O seu bafo quente sobre o meu pescoço, o seu peito contra o meu sentindo o movimento da respiração sobre a minha barriga, qualquer parte que o seu corpo tocasse a minha pele a aquecer devido à sua temperatura corporal. A minha cabeça diz que odeio estes momentos, mas a minha respiração acelerada e batimento descontrolado dizem o contrário.
Sinto-o a beijar o meu pescoço outra vez. Enquanto deliciava-se com o meu pescoço e ouvido, a sua mão acariciava a minha perna. Fazia pequenos traços ao longo dela passando para a parte interior. Liberto um gemido ao sentir a esfregar entre as minhas pernas. Sentia a cara a arder e pouca cabeça tinha para dizer alguma coisa de jeito.
- Ch... Chris... Por favor... Tudo menos aí... - Ele continua ignorado as minhas palavras. - Chris... Para... Para! - Começo a mexer-me de um lado para o outro e ele é obrigado a parar para me segurar.
- Não vais conseguir escapar, Layla. Estou à espera deste momento há muito tempo...
De um momento para o outro, ele tira as minhas cuecas e, em aflição, começo a mexer-me de um lado para o outro no sofá. Gritava para ele parar mas sabia que estava a ser ignorada. Ele prendia-me cada vez com mais força. Conseguia sentir a vontade dele em continuar.
- Não te preocupes... - Ele sussurra ao meu ouvido. - Prometo que vais gostar. - Volto a saltar, a esforçar-me para sair dali.
De repente, um toque húmido sobre os meus lábios acalma-me. Dura o suficiente para esquecer a situação à qual tentava fugir. Volto a sentir a mesma pressão e corei ao aperceber-me do que se tratava. Contudo, em vez de recuar, vejo-me a responder de volta. Era quente, carinhoso e suave. Nunca tinha sentido aquilo antes. Não consegui evitar a responder àquele ato amoroso.
O momento é arruinado ao sentir uma dor imensa entre as minhas pernas. Como se um relâmpago tivesse acertado a minha cabeça, lembrei-me de Chris, da venda, de ele sobre mim e, agora, dele dentro de mim. Queria ser forte mas as lágrimas não paravam de escorrer. Os meus sentidos deixaram de funcionar sentido apenas a dor a aumentar com cada movimento. Nem os lábios dele sobre os meus sentia. Apenas escutava uma voz ao fundo, abafada pela dor e sofrimento.
- Layla... Layla... - A voz ia aumentado chegando ao ponto de a reconhecer. - Layla!
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Criada de um Milionário
RomanceLayla Collins era uma simples jovem alegre com a sua vida. Mas um dia esta alegria é-lhe retirada das suas mãos inocentes e recebe mágoa e dor em troca. Desde então a vida só tem piorado pouco a pouco. A inocente Layla tinha desaparecido e uma nova...